terça-feira, abril 20, 2010

Fenprof declara guerra ao Governo

"A Fenprof entregou ontem no Ministério da Educação (ME), em Lisboa, um abaixo--assinado com mais de 16 mil assinaturas de professores a exigir que a avaliação não tenha efeitos na lista graduada para concurso. Mas Mário Nogueira saiu de mãos a abanar, após reunião com o secretário de Estado, Alexandre Ventura. E lançou uma ‘declaração de guerra’. "Se esta equipa ministerial quer guerra, guerra vai ter. Isto é uma decisão de teimosos e teimosos são os burros", afirmou num pequeno comício para cerca de 50 docentes.
Nogueira revelou que amanhã a Fenprof entrega providências cautelares para travar o processo. E ameaçou com "uma manifestação nacional de professores". A decisão do Governo afecta para já 50 mil candidatos ao concurso anual para preenchimento de necessidades transitórias (os professores contratados). Mas em 2011 pode afectar todos, porque há concurso geral. Os docentes contestam que a nota da avaliação tenha influência na graduação para concurso, devido à forma conturbada como decorreu o processo. "Estamos a falar de ultrapassagens de 600 lugares na lista e de professores que podem perder o emprego".
Mário Nogueira afirmou que o ME chegou a ter pronta uma aplicação informática em que a avaliação não contava. Ventura negou. "Nunca existiu nenhum compromisso da parte do ME no sentido de que a avaliação não fosse um dos critérios a tomar em consideração para efeitos do concurso", disse à Lusa, garantindo que os problemas técnicos detectados na aplicação informática serão resolvidos. A Fenprof denunciou outras situações irregulares e apresentou uma providência cautelar na Madeira por docentes estarem impedidos de concorrer ao Destacamento por Condições Específicas. Uma situação similar à vivida por professores nos Açores, como Valter Abade. "Não posso concorrer ao continente para apoiar uma irmã deficiente", disse ao CM"

CM

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