"Pouco importa, agora, saber o que pensa Maria de Lurdes Rodrigues, anterior ministra da Educação, sobre as negociações que a sua sucessora, Isabel Alçada, vem mantendo com os sindicatos dos professores. Lurdes Rodrigues foi acusada de "insensibilidade" e de "intransigência", para só dizer o menos, e apontada como a grande responsável pela fuga de milhares de votos até então tidos como fiéis ao Partido Socialista.
Lembrei-me de Maria de Lurdes Rodrigues ao ver a reacção sindical à mais recente proposta do Ministério de Isabel Alçada. "Insuficiente", dizem os sindicatos. Não conhecendo Isabel Alçada, nada posso presumir sobre as expectativas que ela e o Governo tinham com o documento que levaram à mesa das negociações. Mas conhecendo o que Lurdes Rodrigues fez no mesmo Ministério acredito que ela, se por acaso ainda não desligou destes problemas, deverá ter adivinhado este desenlace. E os próximos também.
Desta vez, o que os professores vão dizendo, depois dos elogios que fizeram à abertura da nova equipa governamental, que permitiu a reposição de um clima negocial, é que são precisas "muitas alterações" à proposta. Em foco está sobretudo o caso dos professores classificados com "Bom" (aposto que a maioria) que, segundo a proposta governamental, só têm progressão assegurada depois dos "Muito Bom" e "Excelentes", e não automaticamente, como os sindicatos pensam ser devido. Quer dizer: o Governo acha que deve assegurar-se a progressão em função das classificações e das vagas existentes. É assim que os docentes avaliados com "Bom", mas que por falta de vaga não consigam aceder ao escalão seguinte, terão, promete o Governo, prioridade no ano seguinte, "imediatamente a seguir" aos que tiverem sido classificados com "Muito Bom" e "Excelente", que progridem independentemente da existência de lugar. Os representantes dos professores, sindicatos e movimentos independentes consideram que a progressão deve estar assegurada, ponto.
Os partidos estão mudos e quedos. Talvez passada a quadra festiva se saiba se a culpa continua a ser do Governo e se os partidos continuarão a apoiar a luta dos professores. Não deviam estar em silêncio. Depois do que foi dito, depois dos debates parlamentares compete a todos, Governo e Oposição, encontrar uma solução. Mas não vale a pena ter ilusões: a luta dos professores vai regressar, a menos que o Governo recue uns anos e a avaliação seja bem diferente do que está a ser proposto agora, ficando tão inútil como era então".
Lembrei-me de Maria de Lurdes Rodrigues ao ver a reacção sindical à mais recente proposta do Ministério de Isabel Alçada. "Insuficiente", dizem os sindicatos. Não conhecendo Isabel Alçada, nada posso presumir sobre as expectativas que ela e o Governo tinham com o documento que levaram à mesa das negociações. Mas conhecendo o que Lurdes Rodrigues fez no mesmo Ministério acredito que ela, se por acaso ainda não desligou destes problemas, deverá ter adivinhado este desenlace. E os próximos também.
Desta vez, o que os professores vão dizendo, depois dos elogios que fizeram à abertura da nova equipa governamental, que permitiu a reposição de um clima negocial, é que são precisas "muitas alterações" à proposta. Em foco está sobretudo o caso dos professores classificados com "Bom" (aposto que a maioria) que, segundo a proposta governamental, só têm progressão assegurada depois dos "Muito Bom" e "Excelentes", e não automaticamente, como os sindicatos pensam ser devido. Quer dizer: o Governo acha que deve assegurar-se a progressão em função das classificações e das vagas existentes. É assim que os docentes avaliados com "Bom", mas que por falta de vaga não consigam aceder ao escalão seguinte, terão, promete o Governo, prioridade no ano seguinte, "imediatamente a seguir" aos que tiverem sido classificados com "Muito Bom" e "Excelente", que progridem independentemente da existência de lugar. Os representantes dos professores, sindicatos e movimentos independentes consideram que a progressão deve estar assegurada, ponto.
Os partidos estão mudos e quedos. Talvez passada a quadra festiva se saiba se a culpa continua a ser do Governo e se os partidos continuarão a apoiar a luta dos professores. Não deviam estar em silêncio. Depois do que foi dito, depois dos debates parlamentares compete a todos, Governo e Oposição, encontrar uma solução. Mas não vale a pena ter ilusões: a luta dos professores vai regressar, a menos que o Governo recue uns anos e a avaliação seja bem diferente do que está a ser proposto agora, ficando tão inútil como era então".
José Leite Pereira
Director do JN
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