"GOVERNO ESTÁ DE NOVO A TENTAR ILUDIR AS PESSOAS": Mário Nogueira, Secretário-geral da Fenprof
Correio da Manhã – O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, afirmou que na reunião [de ontem] com a Fenprof o Governo admitiu acabar com o limite de vagas de acesso a professor titular. Não seria uma forma de, na prática, acabar com a divisão da carreira que os sindicatos reclamam?
Mário Nogueira – A proposta que o Governo nos apresentou para o Estatuto da Carreira Docente (ECD) está num documento que é público e que mantém a divisão da carreira e o limite de vagas para acesso à categoria de professor titular. Na reunião, o secretário de Estado disse depois que admitia ir mais longe.
– Acabar com o limite de vagas para professor titular?
– Se os sindicatos assinassem um entendimento que reconhecesse esta proposta de ECD, o Governo admitia equacionar a questão das vagas, mas colocando logo uma condição que era impor mais requisitos para fazer a prova de acesso a titular, o que impediria que muitos a fizessem. No fundo, estar-se-ia a transferir as vagas do pós-prova para antes da prova. Como sabe, hoje um professor do quadro com 16 anos de serviço pode candidatar-se a titular.
– O secretário de Estado revelou que novos requisitos seriam esses?
– Disse que, caso acabasse o limite de vagas, tinha de se criar antes da prova uma situação qualquer, porque senão podiam todos candidatar-se. E nós perguntámos: ‘Mas diga o que é, que situação seria essa?’ E ele respondeu que nem valia a pena falar nisso, porque nós, sindicatos, somos contra a divisão da carreira, e nunca aceitaríamos.
– Está então a dizer que a alegada disponibilidade para recuar divulgada pelo Governo não corresponde à realidade?
– É uma tentativa de manipulação da opinião pública. Estão de novo a iludir as pessoas e a tentar criar a ideia de que estão com grande disponibilidade, quando na realidade não estão".
Bernardo Esteves
Correio da Manhã – O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, afirmou que na reunião [de ontem] com a Fenprof o Governo admitiu acabar com o limite de vagas de acesso a professor titular. Não seria uma forma de, na prática, acabar com a divisão da carreira que os sindicatos reclamam?
Mário Nogueira – A proposta que o Governo nos apresentou para o Estatuto da Carreira Docente (ECD) está num documento que é público e que mantém a divisão da carreira e o limite de vagas para acesso à categoria de professor titular. Na reunião, o secretário de Estado disse depois que admitia ir mais longe.
– Acabar com o limite de vagas para professor titular?
– Se os sindicatos assinassem um entendimento que reconhecesse esta proposta de ECD, o Governo admitia equacionar a questão das vagas, mas colocando logo uma condição que era impor mais requisitos para fazer a prova de acesso a titular, o que impediria que muitos a fizessem. No fundo, estar-se-ia a transferir as vagas do pós-prova para antes da prova. Como sabe, hoje um professor do quadro com 16 anos de serviço pode candidatar-se a titular.
– O secretário de Estado revelou que novos requisitos seriam esses?
– Disse que, caso acabasse o limite de vagas, tinha de se criar antes da prova uma situação qualquer, porque senão podiam todos candidatar-se. E nós perguntámos: ‘Mas diga o que é, que situação seria essa?’ E ele respondeu que nem valia a pena falar nisso, porque nós, sindicatos, somos contra a divisão da carreira, e nunca aceitaríamos.
– Está então a dizer que a alegada disponibilidade para recuar divulgada pelo Governo não corresponde à realidade?
– É uma tentativa de manipulação da opinião pública. Estão de novo a iludir as pessoas e a tentar criar a ideia de que estão com grande disponibilidade, quando na realidade não estão".
Bernardo Esteves
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