"Cinco dirigentes da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) pediram a demissão devido a “discordâncias internas sobre políticas de educação nacional”, anunciou o vice-presidente demissionário da estrutura António Amaral.
Dos cinco dirigentes associativos, três pertencem ao Conselho Executivo (Gina Oliveira, Fernando Coelho e António Amaral), e os restantes faziam parte do Conselho de Jurisdição e Disciplina (António Farto e Agostinho Almeida).
O motivo da demissão prende-se com “as posições de apoio do presidente da Confap ao Governo” e ao facto de estas “não terem eco nas associações de pais do distrito de Setúbal”, que os demissionários representam, explicou António Amaral.
A demissão dos dirigentes prende-se também com “sérias preocupações de que a Confap não vai por um caminho de independência” em relação ao poder político e ao actual governo, explicou ainda o dirigente associativo.
A decisão dos cinco dirigentes foi tomada a 12 de Setembro, durante uma reunião executiva, disse o vice-presidente demissionário, explicando ainda que “o processo não está formalizado porque falta comunicar ao presidente da Assembleia-geral”.
Os membros eleitos das associações de pais do distrito de Setúbal pretendem “uma Confap forte, ligada às associações de pais e independente do poder político”, concluiu António Amaral.
O presidente da Confap escusou-se a comentar a demissão de cinco dirigentes, alegando tratar-se de um assunto “interno” da Confap que será resolvido “nos órgãos próprios”.
“Não vou comentar. É um assunto interno da Confap que será resolvido nos órgãos próprios. Não vou acrescentar mais nada”, afirmou Albino Almeida".
Público
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