terça-feira, julho 31, 2007
Resultados do concurso para professor titular
ANA CAROLINA E SEU JORGE - É ISSO AI
Oiçam esta música e digam-me lá se não é linda. Claro que a voz da Ana Carolina contribui imenso para o resultado final.
segunda-feira, julho 30, 2007
Só por si, um quadro interactivo não faz uma escola moderna
É estranho que um Governo com fama de saber gerir a sua imagem ao pormenor, tão rodeado de conselheiros, tão apoiado em agências de comunicação, não tenha verificado o que se passava ou, sabendo-o, não tenha evitado em tempo o que qualquer aprendiz de assessor teria percebido imediatamente: que os figurantes a soldo matavam a iniciativa e punham o primeiro-ministro em xeque. Não há dinheiro público mais mal gasto do que em conselheiros incapazes.
À parte o péssimo exemplo que o Governo dá ao contratar ou ao permitir que se contratem figurantes para as suas iniciativas – mais ainda quando se trata de crianças -, este episódio um tanto folclórico não desdoura a iniciativa de levar a tecnologia às salas de aulas. Sobra, porém, esta pergunta: antes da revolução tecnológica, não seria aconselhável substituir os barracões que ainda hoje fazem de escolas, inclusive no centro de Lisboa, e recuperar os velhos liceus degradados onde alunos, professores e funcionários suam as estopinhas no Verão e tiritam de frio no Inverno? Será que todos os alunos já têm acesso a uma cantina em condições?
Só por si, um quadro interactivo não faz uma escola moderna. E não há nada mais ridículo e despropositado do que um equipamento de luxo lá onde continua a faltar o essencial".
Fernando Madrinha
Expresso
domingo, julho 29, 2007
Portugal dos pequenitos (2)
João Pereira Coutinho
Portugal dos pequenitos
Em Portugal, o movimento é o inverso. E só esta semana o Governo português resolveu abandonar a realidade, onde sobrevive a custo, para mergulhar na mais brilhante fantasia. Aconteceu na escola do futuro, com José Sócrates a saudar para as câmaras uma turma “atenta” e “preparada”, que dominava computadores, figuras geométricas e “quadros interactivos”. Tudo sob o olhar atento de professores cientificamente preparados e no meio de uma harmonia celestial. Claro que, lá pelo meio, alguém perguntou ao primeiro-ministro se ele não achava estranho a natureza irreal do cenário. Para começar, os “professores” eram funcionários do Ministério da Educação. E para acabar, os “alunos” eram, na verdade, figurantes de telenovelas que, a troco de 30 euros, foram para ali levados e, de preferência, calados. O primeiro-ministro não comentou o insulto e, com toda a legitimidade, regressou ao bosque encantado na companhia das fadas e dos duendes. Escusado será dizer que agiu como lhe competia.
Aliás, não é de excluir que esta experiência pedagógica inaugure um novo caminho para a educação nacional, que todos os anos dá sinais de afocinhar na miséria. Se o problema do sistema está na desmotivação dos docentes e na indisciplina e ignorância dos alunos, talvez não seja má ideia removê-los do espaço e contratar actores de telenovela capazes de desempenhar o papel. Uma atitude ousada, capaz de retocar a nossa imagem internacional e que pode ser aplicada a outra áreas de interesse pátrio. Um governo de fantasia merece um país ao seu nível. E só um Portugal sem portugueses estará à altura de um governo sem governantes".
