Esta manifestação convocada pela Fenprof pode constituir-se num pau de dois bicos para os professores. No caso de haver uma participação massiva poderemos, efectivamente, vir a colher dividendos no curto/médio prazo, mas se esta for reduzida o ME não deixará de fazer o aproveitamento devido, vindo para a praça pública dizer que, afinal, a maioria dos professores até está a favor das políticas educativas do Governo.
A Fenprof com receio de perder a sua influência junto dos docentes – começam a ser visíveis alguns grupos de professores actuando ao arrepio dos sindicatos -, vê-se na necessidade de agir e, por isso, promove uma manifestação, com o claro objectivo de capitalizar a crescente indignação que hoje em dia se vive nas escolas. Percebe-se a intenção, mas não deixa de ser uma cartada muito alta que a correr mal pode estoirar nas mãos dos professores. E isso é tudo o que menos nos interessa neste momento.
A Fenprof com receio de perder a sua influência junto dos docentes – começam a ser visíveis alguns grupos de professores actuando ao arrepio dos sindicatos -, vê-se na necessidade de agir e, por isso, promove uma manifestação, com o claro objectivo de capitalizar a crescente indignação que hoje em dia se vive nas escolas. Percebe-se a intenção, mas não deixa de ser uma cartada muito alta que a correr mal pode estoirar nas mãos dos professores. E isso é tudo o que menos nos interessa neste momento.
9 comentários:
Eu farei a minha parte, como sempre. Seremos muitos!
Não creio que a manifestação leve a bom porto. Sejam 10, 20 ou 30 mil, no dia seguinte já não se falará na dita manifestação...
Concordo com o Peixoto...
...cada professor deve fazer a sua manifestação de consciência, na sua sala de aula, na sua escola, nas suas reuniões, em casa, para si, como sempre o fez toda a vida - publicamente tem valido pouco, não é?
Diz o povo e bem que quem cala consente. Eu não consentirei nem ficarei à espera, delegando, que outros me represemtem neste momento tão grave da nossa vida profissional.
Nem no tempo de Salazar os professores foram tão pisados. Estou farto destes cabrões!
A linguagem ofensiva não deverá fazer parte de quem saber combater, anónimo!
No comentário anterior deveria ter escrito "de quem sabe combater" em vez de "..saber...".
Cabe aos professores garantir que o sindicato tinha razão quando apostou alto. Uma das primeiras acções deste governo foi a descredibilização da classe docente mas também dos sindicatos. Os sindicatos são aquilo que fizermos deles. Dia 8 de Março lá estarei a ajudar aqueles que tentam ajudar.
Olhe, Karadas, o senhor primeiro-ministro, hoje, não sei onde que ouvi mal a notícia, já esteve a tecer loas aos professores, a passar-nos a mão pelo lombo. Está, pelos vistos assustado. E julgo que tem razão para estar. Na minha escola ninguém praticamente se manifesta sobre nada mas o que vejo agora é determinação de participar na manif.Suponho que poucos não irão. E acho que iriam fosse ela convocada por quem fosse.
Eu estarei lá.
Para fazermos passar a nossa mensagem não podemos limitar-nos a dizer «não». Claro que devemos dizer «não» a muitas coisas: a um governo que tem como prioridade, não o ensino e a aprendizagem, mas a encenação imediata do «sucesso»; um Estatuto e uma avaliação que premeiam, não os professores que ensinam bem, mas os que colaboram melhor na referida encenação; uma burocracia asfixiante, geradora de milhares de horas de trabalho inútil; uma pedagogia delirante, promotora da ignorância; um incivismo endémico, promovido por quem o devia combater.
Mas há duas coisas em relação às quais devemos dizer «sim», gritar «sim» de maneira a que todos ouçam e saibam que também os professores têm prioridades a defender: o nosso direito a ensinar e o direito dos alunos a aprender.
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