sexta-feira, julho 14, 2006

Os incapacitados para o ensino

"A Fenprof já nos explicou com abundantes argumentos que a profissão docente é de "desgaste rápido", o que justifica que possam reformar-se antes de todos os outros trabalhadores. Eu até acredito que seja, em muitos casos, incluindo os de falta de vocação. O problema é que se descobriu há tempos que existia quase centena e meia de actividades no sector público que, invocando o mesmíssimo argumento, beneficiavam também de um "regime especial" na matéria. Até mesmo (isto não é piada) os trabalhadores do matadouro municipal de Ponta Delgada estavam abrangidos.
Agora, e segundo números do Ministério da Educação, constata-se que o desgaste rápido dos professores se acentuou intensamente nos últimos tempos, de tal forma que, no último ano, aumentou em 50% o número de professores declarados permanentemente incapacitados para o ensino. São já alguns milhares, a quem o Ministério tem de pagar a troco de nada. Por isso, a ministra lembrou-sede fazer uma proposta aparentemente simples, lógica e de boa gestão: desviá-los para outras actividades e tarefas na função pública. Mas parece que os Sindicatos não aceitam. A razão é cristalina: quando não pode ou não quer dar aulas, a um professor só pode ser atribuída a tarefa de... não dar aulas."

Miguel Sousa Tavares

1 comentário:

Amélia disse...

Esse senhor MST não sabe nada de ensino.Que se contente com o seu indefectível amor pelo tabaco e pelo seu efepêcê...e a escrever romances de êxito. Só no futebol e no ensino há tantos treinadores de bancada...
Ah, foi em tempos um bom jornalista e repórter.