Nos seus habituais comentários das terças-feiras na TVI, Miguel Sousa Tavares, convidado a fazer uma apreciação sobre os acontecimentos da Covilhã, não desaproveitou a oportunidade para mais uma vez zurzir nos sindicatos de professores. Até aqui tudo normal: é sabido que o indivíduo não suporta os representantes legais dos professores, em especial a Fenprof, por quem nutre um profundo ódio, como aliás tem sido notório sempre que se pronuncia sobre temas da educação.
Mas o que mais me incomodou na dita intervenção foi ele dizer que ainda está por provar se os professores se revêem na contestação que os sindicatos fazem relativamente à política educativa do governo, apresentando como exemplo dessa sua tese o famigerado ECD. São estes considerandos que deviam fazer tocar os sinais de alarme da classe docente. Declarações como esta deviam preocupar todos os professores pois pode prevalecer a ideia de que MST é bem capaz de ter razão naquilo que afirma. A verdade é que nesta luta contra as diatribes do Ministério da Educação só os sindicatos se chegam à frente. Da parte dos professores continuamos a assistir a uma passividade preocupante que não abona em nosso favor. A atitude da maioria dos professores faz-me lembrar a velha imagem que o mundo do futebol costuma ter do futebol português: muito rodriguinho, muita capacidade técnica, mas na hora de rematar à baliza adversária somos um completo desastre. Com os professores passa-se exactamente o mesmo: muita retórica, muita falinha mansa, aparentemente muita vontade em demonstrar a nossa indignação mas no momento de traduzir esse descontentamento em actos concretos falhamos rotundamente. Assim sendo, não devemos depois admirar-nos que a opinião pública e MST em particular, possam ter naturais reservas sobre se os sindicatos efectivamente são a voz da contestação dos professores ou se ao invés se representam a si próprios.
Mas o que mais me incomodou na dita intervenção foi ele dizer que ainda está por provar se os professores se revêem na contestação que os sindicatos fazem relativamente à política educativa do governo, apresentando como exemplo dessa sua tese o famigerado ECD. São estes considerandos que deviam fazer tocar os sinais de alarme da classe docente. Declarações como esta deviam preocupar todos os professores pois pode prevalecer a ideia de que MST é bem capaz de ter razão naquilo que afirma. A verdade é que nesta luta contra as diatribes do Ministério da Educação só os sindicatos se chegam à frente. Da parte dos professores continuamos a assistir a uma passividade preocupante que não abona em nosso favor. A atitude da maioria dos professores faz-me lembrar a velha imagem que o mundo do futebol costuma ter do futebol português: muito rodriguinho, muita capacidade técnica, mas na hora de rematar à baliza adversária somos um completo desastre. Com os professores passa-se exactamente o mesmo: muita retórica, muita falinha mansa, aparentemente muita vontade em demonstrar a nossa indignação mas no momento de traduzir esse descontentamento em actos concretos falhamos rotundamente. Assim sendo, não devemos depois admirar-nos que a opinião pública e MST em particular, possam ter naturais reservas sobre se os sindicatos efectivamente são a voz da contestação dos professores ou se ao invés se representam a si próprios.
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