"Em todas as unidades curriculares em que teve equivalência por reconhecimento da sua experiência profissional, Miguel Relvas teve 10 e 11 valores. No certificado de final de curso da licenciatura do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, a que o i teve acesso em exclusivo, é possível verificar que as únicas disciplinas em que obteve notas superiores foram aquelas em que foi submetido a exame.
No total, Miguel Relvas teve 10 valores a onze disciplinas. Nas restantes equivalências obteve 11. Nos quatro exames que teve de realizar para concluir a licenciatura, 18 foi a classificação mais elevada (ver tabela). Feitas as contas, a média de final de curso ronda os 11 valores.
Segundo um despacho assinado pelo então director do curso de Ciência Política e Relações Internacionais, Fernando dos Neves, Miguel Relvas ficou dispensado da frequência e avaliação de 32 unidades curriculares, após ter submetido aos órgãos competentes daquela universidade “um currículo profissional e académico, devidamente instruído”. Foi ainda submetido também “a uma entrevista, visando a avaliação das suas motivações.”
No mesmo documento – como introdução à decisão das 32 equivalências – pode ainda ler-se: “Necessariamente a resposta ao solicitado implica a determinação rigorosa das unidades curriculares que se devem considerar exigíveis para o somatório de ECTS que, de acordo com o plano de estudos da licenciatura mencionada, permite a obtenção do grau.”
Assim, a Universidade Lusófona organizou em três blocos as experiências profissonais do actual ministro e respectivas equivalências: competências adquiridas ao longo da vida, no exercício de cargos públicos, cargos políticos, funções privadas, empresariais e de intervenção social e cultural, bem como na frequência universitária.
Comparação Nas disciplinas em que, por equivalência, o actual ministro teve uma classificação de 10 valores, a Universidade teve em conta a sua experiência académica, em 1984, na Universidade Livre de Lisboa.
No despacho de concessão de equivalências, uma pequena nota clarifica essa situação: “a estas Unidades Curriculares é atribuída a classificação de 10 valores, aferida pela nota da seriação realizada na Universidade Livre de Lisboa, em 1984”.
Percurso escolar Foi na Escola Nuno Álvares Pereira, em Tomar, que Relvas concluiu, em 1981-82, História (12 valores) e Filosofia (10 valores) do 12.º ano. No ano seguinte teve aproveitamento na disciplina que lhe faltava (Geografia) na Escola Secundária Belém-Algés, estabelecimento onde acabou o ano zero de acesso à Universidade Livre, em 1983-84, com uma média de 11, 3 valores. No ano seguinte inscreve-se no curso de Direito da Universidade Livre (instituição que daria origem à Universidade Lusíada). Em 1985 terminou após frequência escrita e prova oral, a disciplina de Ciência Política e Direito Constitucional, com 10 valores.
Em Setembro desse ano pediu transferência para o curso de História, matriculando-se em sete disciplinas mas não fez nenhuma. Em 1995/96 pediu reingresso na Universidade Lusíada para o curso de Relações Internacionais, mas não frequentou nenhuma cadeira".
Jornal i
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