José Sócrates disse há poucos dias que o país tem de apostar cada vez mais nos cursos profissionalizantes. Segundo o 1º ministro, nestes cursos a taxa de insucesso e abandono escolar é muito menor porque os alunos sabem que saem da escola com uma certificação profissional que os habilita para o mercado de trabalho.
Eu acrescentaria outro aspecto determinante no “sucesso” deste cursos: o facto dos alunos saberem de antemão que esta certificação é obtida a qualquer preço, independentemente da falta de empenhamento nas actividades escolares, da continuada indisciplina na sala de aula e do completo desrespeito por tudo e por todos. Aquilo que a esmagadora deste alunos obtém no final destes cursos é em termos da sua qualificação profissional pouco mais que nada. Os professores que por lá têm andado sabem que tudo isto é verdade. O ME também deve saber mas faz de conta que não sabe. A bem das estatísticas.
Eu acrescentaria outro aspecto determinante no “sucesso” deste cursos: o facto dos alunos saberem de antemão que esta certificação é obtida a qualquer preço, independentemente da falta de empenhamento nas actividades escolares, da continuada indisciplina na sala de aula e do completo desrespeito por tudo e por todos. Aquilo que a esmagadora deste alunos obtém no final destes cursos é em termos da sua qualificação profissional pouco mais que nada. Os professores que por lá têm andado sabem que tudo isto é verdade. O ME também deve saber mas faz de conta que não sabe. A bem das estatísticas.
2 comentários:
Sem saber a total realidade de todas as escolas profissionais, vou me referir apenas ao que conheço: as escolas profissionais não são muito exigentes nas áreas gerais de português e matemática, é um facto. No entanto, mantêm um grande nível de especialização muito grande em pequenas areas que são cruciais na sociedade e onde existe, por enquanto, uma falta de mão-de-obra.
Realmente, acho triste uma pessoa sair do décimo segundo sem saber redigir uma carta. Contudo antes não as saber redigir e saber arranjar esquentadores, do que nem uma coisa nem outra.
E o que é que o diploma do 12.º ano acrescenta, em capacidades e competências, a um técnico que, basicamente, só aprendeu a arranjar esquentadores? Fica mais qualificado ou mais especializado?
Será que se vão distribuir diplomas em catadupas só para desvalorizar, ainda mais, este grau de habilitações académicas e incentivar a maioria dos jovens a permanecer no umbral do conhecimento?
Já constatámos que a "nossa nova" política educativa se baseia no "bota abaixo". Resta perguntar: - Qual a verdadeira intenção?
Será um novo modelo de crescimento económico à laia do que foi prosseguido na década de 50? Se é, lamento informar que já não assenta nas mesmas premissas, algumas destas escafederam-se...
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