"(...) Desta vez, as notícias, entre outros apertos, procuram colocar mais 50 mil professores na rua. Não percebo a embirração com os professores. Sobretudo neste país semianalfabeto, com níveis de iliteracia angustiantes, sem formação que permita competitividade, produção de elites capazes, que consolide valores europeus no domínio do conhecimento e dos saberes. Não se percebe, já que se diz que este corte tem a ver com a refundação do Estado, qual a razão por que não é antes discutido o País que queremos daqui a dez, vinte anos, que mercado de trabalho se perspetiva, organizar a escola e a universidade em função dessa finalidade e, depois, logo se verá se é necessário prescindir de professores ou se é necessário formar ainda mais para as áreas consideradas estratégicas. Não! Cinquenta mil para o olho da rua e depois logo se vê. Por aqui não vamos lá".
Francisco Moita Flores
CM
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