"A contestação ao processo de avaliação nas escolas tornou-se uma doença contagiosa. Começou com os professores, alastrou aos directores, que se revoltaram por não conhecerem os critérios, e atingiu por fim os subdirectores e adjuntos nas escolas da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) que ontem pediram à tutela a suspensão deste processo por considerarem “arbitrários” os critérios para atribuir as notas de mérito.
O ciclo está completo. Não resta mais ninguém que possa vir à praça pública contestar a forma como o processo de avaliação está a ser conduzido. Numa carta enviada ao ministro da Educação, ao inspector-geral da Educação e ao director regional de Educação do Norte, 18 subdirectores e adjuntos de 13 escolas ou agrupamentos acusam a conselho de coordenação de avaliação (CCA) de promover regras arbitrárias para validar as classificações de excelente e de relevante.
“Quando na base da atribuição de quotas está uma diversidade de critérios aplicados ao gosto e sensibilidade de cada director, não pode haver uma avaliação justa”, defende ao i Fátima Inácio Gomes, adjunta da direcção da Escola Secundária de Barcelos e uma das subscritoras do protesto.
A raiz do mal estará no conselho de avaliação que funciona junto da DREN, órgão que deveria ter definido as normas a aplicar neste processo que, no caso de directores e toda a sua equipa, obedece às regras da administração pública: “Só na véspera das notas serem lançadas pelos directores, é que o CCA informou estarem disponíveis os critérios que são exactamente os mesmos usados na avaliação dos directores.” A informação de última hora acrescentava ainda, segundo Fátima Gomes, a possibilidade de cada director poder usar – se entendesse – a sua própria grelha de avaliação".
Jornal i
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