"Correio da Manhã – Como comenta a decisão do Governo de fechar 900 escolas de 1.º ciclo com menos de 21 alunos?
Mário Nogueira – Foi infeliz anunciar a medida no Dia Mundial da Criança, porque as crianças serão as mais prejudicadas. Entre 15 a 20 mil serão deslocadas, algumas vão demorar uma hora para a escola e outro tanto para voltar a casa. Saem de madrugada e chegam à noite. E são as que deveriam ter mais acompanhamento as que serão discriminadas.
– Haverá professores a perder o emprego?
– Já pedimos uma audiência urgente à ministra porque queremos saber quais os impactos. Só este ano, vão fechar 500 escolas que vão levar para o desemprego cerca de 400 professores. O Governo faz isto em nome da poupança e para se livrar de professores, a maioria contratados.
– E qual será o impacto na classe docente da reorganização dos agrupamentos?
– A fusão poderá prejudicar milhares de docentes e o número de professores com horário zero vai disparar. Querem poupar de forma cega, sem ter em conta o contexto. Se alguém tinha dúvidas de que a missão desta ministra é a mesma da anterior, agora deixa de as ter.
– O compromisso do Governo de um concurso em 2011 para integrar no quadro alguns dos 23 mil contratados está em causa?
– Esse compromisso foi assumido a 7 de Janeiro, dia do acordo de princípios, e ficou em acta, mas agora não sei como haverá vagas.
– É contra o fecho de escolas por uma questão de princípio?
– A Fenprof não tem uma posição fechada, mas as medidas devem ser tomadas em conjunto com as comunidades. Nos últimos anos, as assembleias municipais aprovaram cartas educativas e agora vem o Governo e muda tudo. O País vai ficar cada vez mais assimétrico e o interior cada vez mais isolado".
Mário Nogueira – Foi infeliz anunciar a medida no Dia Mundial da Criança, porque as crianças serão as mais prejudicadas. Entre 15 a 20 mil serão deslocadas, algumas vão demorar uma hora para a escola e outro tanto para voltar a casa. Saem de madrugada e chegam à noite. E são as que deveriam ter mais acompanhamento as que serão discriminadas.
– Haverá professores a perder o emprego?
– Já pedimos uma audiência urgente à ministra porque queremos saber quais os impactos. Só este ano, vão fechar 500 escolas que vão levar para o desemprego cerca de 400 professores. O Governo faz isto em nome da poupança e para se livrar de professores, a maioria contratados.
– E qual será o impacto na classe docente da reorganização dos agrupamentos?
– A fusão poderá prejudicar milhares de docentes e o número de professores com horário zero vai disparar. Querem poupar de forma cega, sem ter em conta o contexto. Se alguém tinha dúvidas de que a missão desta ministra é a mesma da anterior, agora deixa de as ter.
– O compromisso do Governo de um concurso em 2011 para integrar no quadro alguns dos 23 mil contratados está em causa?
– Esse compromisso foi assumido a 7 de Janeiro, dia do acordo de princípios, e ficou em acta, mas agora não sei como haverá vagas.
– É contra o fecho de escolas por uma questão de princípio?
– A Fenprof não tem uma posição fechada, mas as medidas devem ser tomadas em conjunto com as comunidades. Nos últimos anos, as assembleias municipais aprovaram cartas educativas e agora vem o Governo e muda tudo. O País vai ficar cada vez mais assimétrico e o interior cada vez mais isolado".
CM
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