"A aposta na educação e na qualificação dos nossos jovens, nomeadamente com o incentivo à frequência do ensino superior, tem de ser a mãe de todas as prioridades. Como se viu ainda esta semana, de acordo com os dados de um relatório da OCDE, Portugal ocupa o 16.º lugar no ranking de investimento anual por aluno. Apesar da satisfação manifestada pela ministra da Educação (é um facto que há sempre quem esteja pior do que nós), a verdade é que na comparação do investimento em termos de percentagem do PIB, Portugal está quase 1% abaixo da média dos países desta organização.
Serve esta análise para dizer que, no que respeita ao investimento a fazer, há ainda uma margem de obrigação do Estado para cumprir as metas da OCDE. Porém, há que ter a noção plena de que o objectivo tem de ser qualitativo e não apenas estatístico. Ou seja, não serve de nada ao desenvolvimento do País dizer que a taxa de entrada no ensino superior é das mais elevadas da Europa, se a esta realidade não estiver associada uma outra: a da qualidade e a das necessidades do mercado.
Ao Estado tem pois que competir, por um lado, a homologação de cursos superiores de qualidade mantendo um elevado padrão de exigência ao nível do ensino. E por outro, perceber que áreas estão mais carenciadas de técnicos especializados, capazes de exportar conhecimento e habilitações que estejam à altura das mais prestigiadas escolas internacionais. Aos estudantes compete perceber a outra face da realidade. Quando se opta por um determinado curso, a escolha faz-se sempre em função ou do sonho ou das saídas profissionais. O ideal é poder conjugar estes dois critérios. Mas na impossibilidade de o fazer há que escolher um destes dois caminhos: ou ser pragmático e optar pelas garantias oferecidas pelo mercado de trabalho ou assumir os riscos da opção pelo ideal".
Serve esta análise para dizer que, no que respeita ao investimento a fazer, há ainda uma margem de obrigação do Estado para cumprir as metas da OCDE. Porém, há que ter a noção plena de que o objectivo tem de ser qualitativo e não apenas estatístico. Ou seja, não serve de nada ao desenvolvimento do País dizer que a taxa de entrada no ensino superior é das mais elevadas da Europa, se a esta realidade não estiver associada uma outra: a da qualidade e a das necessidades do mercado.
Ao Estado tem pois que competir, por um lado, a homologação de cursos superiores de qualidade mantendo um elevado padrão de exigência ao nível do ensino. E por outro, perceber que áreas estão mais carenciadas de técnicos especializados, capazes de exportar conhecimento e habilitações que estejam à altura das mais prestigiadas escolas internacionais. Aos estudantes compete perceber a outra face da realidade. Quando se opta por um determinado curso, a escolha faz-se sempre em função ou do sonho ou das saídas profissionais. O ideal é poder conjugar estes dois critérios. Mas na impossibilidade de o fazer há que escolher um destes dois caminhos: ou ser pragmático e optar pelas garantias oferecidas pelo mercado de trabalho ou assumir os riscos da opção pelo ideal".
Editorial
DN
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