sexta-feira, janeiro 05, 2007

Fim ao dedo no ar

“Dedo no ar quem me souber dizer …?” Estas palavras têm feito parte da vida escolar há décadas. Gerações de professores têm pedido aos alunos para porem o dedo no ar antes de responder. No entanto, este ritual é severamente criticado pelo director de uma escola em Dagenham, Londres, que é de opinião que esta prática não beneficia ninguém. Invariavelmente, são sempre os mesmos alunos a pôr o dedo no ar forçando o professor a direccionar as perguntas àqueles que mantêm as mãos firmemente em baixo. Entretanto os alunos escolhidos sentem-se injustiçados e mal preparados para responder e os fiéis ao dedo no ar começam a perder o interesse. Outros alunos, geralmente rapazes, põem o dedo no ar só para chamar a atenção, pois não sabem a resposta, e os bons alunos não o fazem com receio de serem apelidados de “betinhos”. Os professores desta escola londrina fazem a pergunta, dando tempo ao aluno para pensar e só depois seleccionam o respondente, mais hábil ou com mais dificuldades, de acordo com a pergunta. O facto de os alunos não saberem que vai responder obriga-os a ouvir com mais atenção e pensar na resposta com mais afinco. Apesar de ser contra à prática do dedo na ar, Andy Buck, reconhece-lhe algumas vantagens em determinadas situações, tais como, verificar a concordância com a resposta de um aluno, perceber quem poderá ter a resposta certa, quando a pergunta é exigente.

2 comentários:

NP66 disse...

"Os professores desta escola londrina fazem a pergunta, dando tempo ao aluno para pensar e só depois seleccionam o respondente, mais hábil ou com mais dificuldades, de acordo com a pergunta.

Bem... eu faço isso há 19 anos! No meu curso do Magistério isso era elementar... :)

Setora disse...

Também adoptei o sistema seguindo o exemplo, que me pareceu bom, da minha magnífica professora de Ciências há quarenta e tal anos.