"Após nove, 11 ou mais anos de escola, os jovens passam ao mercado de trabalho sem um mínimo de capacidades.
A ideia de a escola, o ensino e a aprendizagem constituírem um elevador social para os desfavorecidos está a ser aniquilada pela actual crise. Em menos de vinte anos, Bill Gates, Steve Jobs e Paul Alen não deixaram de estar entre os mais ricos do Mundo, mas já se destaca mais o seu sentido de negócio do que a sua paixão pelo conhecimento e a inovação, capazes de mudar o Mundo. As legiões de jovens com diplomas, mas sem emprego, reduzem os bilionários das novas tecnologias a uma espécie de clube de premiados do Euromilhões. Já nem se vê claramente que aprendizagem contribui para o seu êxito. Talvez passar o tempo a dedilhar nos jogos de consola até ajude mais do que uma sólida preparação académica. E entre um curso superior e a passagem por um qualquer reality show o segundo é de certeza melhor porta para fazer carreira. De resto, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, não é o único líder que adora recrutar caras bonitas para a política entre as assistentes mais despidas dos programas de TV.
O problema é grave. Na semana passada, um jornal britânico registava que o desemprego não cessa de aumentar entre os recém-licenciados. Há sempre os sobredotados e superapoiados que vão directo ao topo depois de saírem de Harvard, Yale, Oxford ou Cambridge, mas a desilusão reina nas grandes massas de diplomados aviados pelas universidades públicas e privadas sem prestígio. Dois números chocavam no ‘Sunday Times’: uma em cada cinco pessoas em idade de trabalhar não tem emprego; dos 1,7 milhões de empregos criados desde 1997 no Reino Unido 81% pertencem a estrangeiros.
Poder-se-ia pensar num declínio de civilização. Instalados na sua subsídiodependência, os britânicos já não teriam ambição e capacidade para singrar. A observação dos factos leva porém a outras pistas: após nove, 11 ou mais anos de escola, os jovens passam ao mercado de trabalho sem um mínimo de capacidades. Pior, nem sequer revelam interesse pelo trabalho. Num recrutamento, 52 candidatos foram chamados a uma entrevista. Mais de metade chegaram atrasados, 12 não traziam nada com que pudessem tomar notas para resolver um problema e os três seleccionados ficaram sem emprego em menos de seis meses por incompetência e falta de empenho.
Fica evidente que as escolas estão a falhar na sua função. Fabricam cretinos em vez de homens livres, capazes de fazer progredir as sociedades em que se inserem. Com esta Educação, não há hipóteses de um mundo melhor. Nem de uma vida melhor".
A ideia de a escola, o ensino e a aprendizagem constituírem um elevador social para os desfavorecidos está a ser aniquilada pela actual crise. Em menos de vinte anos, Bill Gates, Steve Jobs e Paul Alen não deixaram de estar entre os mais ricos do Mundo, mas já se destaca mais o seu sentido de negócio do que a sua paixão pelo conhecimento e a inovação, capazes de mudar o Mundo. As legiões de jovens com diplomas, mas sem emprego, reduzem os bilionários das novas tecnologias a uma espécie de clube de premiados do Euromilhões. Já nem se vê claramente que aprendizagem contribui para o seu êxito. Talvez passar o tempo a dedilhar nos jogos de consola até ajude mais do que uma sólida preparação académica. E entre um curso superior e a passagem por um qualquer reality show o segundo é de certeza melhor porta para fazer carreira. De resto, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, não é o único líder que adora recrutar caras bonitas para a política entre as assistentes mais despidas dos programas de TV.
O problema é grave. Na semana passada, um jornal britânico registava que o desemprego não cessa de aumentar entre os recém-licenciados. Há sempre os sobredotados e superapoiados que vão directo ao topo depois de saírem de Harvard, Yale, Oxford ou Cambridge, mas a desilusão reina nas grandes massas de diplomados aviados pelas universidades públicas e privadas sem prestígio. Dois números chocavam no ‘Sunday Times’: uma em cada cinco pessoas em idade de trabalhar não tem emprego; dos 1,7 milhões de empregos criados desde 1997 no Reino Unido 81% pertencem a estrangeiros.
Poder-se-ia pensar num declínio de civilização. Instalados na sua subsídiodependência, os britânicos já não teriam ambição e capacidade para singrar. A observação dos factos leva porém a outras pistas: após nove, 11 ou mais anos de escola, os jovens passam ao mercado de trabalho sem um mínimo de capacidades. Pior, nem sequer revelam interesse pelo trabalho. Num recrutamento, 52 candidatos foram chamados a uma entrevista. Mais de metade chegaram atrasados, 12 não traziam nada com que pudessem tomar notas para resolver um problema e os três seleccionados ficaram sem emprego em menos de seis meses por incompetência e falta de empenho.
Fica evidente que as escolas estão a falhar na sua função. Fabricam cretinos em vez de homens livres, capazes de fazer progredir as sociedades em que se inserem. Com esta Educação, não há hipóteses de um mundo melhor. Nem de uma vida melhor".
João Vaz
CM
2 comentários:
A grande maioria dos professores sente-se traída pelo seus sindicatos.
A grande maioria dos professores não se sente bem representada pelos sindicatos.
A grande maioria dos professores, como tal, não irá participar em acções levadas a efeito pelos que assinaram o acordo com o ministério da educação deixando de fora aspectos importantes como a contagem integral do tempo de serviço e a transição de estatutos, que prejudica de sobremaneira umas grandes dezenas de milhares de professores que se encontravam na 1.ºmetade da carreira docente.
Quando os sindicatos mandaram às malvas a exigência da contagem integral do tempo de serviço, pois isso não afecta os docentes mais antigos, perderam a confiança dos professores.
Ao contrário dos sindicatos, os professores não têm receio da avaliação.
Ao contrário do que os sindicatos quiseram fazer passar, os professores não têm receio de trabalhar.
Os professores apenas querem aquilo que qualquer trabalhador quer que é respeito, que é ter o seu tempo de serviço integralmente contado.
Os sindicatos defendem mal os direitos dos professores.
Quando derem finalmente conta de que andam a chamar "cretinos" aqueles que também decidem ir para outros países mais desenvolvidos onde lhes dao oportunidades de emprego, e que esses países crescem graças a esses "cretinos" que Portugal não deu valor , chamou de cretinos e não deu oportunidades, já será tarde demais!
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