segunda-feira, setembro 14, 2009

Sócrates tenta tudo para conquistar o voto dos professores

"Maria de Lurdes Rodrigues nunca mais. Se o PS ganhar as eleições, Sócrates não reconduzirá a ministra que funcionou como o seu alter-ego na reforma da educação, que o primeiro-ministro desde o início definiu como prioritária ("determinação", "não ceder às corporações", "rumo", "convicção", etc.).
Como todo o processo está a ser cobrado com juros altos e fez o PS alienar grande parte da influente classe dos professores, resta agora a Sócrates tentar sugerir, no sprint final, que um voto no PS não é um voto em Maria de Lurdes. Ao que o i sabe, a ministra da Educação não está ofendida com o despedimento: perfeitamente consciente dos estilhaços políticos que o seu mandato provocou, também não tem qualquer desejo de vir a ser reconduzida. Ocupa-se agora em "terminar o mandato como dignidade": assegurar que o ano lectivo começa sem sobressaltos.
O fim da era Maria de Lurdes Rodrigues, anunciado antes do arranque oficial da campanha, foi avançado durante o debate com Manuela Ferreira Leite com meias palavras: "Novo governo, novos ministros". Quando saiu do estúdio, José Sócrates foi mais longe: "em todas as pastas haverá novos ministros", declarou o secretário-geral do PS, abrindo a porta à interpretação de total "limpeza de balneário"".

Jornal "i"

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois é assim, a política!

Agora, há aí uns tipos cutriosos que pretendem dar uma ajudinha ao Sócrates, com uma prenda mesmo a propósito... a famosa manifestação tripartida e tricéfala dos «movimentos»... uma autêntica anedota.
Infelizmente, é uma anedota de mau gosto porque vai ser um enorme fracasso!
Mas irá servir para os pró-PS (Partido Sócrates) dizerem ufanos:
- Vêm? eu não vos disse? Reparem como se esvaziou a contestação ao governo, do lado dos professores; umas poucas centenas de excitados a insultar o primeiro-ministro e a ministra da educação. A grande maioria dos professores não lhes ligou nenhuma!!!»
Pois é; vão mostrar que afinal, os contestatários são apenas «uns poucos», que a grande maioria dos professores não embarca nesse radicalismo.
Boa! Grande tiro... no pé!
ou quem é amigo do PS quem é, «apede mup promova mep» cada qual com a sua faixazinha, a gritar os seus estribilhos a ver quem «mobiliza mais dezenas»...
Ah, estes movimentos de massas, que maravilha!

Zé da Esquina