segunda-feira, março 16, 2009

A escalada de violência nas escolas

Hoje tivemos mais uma professora vítima de agressão: em Aveiro uma pirralha de 13 anos resolveu agredir uma professora a murro e a pontapé. Isto já deixou de ser notícia tal a frequência com que estes episódios se verificam. Em Portugal está aberta a caça ao professor com a total impunidade dos agressores. Enquanto estes actos não forem devidamente penalizados, as agressões vão por certo continuar. Hoje em Aveiro, amanhã noutra escola qualquer, até ao dia em que uma fatalidade acontecerá e aí sempre quero ver como o Ministério da Educação descalçará a bota.
Enquanto por cá, estes casos de violência vão passando impunes, no Reino Unido o problema está a ser atacado de forma resoluta e sem falinhas mansas:

"Os pais dos alunos com comportamentos violentos nas escolas britânicas vão passar a ser multados num valor que pode ir até aos 1450 euros.' As intimidações verbais e físicas não podem continuar a ser toleradas nas nossas escolas, seja quais forem as motivações' sublinhou a Secretária de Estado para as Escolas. Disse também que ' as crianças têm de distinguir o bem e o mal e saber que haverá consequências se ultrapassarem a fronteira'. Acrescentou ainda que 'vão reforçar a autoridade dos professores, dando-lhes confiança e apoio para que tomem atitudes firmes face a todas formas de má conduta por parte dos alunos'. A governante garantiu que 'as novas regras transmitem aos pais uma mensagem bem clara para que percebam que a escola não vai tolerar que eles não assumam as suas responsabilidades em caso de comportamento violento dos seus filhos. Estas medidas serão sustentadas em ordens judiciais para que assumam os seus deveres de pais e em cursos de educação para os pais, com multas que podem chegar às mil libras se não cumprirem as decisões dos tribunais'. O Livro Branco dá ainda aos professores um direito 'claro' de submeter os alunos à disciplina e de usar a força de modo razoável para a obter, se necessário».

É caso para perguntar porque é que em Portugal o problema da violência na Escola não é atacado da mesma maneira ou de forma semelhante? Temos medo de quê? O que nos leva a ser tão passivos e compreensivos com estas situações?

3 comentários:

Anónimo disse...

"está tudo de perna pró ar"

Os professores estão hoje impedidos de castigar fisicamente os alunos, mas não só: os próprios pais estão hoje sujeitos a duras penas se o fizerem em muitos países, incluindo em Portugal, por isso começou já a dar-se uma inversão em termos de autoridade que passou dos professores para os alunos e até dos pais para os filhos. Por isso não é de espantar que os professores tenham muita dificuldade em manter a ordem na sala de aula e por vezes nem o consigam, chegando até a ser severamente agredidos por alguns alunos. Começam também a surgir casos de pais que são duramente castigados pelos seus filhos quando não lhes satisfazem os caprichos, o que chega a acontecer em público, tendo sido já mostrado na televisão. Isto prova que os actuais conceitos de educação estão errados e um dia as ideias que agora dominam, de não aplicar quaisquer castigos físicos em quaisquer circunstâncias, terão que mudar. O Governo Português também não os admite por serem condenados pelo ocidente e pela EU, onde as mudanças terão que ocorrer primeiro. O problema nesses países é até mais grave do que por cá, por isso, em breve, deverão chegar à conclusão que alguns castigos físicos terão que ser repostos pelos pais e até pelos professores, sob pena de estarmos a criar cada vez mais pessoas inúteis, que não se adaptarão a cumprir nem ordens, nem horários, nem quaisquer outras regras, e que viverão sempre à custa dos outros porque é mais fácil, até porque foram habituados a fazer sempre apenas o que lhes dá prazer. Na vida real não é assim e como diz o ditado “de pequenino é que se torce o pepino”...
Os castigos físicos eram bem tolerados pelas anteriores gerações de pais e no futuro voltarão a sê-lo porque compreenderão a necessidade de ser dada autoridade aos professores para castigarem os alunos mal comportados para a protecção dos seus filhos que são as primeiras vítimas dos colegas delinquentes. Actualmente as escolas não têm meios de os proteger. Há até um abuso de linguagem ao se apelidar de "crianças" a todos os jovens de menor idade. Até parece que a inteligência e a capacidade de distinguir o bem do mal chega na noite em que completam dezasseis anos. Mas uma “criança” de três anos terá a mesma capacidade de entendimento de uma de uma outra treze? Agora já não temos um vocábulo que as distinga a não ser que continuemos a chamar “bebé” à de três anos, o que também não me parece correcto! Fazendo um esforço para compreender a extensão do termo “criança” a todos os rapazes e raparigas apenas concluo que é apenas para menosprezar o aumento da delinquência e da criminalidade nas camadas jovens, porque sendo praticada por crianças não se lhes dá tanta importância.
Afinal nem tudo é mau porque a maioria das crianças continua bem comportada e não necessita de tareia. Mas só o facto de se saber que o castigo é possível é só por si um desincentivo ao mau comportamento.
É claro que quando apoio os castigos físicos em casa e nas escolas me refiro apenas até cerca dos dez ou doze anos, o que deverá ser suficiente para socializar o aluno, mas, se não for, os jovens em causa deverão ser encaminhados para casas de "correcção" (ou outro nome que julguem mais conveniente) onde, com apoio psicológico, sejam habituados compulsivamente a cumprir regras, como: levantar, comer e deitar a hora certa e tratarem eles próprios das suas necessidades pessoais, aí as actividades de lazer deverão ser permitidas mas canceladas em caso de mau comportamento. Se até isso falhar então deverão ser casos perdidos.

Zé da Burra o Alentejano

Anónimo disse...

Mais: O "Ministério da Educação" deveria chamar-se antes "Ministério da Instrução" porque não tem meios para ministrar educação aos alunos porque õs professores estão impedidos de castigar convenientemente os alunos e há alguns que precisam mesmo de uns açoites dos pais. Quanto aos professores de hoje, nem pensar!

Zé da Burra

Anónimo disse...

Completamente apoiado... estou 100% de acordo consigo...

encarregado de educação