João Pereira Coutinho
sexta-feira, julho 27, 2007
quarta-feira, julho 25, 2007
Directora da DREN concorda com a decisão, mas não se demite
terça-feira, julho 24, 2007
Programa "Escola do Futuro"
sábado, julho 21, 2007
Gabinete de Auto-Avaliação Educacional
João Miranda
quinta-feira, julho 19, 2007
Assessor individual para cada deputado
terça-feira, julho 17, 2007
Nuvens negras para os professores dos 8º,9º e 10º escalões que não ascendam a titulares
domingo, julho 15, 2007
Um primor de educação
Palavras para quê, é a juventude portuguesa no seu melhor. Tudo isto é o resultado da enorme complacência como educamos os jovens deste país: dá-se-lhes tudo o que eles querem e assim eles crescem convencidos que o mundo tudo lhes deve; rimo-nos dos seus palavrões o que os leva a pensar o quanto são engraçados; raramente lhes dizemos “isto está mal” porque isso os pode traumatizar; os pais dão-lhes todo o dinheiro que eles querem de modo a que eles nem sequer suspeitem que para se ter dinheiro é preciso trabalhar; satisfazemos-lhes todos os seus desejos caso contrário poderão transformar-se nuns frustrados; dá-se-lhes sempre razão para eles não se sentirem perseguidos… No final criámos uns “monstrinhos” como este vídeo tão bem documenta.
O cúmulo da indignidade
Jornal de Notícias
quinta-feira, julho 12, 2007
Os resultados dos exames do 9ºAno
Falando a sério: o ME e os “eduqueses” de pacotilha que se enxerguem e concluam definitivamente que não é com Planos, Aulas Interactivas e outros quejandos que resolvem o problema. Isto só lá vai com exigência e rigor. Por muitas congeminações que façam o caminho tem de ser esse e não há volta a dar-lhe. Aliás, se tiverem dúvidas, perguntem aos bons alunos como é que eles conseguem bons resultados e vão ver qual vai ser a resposta
quarta-feira, julho 11, 2007
Mais duas sentenças a considerar as aulas de substituição como horas extraordinárias
Notícia do "O Primeiro de Janeiro"
terça-feira, julho 10, 2007
Prenúncio de bons ventos para a ministra?
segunda-feira, julho 09, 2007
sábado, julho 07, 2007
Pura propaganda
P.S. Claro está que a "excelência" dos resultados em Matemática vai ser motivo mais do que suficiente para os fazedores de opinião virem exaltar a qualidade do trabalho da ministra. A própria não deixará de referir que estes resultados se devem ao Plano de Acção da Matemática que ela em boa hora implementou.
sexta-feira, julho 06, 2007
quinta-feira, julho 05, 2007
Novo Estado
Ora se se me afigura legítimo que cada um diga mal deste governo em sua casa, já não me parece próprio da democracia e da liberdade socialista actuais que as pessoas possam andar a dizer mal do governo em casa de uns e de outros, ou de casa em casa. Alguns dos convidados do meu vizinho nem eram desta freguesia nem sequer do concelho! Cada um que vá dizer mal do governo para a sua freguesia!
As pessoas podem dizer mal do governo, sim senhor, estamos num país livre, mas só se for dentro das suas próprias casas, devidamente registadas em seu nome na CRP respectiva, apresentando (caso as autoridades ou qualquer vizinho bufo batam à porta a exigir) a dita certidão e a de nascimento actualizadas, bem como a permissão para falar mal do governo, emitida pelo Presidente da Junta de Freguesia, com selo branco, e actualizada anualmente. Originais.
Pertinente também tratar da questão das zonas comuns. Deverá poder falar-se mal do governo nas zonas comuns? Pergunto porque o último convidado do meu vizinho a sair, ainda no corredor, perto da minha entrada, vociferou contra todas as progenitoras de todos os membros do governo, desde lá de cima até aos chefes de gabinete e assessores de imprensa. "Principalmente esses", berrava ele com a lucidez do bom vinho. Isto enquanto a pobre da mulher o mandava calar ou falar baixinho; "não estamos na DREN, a dride já acabou", clamava o homem um pouco confuso, "não sou o Charrua". Ora eu não estou para ouvir estas indignidades sobre o nosso digníssimo governo ou sobre as direcções regionais do que quer que seja. Devia estabelecer-se que nas zonas comuns não se poderia dizer mal do governo. Já agora, proibir também nos arrumos, arrecadações e mesmo nos lugares de garagem, ainda que pertencentes às respectivas fracções, para a criadagem não ficar a falar mal do governo quando vai lá baixo buscar batatas ou cebolas. Aproveite-se para alargar a proibição aos sótãos (nunca esqueçamos os ensinamentos da História) e durante os jogos de cartas, designadamente, sueca.
