quinta-feira, março 20, 2014

Futuros professores terão de fazer exame a Matemática e Português

"Todos os alunos do secundário que queiram ingressar na licenciatura em Educação Básica (imprescindível para dar aulas a alunos até ao 6º ano) terão no futuro de realizar exames nacionais nas áreas de Português e de Matemática. Esta é uma das alterações que decorre da aprovação hoje, em Conselho de Ministros, de novas regras nos currículos e acesso aos cursos superiores que formam professores.
A regulamentação específica sobre as provas de ingresso irá ainda ser aprovada e as novas regras não entrarão em vigor para já. Atualmente, a maioria das instituições de ensino superior exige apenas um exame nacional e os candidatos podem escolher qual, entre um leque alargado de disciplinas. Uma minoria de escolas exigem obrigatoriamente a prova de Português e nenhuma impõe a de Matemática.
A ideia de Nuno Crato é garantir que nenhum aluno chegue a professor de Matemática tendo chumbado à disciplina no secundário ou sem ter feito um exame nacional nesta área.
A importância acrescida dada à Matemática e ao Português fica patente noutras alterações. Os currículos da licenciatura em Educação Básica, que têm de estar adaptados até 2015/2016, terão de incluir mais horas destas duas áreas. Já no que respeita aos mestrados em ensino - formação obrigatória para dar aulas - fica claro um reforço na formação científica nas áreas a lecionar, em detrimento das cadeiras mais ligadas à pedagogia e ciências da educação.
Por exemplo, a formação para docentes do 2º ciclo (5º e 6º anos), que até aqui era genérica, é partida em duas áreas, precisamente para se garantir uma maior 'especialização' do conhecimento científico: Ciências Naturais e Matemática; História, Geografia e Português.
Outra das alterações agora aprovadas traduz-se no aumento da duração dos mestrados em ensino, passando a ter entre um ano e meio e dois anos.
O Ministério da Educação defende que estas alterações "reforçam os conhecimentos dos futuros professores sobre as matérias que irão lecionar" e consagram um "sistema mais exigente de acesso à formação inicial".

Expresso Online

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