sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Desabafos (II)

Senhores passageiros, queiram apertar os cintos, vamos iniciar a nossa viagem ao mundo maravilhoso da palhaçada. Entrámos oficialmente no reino da treta, onde tudo é possível e o absurdo nunca é demais. Com a preciosa ajuda de centena e meia de milhares de professores, dispostos a alinhar em todas as pretensões do Ministério da Educação, mesmo que as regras se tornem demasiado idiotas e a situação nas escolas se torne incomportável, estamos a assistir a uma inversão completa do rumo do ensino com consequências desastrosas para o país como se comprovará dentro de poucos anos quando se conhecerem os resultados desta engenhosa política educativa. Quem vai pagar toda esta irresponsabilidade? Todos, menos os verdadeiros responsáveis que, nessa altura, estarão a gozar uma reforma dourada numa qualquer empresa pública ou privada comparticipada pelo Estado. Como todos sabemos a incompetência política sempre foi paga com altos tachos e, nesse particular, o "trio maravilha" não recebe lições de ninguém pelo que a recompensa estará certamente garantida.
O tempo vai passando, a bandalheira instalou-se definitivamente no nosso sistema de ensino, mas os professores continuam a não exercer condignamente o seu direito à indignação. O que é preciso o ME fazer mais para que nos revoltemos, nos indignemos, nos unamos para dar a esta equipa ministerial a resposta que desde há muito vem merecendo?

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