Mário Nogueira, Secretário-geral da Fenprof, sobre comemoração do Dia Mundial do Professor:
Correio da Manhã – Qual o significado deste dia para os professores?
Mário Nogueira – É um dia com um simbolismo importante para uma classe com um passado recente muito rico. Os professores lutaram por melhores condições, e por força da sua luta estão criadas condições novas para a mudança de políticas
– O que espera da nova correlação de forças na Assembleia da República?
– O próximo executivo vai ter de governar em condições diferentes, porque sozinho não tem maioria absoluta. Vai ter por isso de assumir um comportamento de abertura ao diálogo social e político. E claro que a Assembleia da República ganha protagonismo porque até aqui a única via que tínhamos era o Presidente da República não promulgar as leis.
– O PS vai formar Governo e não deverá rasgar as políticas do anterior executivo. Conta com os outros partidos para suspender a avaliação e acabar com a divisão da carreira?
– Os partidos políticos colocaram a Educação no centro do debate político. Todos os partidos, excepto o PS, defenderam a revogação do Estatuto da Carreira Docente e do modelo de avaliação de desempenho. E assumiram compromissos com os professores, não há muito tempo. Estamos à espera que, se o Governo não avançar com as mudanças, avancem os partidos.
– Isabel Alçada parece-lhe uma boa escolha para ministra da Educação?
– Como escritora é excelente, mas isso não quer dizer que seja uma excelente ministra. Mas o mais importante não são os nomes e sim as políticas. Precisamos de alguém que seja capaz de voltar a ganhar os professores. Isabel Alçada tem um perfil importante, que eu respeito, mas politicamente é uma incógnita. O importante é que o titular da pasta seja dialogante e esteja disponível para negociar.
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