"Na próxima quinta-feira a nova ministra da Educação vai ter um teste decisivo na conversa adiada com os sindicatos sobre a avaliação dos professores.
Os sindicatos já avisaram que não abdicam da progressão na carreira para quem tem ‘Bom’, enquanto o Governo insiste nas quotas para a promoção dos docentes. A guerra da avaliação é a que tem gasto mais energias ao Ministério e aos docentes nos últimos anos, mas não é o assunto mais importante da Educação. A questão fundamental é a qualidade do ensino. Em vez de promoverem a excelência e o rigor, as escolas trabalham para as estatísticas oficiais do Ministério.
Contou-me uma professora que numa escola EBI que tem recebido prémios públicos pelo sucesso alcançado há vários anos nenhum aluno fica retido. Por causa deste ‘sucesso’, a que não é alheia a pressão do conselho executivo para os alunos com mais dificuldades passarem de ano, há adolescentes no 9º ano que têm dificuldade em ler um simples texto.
E garante a docente que esta obsessão estatística, produtora de analfabetos, não é exclusiva dessa escola. Provavelmente há inúmeros casos destes um pouco por todo o País.
A prioridade do Ministério deveria ser a real qualidade do ensino. E nesta prioridade os professores não devem ser os inimigos, têm de fazer parte da solução".
Os sindicatos já avisaram que não abdicam da progressão na carreira para quem tem ‘Bom’, enquanto o Governo insiste nas quotas para a promoção dos docentes. A guerra da avaliação é a que tem gasto mais energias ao Ministério e aos docentes nos últimos anos, mas não é o assunto mais importante da Educação. A questão fundamental é a qualidade do ensino. Em vez de promoverem a excelência e o rigor, as escolas trabalham para as estatísticas oficiais do Ministério.
Contou-me uma professora que numa escola EBI que tem recebido prémios públicos pelo sucesso alcançado há vários anos nenhum aluno fica retido. Por causa deste ‘sucesso’, a que não é alheia a pressão do conselho executivo para os alunos com mais dificuldades passarem de ano, há adolescentes no 9º ano que têm dificuldade em ler um simples texto.
E garante a docente que esta obsessão estatística, produtora de analfabetos, não é exclusiva dessa escola. Provavelmente há inúmeros casos destes um pouco por todo o País.
A prioridade do Ministério deveria ser a real qualidade do ensino. E nesta prioridade os professores não devem ser os inimigos, têm de fazer parte da solução".
Armando Esteves Pereira
Correio da Manhã
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