"Concordo com Ferreira Fernandes: professores malucos? Todos tivemos. E, com vergonha o digo, foram as criaturas que deixaram mais saudades: as conversas bizarras, os tiques de comportamento, os acessos de autoritarismo, inevitáveis quando se lida diariamente com seres humanos abaixo da idade da razão.
A única diferença é que, no meu tempo de liceu, não havia telemóveis para os filmar. Se houvesse, muitos teriam ido para o olho da rua. E tudo isto para dizer o quê? Sim, a professora de Espinho não devia ter dito o que disse. E, sim, os alunos não deviam ter filmado o que filmaram. Mas o problema não está propriamente na professora ou nos alunos. Está na forma histérica como reagimos a um caso particular e, no esquema geral do nosso ensino, absolutamente irrelevante".
A única diferença é que, no meu tempo de liceu, não havia telemóveis para os filmar. Se houvesse, muitos teriam ido para o olho da rua. E tudo isto para dizer o quê? Sim, a professora de Espinho não devia ter dito o que disse. E, sim, os alunos não deviam ter filmado o que filmaram. Mas o problema não está propriamente na professora ou nos alunos. Está na forma histérica como reagimos a um caso particular e, no esquema geral do nosso ensino, absolutamente irrelevante".
João Pereira Coutinho
Correio da Manhã
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