domingo, fevereiro 07, 2010

Simplex prolongado para avaliações urgentes de professores

"Até à nova lei, quem teve má nota, é contratado ou espera promoção fica no sistema Simplex.
O Ministério da Educação confirmou ontem ao DN estar a dar orientações "a todas as escolas" para que continuem a aplicar o modelo simplificado de avaliação de professores, mas apenas nas situações mais urgentes. Ou seja: os professores contratados; profissionais que precisam de uma avaliação intercalar; e para a confirmação ou anulação dos efeitos das notas negativas recebidas no biénio 2007-09.
Estas indicações são válidas até à entrada em vigor do novo modelo de avaliação, que vai resultar do acordo de princípio assinado em Janeiro entre a ministra, Isabel Alçada, e oito estruturas sindicais.
No caso dos contratados, a nota do Simplex servirá para desbloquear situações como renovação de contratos, participação em concursos e candidatura aos quadros. Para os professores que precisam da avaliação intercalar, está em causa a subida de escalão, que poderia ser atrasada se o novo regime demorasse a entrar em vigor.
Menos pacífica poderá ser a questão dos professores que tiveram notas negativas (regular ou insuficiente), já que acabará por ser o Simplex - pensado apenas para o ciclo de avaliação que acabou em Dezembro - a confimar ou não os seus desempenhos.
As consequências destas notas - suspensas no ano passado - podem implicar a saída da profissão.
Em todo o caso, a solução parece ser aceitável para os sindicatos: "Não conhecia essa orientação, mas à partida não me parece que mereça objecções", disse ao DN António Avelãs, do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SGPL), da Fenprof.
Para o sindicalista, esta pode ser uma oportunidade para estes professores verem rectificada a sua nota, "o que lhes permitirá progredir na carreira". E uma vez que "era difícil ter estas avaliações" no modelo simplificado, quem as repetir "talvez deva, de facto, pensar num novo rumo profissional".
Segundo dados provisórios de Novembro do ano passado, apenas 0,2% dos professores avaliados - no máximo uns 7500 - tiveram notas de irregular ou insuficiente.
Por outro lado, a solução permite também esclarecer escolas que, à falta de orientações, estavam a aplicar o Simplex a todos os seus profissionais".

DN

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