sexta-feira, junho 08, 2007

Pobrezinhos mas online

"(...) Não há dúvida de que fornecer computadores a milhares de portugueses é uma medida positiva, resta saber se serão criadas condições para que eles sirvam para alguma coisa. A tecnologia necessita de condições sociais para ser um instrumento de transformação e não um gadget sem consequências.
É preciso a que empresas esses muitos milhares de computadores vão ser comprados e que tipo de software correrão. Depois daquela cerimónia em que meia dúzia de ministros assinaram uma série de protocolos com Bill Gates, é preciso determinar se isto será um excelente investimento para Portugal ou um genial negócio para a Microsoft. Em matéria de compra de programas para o Estado, os sucessivos governos portugueses não têm sido muito sábios. Em vez de apostarem em software livre, com custos baixos e transparentes para os utilizadores, insistem em fazer negócios comprando software proprietário que ninguém sabe como é construído e que deixam nas mãos de multinacionais informações para a soberania nacional.
Provavelmente, tudo isso se deve a que o software livre dá-se melhor em sociedades que apostam na autonomia crítica dos cidadãos. Em Portugal, essa cultura de desenvolvimento é uma excepção. Cá predomina a reverência dos subalternos. Basta ver a forma como se comportam os jornalistas ao relatarem as declarações dos protagonistas do dia da greve geral: o silêncio reverencial com que escutaram as suas excelências os secretários de Estado opôs-se à balbúrdia e às interrupções constantes à declaração de Carvalho da Silva, na conferência de imprensa da CGTP.
Mas nem tudo é negativo nos dias que correm, mais de 30 anos depois da conquista da democracia, graças aos esforços de José Sócrates e Cavaco Silva, passamos dos pobrezinhos mas honrados do slazarismo, para os pobrezinhos mas online. Sempre da para ver o YouTube".

Nuno Ramos de Almeida
Focus

3 comentários:

Anónimo disse...

"Só em software da Microsoft, 240 mil licenças de Microsoft Windows
Vista e Microsoft Office representam os seguintes custos[1]:

- 240 mil licenças de Microsoft Windows Vista Home BasicN Português
DVD, 256,57€, resultam em mais de 61 milhões de Euros (61.576.800€)

- 240 mil licenças de Microsoft Office Home and Student 2007 Português
OEM, 128,51€, resultam em mais de 30 milhões de Euros (30.842.400€)"



Ler o texto completo em:
http://blog.softwarelivre.sapo.pt/2007/06/05/que-casamento-e-este/

Anónimo disse...

Duas questões:
1. Um professor do quadro de escola tem pontuação para aceder a vaga de titular.
No entanto, um professor destacado tem pontuação superior.
Fica com a vaga de titular !!!

Mas o professor de quadro não ganhou esse lugar em concurso público ? Sim, mas...
Mas o professor de quadro não está nesse lugar por mérito, graduação, tempo serviço ? Sim, mas...

Desculpe? Percebi bem ?
Um destacado ultrapassa um professor do quadro da escola ?
Deve ser no sistema educativo do Burkina Fasso ???
E viva a ARBITRARIEDADE !!

2. É suposto os quadros estarem completos... Então agora entra um novo elemento para o grupo. O colega que esteva em último lugar, no grupo, continua a ter horário ou vai para supranumerário ?
Mas...ele não é do quadro da escola ?
Era...era....


ADEUS ......

Anónimo disse...

José Carlos,
Aconselho-o a não se preocupar muito, pois a nau vai soçobrar e, nessa altura, também se vão afogar os ratos todos.