Com o novo estatuto do aluno, está aberto o caminho para o caos na escola pública. O aluno agride, rouba, destrói, uma, duas, três, quantas vezes quiser que o pior que lhe pode suceder é ir 10 dias para casa, supostamente para se acalmar. Acabado esse período de férias forçadas (mas muito bem gozadas, presumo eu) volta de novo à escola e com carta branca para repetir a dose de agressões, de roubos e de destruição. Expulsar o aluno? Nem pensar! Seria mais um abandono escolar a contabilizar e isso é coisa que o nosso governo não permite pois comprometeria as estatísticas de sucesso. Prometia a ministra, há bem pouco tempo, que iria reforçar a autoridade dos professores na escola. Esta é a prova que faltava de que esta gente mente compulsivamente e, bem mais grave, com a maior das impunidades.
Como esta medida ainda não era suficiente, a bancada socialista decidiu colocar a cereja no topo do bolo ao decidir que as reprovações por faltas deixam de existir. Os alunos que excederem o número limite de faltas previstos por lei terão agora a possibilidade de fazerem uma ou várias provas de recuperação, tantas quantas as necessárias, até conseguirem a aprovação. Se isto é promover um ensino de qualidade eu vou ali e já venho!
Quem deve estar em êxtase com estas decisões são os alunos que vêem assim a sua vida facilitada. Os pais também devem estar felizes. Pelo menos a maioria (exceptuam-se aqueles que ainda se vão preocupando com a formação dos seus filhos). Aliás, o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais já deu o mote ao considerar “a medida generosa porque permite dizer ao aluno que a escola está sempre aberta”. Segundo ele deu-se um passo em frente. Realmente com este novo estatuto damos um passo em frente, mas na direcção do abismo.
Uma coisa é certa. Dentro de um par de anos seremos imbatíveis nas estatísticas europeias de combate ao insucesso e ao abandono escolar. O pior será quando os nossos alunos confrontarem conhecimentos com os seus colegas europeus nas provas internacionais. Aí o embuste vai ser desmascarado e sempre quero ver como Sócrates irá descalçar a bota.
P.S. Aguardo expectante o que a nossa comunicação social terá a dizer sobre tudo isto. Em especial, os habituais opinadores que não se têm cansado de elogiar o trabalho da ministra. Não que tenha grande fé na sua honestidade intelectual. Mas, ainda assim, não deixo de estar curioso em ouvir e ler as prováveis barbaridades que serão ditas e escritas sobre este assunto.
Como esta medida ainda não era suficiente, a bancada socialista decidiu colocar a cereja no topo do bolo ao decidir que as reprovações por faltas deixam de existir. Os alunos que excederem o número limite de faltas previstos por lei terão agora a possibilidade de fazerem uma ou várias provas de recuperação, tantas quantas as necessárias, até conseguirem a aprovação. Se isto é promover um ensino de qualidade eu vou ali e já venho!
Quem deve estar em êxtase com estas decisões são os alunos que vêem assim a sua vida facilitada. Os pais também devem estar felizes. Pelo menos a maioria (exceptuam-se aqueles que ainda se vão preocupando com a formação dos seus filhos). Aliás, o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais já deu o mote ao considerar “a medida generosa porque permite dizer ao aluno que a escola está sempre aberta”. Segundo ele deu-se um passo em frente. Realmente com este novo estatuto damos um passo em frente, mas na direcção do abismo.
Uma coisa é certa. Dentro de um par de anos seremos imbatíveis nas estatísticas europeias de combate ao insucesso e ao abandono escolar. O pior será quando os nossos alunos confrontarem conhecimentos com os seus colegas europeus nas provas internacionais. Aí o embuste vai ser desmascarado e sempre quero ver como Sócrates irá descalçar a bota.
P.S. Aguardo expectante o que a nossa comunicação social terá a dizer sobre tudo isto. Em especial, os habituais opinadores que não se têm cansado de elogiar o trabalho da ministra. Não que tenha grande fé na sua honestidade intelectual. Mas, ainda assim, não deixo de estar curioso em ouvir e ler as prováveis barbaridades que serão ditas e escritas sobre este assunto.
6 comentários:
Só querem é facilitar a vida aos alunos! E os stores? Sou uma simples aluna e isso basta-me para reivindicar uma medida que só me auxiliaria,lol, mas e o ensino? alunos que se fartam de faltar como já tive na minha turma continuavam a passar de ano tipo ensino á distância? é que é só o que falta! faltava ás aulas e depois só ia fazer as provas! Rica vida! Eu é que não sou capaz de tal coisa!
Mesmo que o embuste seja desmascarado (o que não acredito) não vai ser o Sr. Sousa quem vai arcar com o que quer que seja. De qualquer modo, é sempre bom ler o que escreve :)
Não sei o seu mail mas gostava de o convidar para a equipa lá do canto.
Abraço
Será que os srs. que integram a CNAP têm os seus filhos em escolas públicas? Eu diria que não! Se defendem a rebaldaria, a irresponsabilidade e, em consequência, a total impreparação das crianças e dos jovens para uma futura integração plena na sociedade, por certo não iriam condenar a sua progénie à, mais do que certa, exclusão social!
Estes srs., que creio suficientemente esclarecidos, estão a investir no futuro da sua descendência: estão a eliminar a possível concorrência que, atendendo à destruição de emprego, será feroz.
Esta é uma atitude própria dos predadores quando a sobrevivência da sua espécie está ameaçada pela escassez de recursos.
O pior será quando os nossos alunos confrontarem conhecimentos com os seus colegas europeus nas provas internacionais.
Pois será! O trabalho qualificado, em Portugal, passará a ser realizado por estrangeiros. Aos portugueses, de um modo geral e que tiverem a sorte de arranjar trabalho, caberá a fatia a que já estão habituados: trabalho indiferenciado e mal remunerado...
Esta nova bacorada, a que deram o nome de estatuto do aluno, é mais uma prova que atesta a insanidade de quem comanda (muito mal, diga-se em abono da verdade!) os desígnios da Nação. Só pode ser esquizofrenia: revela-se aos alunos a total desvalorização da assiduidade e exige-se aos professores uma assiduidade total, mesmo que estejam às portas da morte!
Mas nós é que somos tolos por nos deixarmos conduzir por tresloucados e, ainda por cima, trabalhamos como escravos para lhes sustentarmos a insânia (e a carteira!).
Algum bom aluno sobrevirá?
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