"As escolas públicas são financiadas pelo Estado e as privadas pelos alunos, ou por alguma entidade particualr que entenda fazê-lo. Verdade? Não. Em Portugal temos escolas públicas, privadas e público-privadas, isto é, as privadas que o Estado subsidia para que os alunos as frequentem sem pagar.
Toda a gente acha que isto faz sentido e até o Presidente da República abraçou a causa destas escolas, na maioria ligadas à Igreja, que agora protestam porque o Governo lhes reduziu os subsídios. Por isso houve manifestações na campanha. Contra Alegre porque é apoiado pelo partido do Governo, mas também contra Cavaco, que tentou melhorar a lei em vez de a vetar.
O argumento para a subsidiação destas escolas é o de que elas funcionam lá onde não chega a escola pública. tal argumento não colhe, ou não devia colher, porque há muitos lugares no país onde não existem escolas públicas e o que os alunos fazem é deslocar-se para frequentar a mais próxima. Com a generalização dos agrupamentos de escolas são, aliás, cada vez menos aqueles que não precisam de se deslocar.
Compreende-se que pais, alnos e professores destas escolas defendam com afinco o tratamento espeial que o Estado lhes tem concedido. Duvida-se é que esse tratamento seja o mais correcto, à luz da equidade a que o mesmo estado se deve obrigar".
Fernando Madrinha
Expresso
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