Evidentemente, junto às caixas registadoras das mercearias deveria igualmente ser proibido falar mal do governo. É por essas e outras que as pessoas se enervam e se enganam nos trocos, com prejuízos gravíssimos na economia nacional. Discretamente, dever-se-ia colocar um artiguinho no regulamento que atendesse a esta necessidade.
Não esquecer nunca as crianças. Isto é inconcebível! Em casa dos meus vizinhos estavam umas dez crianças entre os 8 e os 16 anos, todas ali a ouvir que eram governadas ora por uns ditadorezinhos, ora por uns ditadorezecos, ora por uns palermóides sem senso, onde é que isto vai parar? Em que lar nojento os filhos dos membros deste governo os irão meter? Acho que devia ser proibido falar mal deste governo, ainda que nas próprias casas, à frente de crianças. Só depois dos 18 anos. Talvez 21, não lhe parece melhor? Até lá elas não devem saber que este governo lhes anda a torrar o futuro, carregando-as de dívidas.
À frente dos velhos também não se devia poder dizer mal do governo. Os velhos já dizem, eles próprios, mal de tudo; se vão estar sempre a ouvir dizer mal do governo a vida deles transforma-se num inferno e queima o governo: vão começar a reclamar mais pelas pensões. Ora isto não pode ser que a malta precisa da massa para brincar com os comboios e os aviões. Onde se viu gastar com velhos quando há por aí tantos aeroportos novos para fazer, montanhas para deitar abaixo e a necessidade premente de reduzir em dez minutos a viagem ferroviária Lisboa/Porto? Eu sei que a sogra do vizinho não ouve nada, mas uma admoestaçãozinha pela manifestação (sim, Senhora Secretária de Estado, aquilo parecia uma manifestação à séria) que o meu vizinho promoveu era coisa que se justificava seguramente. Talvez umas chibatadas na praça, aos domingos de manhã.
Enfim, estas são apenas algumas ideias para a redacção do diploma. Eu oferecia-me para o redigir, mas V. Exa. tem seguramente no governo pessoas com muito maior capacidade e imaginação para o fazer. Força! Mãos à obra!".
Vasco Lobo Xavier
Ordem dos Médicos dá sinal de vida
quarta-feira, julho 04, 2007
Gente reles e nojenta!
Estas situações que ferem a dignidade das pessoas são absolutamente revoltantes e, infelizmente, deixaram de constituir novidade no nosso país. Acontecem com demasiada frequência e, por incrível que pareça, os seus responsáveis não sofrem as devidas consequências por tão monstruosos actos. Em vez do afastamento compulsivo, esta gentalha mantém-se nos centros de decisão com a conivência do governo que em surdina os aplaude. Uma vergonha!
domingo, julho 01, 2007
Tutela Estatal
Nunca é demasiado cedo para iniciar os fedelhos no "estímulo" de "competências", "valências" e outras joviais demências em que a escola democrática se tem especializado. Qualquer idade, tenra que seja, é ideal para se aprender que não há muito a aprender, tirando umas luzes de educação sexual, "aquecimento global", Internet e a convicção de que um chorrilho de lugares-comuns prepara melhor os meninos e as meninas do que os perniciosos resquícios da avaliação tradicional. O relativismo pedagógico não pactua com os factores de desigualdade entre os alunos: aritmética, português, etc. Nem, aliás, com o genérico critério da "exigência", já que tal aberração é susceptível de limitar a "criatividade" e ferir a "auto-estima" da petizada.
No fundo, uma criança é boa na sua absoluta pureza. Por isso não se compreende que o Ministério da Educação não a recrute logo no parto, poupando-a a cinco anos de influência familiar, eventualmente devastadora. É que, incrível que pareça, existem pais mais aflitos com o futuro intelectual e profissional dos filhos do que com a sua "auto-estima", o stress infantil e a construção de uma sociedade sem classes. Por sorte, pais assim são raros, e raramente representados nas respectivas associações. Progenitores conscienciosos não arriscam criar monstros: o Estado que crie idiotas".
Alberto Gonçalves