"Todos os anos a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) é chamada a comentar os resultados dos exames, sejam eles do 12.º ano ou, mais recentemente, do 9.º ano. Os governos mudam e os resultados dos nossos alunos também. Só a posição da SPM continua cristalizada em frases como "ficamos bastante preocupados" ou "a maneira como está a ser feito o ensino da Matemática não é a mais adequada". No ano passado, também por esta altura, aquando da divulgação dos resultados dos exames do 9.º ano, a situação ainda foi mais caricata. A SPM acusou: "Uma prova tão elementar como esta não serve o progresso do ensino." Sobre a mesma prova a APM (Associação Portuguesa de Matemática) disse: "A prova está, na generalidade, de acordo com as orientações curriculares." Sendo todos professores de Matemática e sendo esta uma ciência considerada como exacta, são difíceis de entender opiniões tão distintas como estas.
Além disso, por mais responsabilidade que tenham os titulares da pasta da Educação, as aulas são da responsabilidade dos professores. Por isso, não se compreende também como é que, ano após ano, os docentes de Matemática se limitam a lamentar os resultados dos alunos e as orientações políticas do sector.
Porque a verdade é só uma: por piores que sejam os ministros e os alunos, alguma responsabilidade têm de ter os professores de Matemática no crónico mau desempenho português nesta disciplina".
Além disso, por mais responsabilidade que tenham os titulares da pasta da Educação, as aulas são da responsabilidade dos professores. Por isso, não se compreende também como é que, ano após ano, os docentes de Matemática se limitam a lamentar os resultados dos alunos e as orientações políticas do sector.
Porque a verdade é só uma: por piores que sejam os ministros e os alunos, alguma responsabilidade têm de ter os professores de Matemática no crónico mau desempenho português nesta disciplina".
João Marcelino
DN
2 comentários:
Pois eu digo-lhe caro colega, que gostava que houvesse exames a todas, repito todas as disciplinas do básico. Sabe como seriam os resultados? Mas olhe que eu sou capaz de adivinhar.
Deixe-se de balelas...
Caro Anónimo
Não se atire a mim. O post não é meu, mas sim do João Marcelino, director do DN.
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