terça-feira, setembro 12, 2006

Uma classe amorfa

O ECD é uma coisa séria e devia merecer de todos os professores uma leitura atenta e pormenorizada. Infelizmente aquilo que se verifica é que grande parte ainda não leu o documento nem faz tenção de o ler. Não estão para aí virados. Uma pequena minoria limita-se a recolher algumas informações junto daqueles colegas que ainda se vão preocupando com a profissão, enquanto a esmagadora maioria nem isso faz. Não restem dúvidas que esta constante perseguição de que temos sido vítimas por parte da ministra da educação só acontece porque somos uma classe amorfa no que toca à defesa dos nossos direitos. Quando discordamos, os nossos protestos e lamentos ficam-se pela sala de professores, deixando que outros - os sindicatos e alguns professores mais ousados - façam o trabalho que devia caber a todos. Sendo assim, temos o que merecemos e não temos autoridade moral para nos queixarmos.

5 comentários:

Pedro disse...

Sindicatos ousados? Sim, mas com uma credibilidade junto da opinião pública abaixo de zero.

karadas disse...

Em nenhum momento falei em sindicatos ousados. Falei, isso sim, em alguns professores ousados, o que não é propriamente a mesma coisa.

AV disse...

E quem não tem registo no Blogger, como comenta?

karadas disse...

av:
Por incrível que possa parecer não me tinha dado conta que os anónimos não pudessem comentar.
Acabei de solucionar esse problema.

Eurydice disse...

É verdade que o ECD TEM que ser lido, karadas!
Nunca é demais insistir nisso: porque o que está nele escrito é que se destina a regulamentar as nossas vidas. E o diz-que-disse é o pior sistema a que se pode recorrer, neste momento como noutros.

Depois, há a questão da mobilização, muito séria e muito mal resolvida. Mas teremos que fazer algo para ganharmos crédito junto da população em geral, para começar, não descurando a visibilidade junto da ilustre senhora e sua equipa.

Eu continuo a achar que precisamos de inovar nesta matéria, porque os recursos clássicos já têm pouco impacto na opinião pública. E sem a pormos do nosso lado, nada conseguiremos!