sexta-feira, abril 20, 2007

Toma e embrulha


Depois de o Governo lançar uma lamentável campanha publicitária ao Programa Novas Oportunidades, vem agora o Bloco de Esquerda contrapor com uma outra, em que procura mostrar o destino dos que não conseguem obter um emprego de acordo com as suas qualificações. Esta iniciativa do BE é francamente oportuna, pois pretende chamar a atenção para o verdadeiro drama de todos aqueles, que apostando na sua educação, não conseguem arranjar trabalho ou quando o conseguem, auferem ordenados próximos das profissões que são ridicularizadas na campanha do ME. Subscrevo-a inteiramente e creio bem que, desta vez, os bloquistas acertaram na mouche.

2 comentários:

Anónimo disse...

É o Portugal que vamos (des)construindo: o trabalho indiferenciado exige, pelo menos, uma licenciatura e o trabalho altamente qualificado pode ser prestado por quem tenha, apenas, uma qualquer certificação... e muita léria!
O povo anda mesmo muito ocupado com os inúmeros entretenimentos estupidificantes, só assim se explica que não exija uma maior rendibilidade do seu dinheiro. Paga os vencimentos a uns “bacanas” que tão-pouco sabem fazer umas contitas a que os economistas dão a designação de "análise de custos/benefícios". Gasta milhões de Euros na formação de jovens quando, bem vistas as coisas, qualquer cursito de 2/3 meses seria suficiente para lhes dar "qualificação" suficiente para lavar pratos, servir às mesas, estar numa caixa registadora, acarretar baldes de cimento e etc.. E isto para não falar na despesa acrescida na área da saúde, pois muitos destes, quando constatam que foram vergonhosamente ludibriados, têm de recorrer à psiquiatria para que as drogas os convertam numa qualquer espécie de sistema vegetativo para não sucumbirem à depressão.
Quando é que o povo abrirá os olhos e poderá ver que está a ser gozado e depauperado por quem não tem uma pálida ideia do que anda a fazer ou, se tem, não tem um mínimo de verticalidade e probidade. Porventura, quando já for muito tarde...

Anónimo disse...

De facto não se compreende como é que é possível o próprio ME ter embarcado numa campanha destas! A Judite de Sousa de bata empregada de mesa(?), o Pedro Abrunhosa numa sala de espectáculos a indicar lugares(?) e mais não sei quem do mundo do espectáculo e media, coitadinhos se não tivessem estudado tinham os empregos dos pais dos nossos alunos. Que até são empregos indignos, pelos vistos, e que não fazem nenhuma falta!!!
Com tantos sociólogos no ME e será que todos aprovaram esta grande campanha publicitária das novas oportunidades?
Completamente apropriada a resposta do BE.