segunda-feira, novembro 03, 2008

Escolas não pagam horas extraordinárias

Mário Nogueira, Secretário-geral da Fenprof, fala ao CM sobre o descontentamento dos docentes com a carga horária de trabalho.
Correio da Manhã – Os professores estão descontentes com a carga horária de trabalho?
Mário Nogueira – Claro que sim! Todos nós sentimos que está a ser cometida uma série de ilegalidades quanto à excessiva carga horária de trabalho a que estamos submetidos.
De que ilegalidades estamos a falar?
– As ilegalidades que estão a ser cometidas têm a ver, por exemplo, com o número de horas excessivas de reuniões dos professores e com a utilização de horas extraordinárias dentro do estabelecimento de ensino para funções de coordenação pedagógica.
Como está a ser a posição dos estabelecimentos de ensino nessas situações?
– Não estão a agir, pelo contrário. As escolas não pagam as horas extraordinárias e nem regularizam os horários dos docentes.
Estamos a falar de quantos docentes com excessiva carga horária de trabalho?
– Existem escolas inteiras onde estas ilegalidades se verificam. Por exemplo, a Fenprof analisou uma escola secundária do País que tem 256 professores, todos fazem hora e meia a mais de trabalho e não são pagos para tal.
A Fenprof tem recebido muitas queixas a esse respeito?
– Temos recebido inúmeras queixas diariamente, o que também pode ser explicado pelo facto de ter sido a Fenprof quem denunciou primeiro esta situação.
Como é que a Fenprof fez a denúncia?
– No dia 14 de Outubro, entregámos uma carta à sr.ª ministra da Educação na qual acusamos o Governo destas ilegalidades e de tudo o que se relacione com as mesmas. Mas a nossa luta vai continuar com a manifestação do próximo dia 8, sendo que a excessiva carga horária dos professores é um dos motivos que nos faz regressar à rua para protestar.

Joana Freire
Correio da Manhã

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