"Foi anunciado o fim das disciplinas de Estudo Acompanhado (parcialmente) e de Área Projecto dos currículos do Ensino Básico. Ficam algumas ideias soltas sobre a proposta.
1. Por mais que se diga o contrário, a medida é teoricamente positiva. A prática mostrou que a utilidade da Estudo Acompanhado e a Área Projecto nos currículos é pequena ou nula, revelando-se disciplinas exotéricas e vazias cuja implementação foi mais uma medida “eduquesa” de diminuição da importância do conhecimento. Por outro lado, era mais ou menos consensual que os alunos têm uma carga horária excessiva, pelo que esta é claramente melhor forma de a diminuir do que, como chegou a ser falado, cortar em áreas científicas importantes como História e Geografia. Ainda para mais, o Estudo Acompanhado nao é eliminado totalmente, antes fica restrito aos alunos com mais dificuldades, pelo que, através de apoios mais indidualizados, poderá vir a ser tornado útil.
2. A questão é que, mais uma vez, nenhuma das razões atrás referidas esteve efectivamente em jogo. Por mais que a marioneta Isabelinha no país das maravilhas apresente a sua argumentação leve do costume, o certo é que a decisão será com toda a certeza meramente economicista e com o dedo de Teixeira dos Santos e do Ministério das Finanças. Aliás, a Educação continua a ser vista como uma mera despesa incómoda, pelo que a previsão é de um corte de 11,2 % (??!!) no sector.
3. Não tardou em surgir a reacção de sindicatos (vou esquecer a CONFAP, para nao continuar a dar-lhes importância), questionando a medida e salientando que com ela vai crescer o desemprego docente. Não disse uma palavra sobre se considera a medida justa ou não (tal como pouco ou nada disse em relação às inócuas alterações ao Estatuto do Aluno, à escandalosa diminuição da importância da componente científica na formação de professores e a outras mudanças estruturais, quando se exige de um sindicato que, no processo de defesa dos professores, tenha também preocupação efectiva com a qualidade de ensino), mas apenas contestou as suas consequências. Pois bem, parece-me uma reacção curta e excessivamente corporativista.
4. Bem pelo contrário, o que deveria continuar a ser exigido (com que força, depois dos memorandos de entendimento que pouco ou nada alteraram?) era medidas que efectivamente contribuam para a qualidade de ensino: maior exigência, avaliação mais rigorosa, reforço disciplinar, turmas mais pequenas, reforço do sistema de apoios e de assessorias ou desdobramentos em mais disciplinas (se algumas delas fossem implementadas, nao haveria diminuição de professores, antes tornava o seu papel mais útil) . Tudo bem mais importante do que manter estas disciplinas e ocupar professores com tarefas perfeitamente dispensáveis".
1. Por mais que se diga o contrário, a medida é teoricamente positiva. A prática mostrou que a utilidade da Estudo Acompanhado e a Área Projecto nos currículos é pequena ou nula, revelando-se disciplinas exotéricas e vazias cuja implementação foi mais uma medida “eduquesa” de diminuição da importância do conhecimento. Por outro lado, era mais ou menos consensual que os alunos têm uma carga horária excessiva, pelo que esta é claramente melhor forma de a diminuir do que, como chegou a ser falado, cortar em áreas científicas importantes como História e Geografia. Ainda para mais, o Estudo Acompanhado nao é eliminado totalmente, antes fica restrito aos alunos com mais dificuldades, pelo que, através de apoios mais indidualizados, poderá vir a ser tornado útil.
2. A questão é que, mais uma vez, nenhuma das razões atrás referidas esteve efectivamente em jogo. Por mais que a marioneta Isabelinha no país das maravilhas apresente a sua argumentação leve do costume, o certo é que a decisão será com toda a certeza meramente economicista e com o dedo de Teixeira dos Santos e do Ministério das Finanças. Aliás, a Educação continua a ser vista como uma mera despesa incómoda, pelo que a previsão é de um corte de 11,2 % (??!!) no sector.
3. Não tardou em surgir a reacção de sindicatos (vou esquecer a CONFAP, para nao continuar a dar-lhes importância), questionando a medida e salientando que com ela vai crescer o desemprego docente. Não disse uma palavra sobre se considera a medida justa ou não (tal como pouco ou nada disse em relação às inócuas alterações ao Estatuto do Aluno, à escandalosa diminuição da importância da componente científica na formação de professores e a outras mudanças estruturais, quando se exige de um sindicato que, no processo de defesa dos professores, tenha também preocupação efectiva com a qualidade de ensino), mas apenas contestou as suas consequências. Pois bem, parece-me uma reacção curta e excessivamente corporativista.
4. Bem pelo contrário, o que deveria continuar a ser exigido (com que força, depois dos memorandos de entendimento que pouco ou nada alteraram?) era medidas que efectivamente contribuam para a qualidade de ensino: maior exigência, avaliação mais rigorosa, reforço disciplinar, turmas mais pequenas, reforço do sistema de apoios e de assessorias ou desdobramentos em mais disciplinas (se algumas delas fossem implementadas, nao haveria diminuição de professores, antes tornava o seu papel mais útil) . Tudo bem mais importante do que manter estas disciplinas e ocupar professores com tarefas perfeitamente dispensáveis".
http://5dias.net/2010/10/26/uma-boa-medida-educativa-com-objectivos-pouco-claros/
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