"Num primeiro olhar, as manchas coloridas nos vários mapas do Relatório dos Exames Nacionais 2010 levam-nos a algumas leituras imediatas. O Baixo Mondego apresenta bons resultados e o Alto Alentejo surge com as médias mais baixas em 14 das 15 figuras apresentadas. Por outro lado, nas disciplinas que fazem parte dos testes intermédios, é evidente a já conhecida dicotomia entre litoral e o interior do continente (sobretudo a sul do Tejo), com as médias nos exames nacionais a variarem até a um máximo de cinco valores entre regiões.
Porém, Hélder Diniz de Sousa, director do Gabinete de Avaliação Educacional (Gave) do Ministério da Educação, avisa que é preciso ter cuidado com as conclusões que se retiram dos resultados destas "provas de papel e lápis, de duração limitada" e numa só disciplina.
A caracterização da distribuição regional dos resultados (que considerou apenas as disciplinas cujo número de exames realizados pelos alunos internos, na 1.ª fase, foi igual ou superior a 1500) oferece a oportunidade de "identificar e retratar sucessos e fragilidades nas aprendizagens dos alunos" e, desta forma, intervir na melhoria destes indicadores. Constata-se assim que a região do Alto Alentejo é a que apresenta mais fragilidades, com o registo das médias mais baixas em praticamente todas as disciplinas analisadas (a excepção é o exame de Português do ensino secundário). As regiões autónomas da Madeira e dos Açores também apresentam alguns pontos fracos, mas conseguem "descolar" das médias mais baixas em casos pontuais de algumas disciplinas (obtêm bons resultados, por exemplo, em História da Cultura e das Artes). Os melhores resultados (Língua Portuguesa e Matemática no ensino básico e Matemática A e Português no ensino secundário, por exemplo) repetem-se no Baixo Mondego.
Em várias disciplinas, as médias obtidas chegam a distanciar-se por quatro ou até cinco valores de diferença de região para região. Veja-se o caso de Matemática A no ensino secundário, onde o Alto Alentejo consegue uma média entre nove e 10 valores e o Baixo Mondego e o Pinhal Litoral apresentam 13 e 14. Ou o caso de Literatura Portuguesa, onde os Açores e Alto Alentejo ficam aquém dos resultados esperados, com uma média inferior a nove, e a Lezíria do Tejo consegue entre 13 e 14. Em Economia A, a diferença é entre uma média de 10 valores em determinadas regiões e de 15 noutras.
De uma forma mais geral, Hélder de Sousa confirma que, a norte do Tejo, o litoral prevalece sobre o interior, ainda que nesta área geográfica o Dão/Lafões ou a Beira Interior "sobressaiam pela positiva". Mas o coordenador do relatório admite "resultados um pouco atípicos" que o surpreenderam, como o facto de o "padrão dominante" no lote de disciplinas com testes intermédios não se encontrar quando temos em conta todos os exames nacionais. "Há uma irregularidade maior", exemplifica.
A análise dos resultados dos alunos nos exames nacionais tem limitações e, por isso, para o director do Gave, não pode nem deve ser lida como uma tabela com primeiro e último lugares. "Não queremos que este trabalho se transforme num ranking regional", sublinha Hélder de Sousa".
A caracterização da distribuição regional dos resultados (que considerou apenas as disciplinas cujo número de exames realizados pelos alunos internos, na 1.ª fase, foi igual ou superior a 1500) oferece a oportunidade de "identificar e retratar sucessos e fragilidades nas aprendizagens dos alunos" e, desta forma, intervir na melhoria destes indicadores. Constata-se assim que a região do Alto Alentejo é a que apresenta mais fragilidades, com o registo das médias mais baixas em praticamente todas as disciplinas analisadas (a excepção é o exame de Português do ensino secundário). As regiões autónomas da Madeira e dos Açores também apresentam alguns pontos fracos, mas conseguem "descolar" das médias mais baixas em casos pontuais de algumas disciplinas (obtêm bons resultados, por exemplo, em História da Cultura e das Artes). Os melhores resultados (Língua Portuguesa e Matemática no ensino básico e Matemática A e Português no ensino secundário, por exemplo) repetem-se no Baixo Mondego.
Em várias disciplinas, as médias obtidas chegam a distanciar-se por quatro ou até cinco valores de diferença de região para região. Veja-se o caso de Matemática A no ensino secundário, onde o Alto Alentejo consegue uma média entre nove e 10 valores e o Baixo Mondego e o Pinhal Litoral apresentam 13 e 14. Ou o caso de Literatura Portuguesa, onde os Açores e Alto Alentejo ficam aquém dos resultados esperados, com uma média inferior a nove, e a Lezíria do Tejo consegue entre 13 e 14. Em Economia A, a diferença é entre uma média de 10 valores em determinadas regiões e de 15 noutras.
De uma forma mais geral, Hélder de Sousa confirma que, a norte do Tejo, o litoral prevalece sobre o interior, ainda que nesta área geográfica o Dão/Lafões ou a Beira Interior "sobressaiam pela positiva". Mas o coordenador do relatório admite "resultados um pouco atípicos" que o surpreenderam, como o facto de o "padrão dominante" no lote de disciplinas com testes intermédios não se encontrar quando temos em conta todos os exames nacionais. "Há uma irregularidade maior", exemplifica.
A análise dos resultados dos alunos nos exames nacionais tem limitações e, por isso, para o director do Gave, não pode nem deve ser lida como uma tabela com primeiro e último lugares. "Não queremos que este trabalho se transforme num ranking regional", sublinha Hélder de Sousa".
Público
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