sábado, setembro 29, 2007

As quatro fases do ensino ao longo dos tempos

Recebido via e-mail:

"- 1ª fase (antes de 1974) : O aluno ao matricular-se ficava automaticamente chumbado. Teria de provar o contrário ao professor.
- 2ª fase (até 1992) : O aluno ao matricular-se arriscava-se a passar.
- 3ª fase (actual) : O aluno ao matricular-se já transitou automaticamente de ano, salvo casos muito excepcionais e devidamente documentados pelo professor, que terá de incluir no processo, obrigatoriamente um “curriculum vitae” extremamente detalhado do aluno e nalguns casos da própria família.
- 4ª fase ( em vigor a partir de 2007) : O professor está proibido de chumbar o aluno; nesta fase quem é avaliado é o próprio professor, pelo aluno e respectiva família, correndo o risco quase certo de chumbar… "

sexta-feira, setembro 28, 2007

Santana Lopes versus José Mourinho versus SIC Notícias



Uma lição de dignidade

Não se deixem enganar

Recebido via e-mail:
"Os computadores que a TMN propõe por quase 800 euros (150 € de entrada + 3 anos x 17,50€ / mês) estão à venda na FNAC por 499 euros... e a FNAC tb oferece crédito que acaba por sair mais barato do que a oferta do nosso governo no âmbito do seu programa de choque tecnológico. O que me assusta é que tenho a certeza que não vão faltar professores para cair na esparrela e comprar aquilo. Se não acreditam investiguem, e... É só fazer as contas!... "

sexta-feira, setembro 21, 2007

Novas Oportunidades e desemprego de licenciados

"O problema das dezenas de milhares de candidatos a professores que não obtiveram emprego não é, como é óbvio, um problema só do Ministério da Educação. Também o é em parte, mas como diz e bem a ministra é um problema de desemprego mais global do País. E tem acrescentado, com uma rara frontalidade, que não se prevê tão cedo que esses licenciados possam obter emprego com as qualificações que têm. Os 40 mil rejeitados da educação são apenas a face mais visível do desemprego de jovens qualificados, que apenas uma minoria supera e uma minoria da minoria resolve indo para fora de Portugal.
Ora, no mesmo momento em que o Governo diz às pessoas no seu programa das Novas Oportunidades que "se tivesses estudado não serias balconista mas locutora de televisão", tem de admitir que muitos que estudaram para professores, engenheiros, advogados, psicólogos, sociólogos e outras profissões, que implicam esses mesmos "estudos" e qualificações que se propagandeiam nas Novas Oportunidades, acabem por ser balconistas, na melhor das hipóteses, quando não desempregados. Uma mão dá, outra mão tira".

Pacheco Pereira
"Sábado"

quarta-feira, setembro 19, 2007

Perseguição injusta

O Ministério da Educação não gostou do estudo feito pela DECO sobre a temperatura e a qualidade do ar nas salas de aula. Como as conclusões do dito não lhe são favoráveis nada melhor do que colocar em causa a credibilidade dos mesmos.
Hoje mesmo, o Supremo Tribunal Administrativo confirmou a ilegalidade da repetição dos exames do 12ºano. Querem ver que o STA também se está a autopromover e esta decisão é mais uma barbaridade que tem como objectivo descredibilizar o excelente trabalho da tutela?

terça-feira, setembro 18, 2007

Acabaram-se os males na educação

O Ministério da Educação quer-nos fazer crer que descobriu a receita para o êxito na educação. Segundo a tutela e mais uns quantos especialistas encartados, é no ensino técnico-profissional que reside a cura para a desorientação que se instalou no sistema de ensino, desde há várias décadas. A partir de agora tudo vai mudar. Para melhor. Basta para tanto investir na formação profissional e o caminho do sucesso está logo ali, ao virar da esquina. Pois sim! Como se o ensino profissional já não existisse há uma catrefada de anos com os resultados que se conhecem.

segunda-feira, setembro 17, 2007

www.netparatodos-bluff.gov

"Quando na passada semana abordei o despedimento colectivo de milhares de professores contratados com quem o Governo quis poupar mais alguns milhões de euros, estava longe de imaginar o degradante espectáculo de propaganda que o Governo tinha preparado para a abertura do ano lectivo.
Em nenhum país do mundo desenvolvido o início de um novo ano escolar merece dos respectivos governos uma atenção muito especial. É geralmente considerado um acto administrativo importante mas quase normal, no fundamental destinado a promover o reencontro de alunos, pais e professores com as respectivas escolas e projectos educativos. Assim deveria ser também entre nós mas não é. Em Portugal, Sócrates quis que a abertura do ano lectivo entrasse no Guinness, por isso mandou quase todos os seus ministros abandonar a governação e passar uma semana a fazer pose e a distribuir computadores! Foram 21 os governantes empenhados nesta megaoperação de propaganda, verdadeiro paradigma do ridículo e do anedotário da "nossa" Presidência Europeia!
Mas o que ninguém viu foi Sócrates e Lurdes Rodrigues a entregar computadores e a abrir o ano lectivo em escolas inseridas em áreas e bairros problemáticos, com edifícios cinzentos de humidade e apoios miseráveis para alunos cuja origem social só por milagre lhes permite almejar a tão falada igualdade de oportunidades.
O que ninguém ouviu foi Lurdes Rodrigues explicar porque é que este ano mudou as regras do mais recente concurso de professores, exactamente no dia em que a lista das colocações foi afixada!
O que ninguém ouviu foi Sócrates explicar a "nova teoria pedagógica" que exulta com o aumento do número de alunos e a diminuição do número de professores!
O que ninguém viu foi José Sócrates ou Maria de Lurdes Rodrigues prestar a mínima atenção aos milhares de profissionais da educação contratados a menos de oito euros por hora (e pagos por períodos lectivos de 50 minutos) para darem as aulas de extensão curricular do 1º ciclo com que o Governo "enche a boca" em actos de propaganda!
Perante tudo isto chego a imaginar que José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues pensam que é possível melhorar a formação, combater o abandono escolar, enfim, reformar a Educação em Portugal, continuando a desprezar os professores, a fomentar a sua desvalorização profissional e "guetização" social. Oxalá os professores deste país tenham a capacidade e memória suficientes para lhes fazer engolir - mais tarde ou mais cedo, no máximo em 2009 - tamanha pesporrência!"

Honório Novo
Jornal de Notícias

quinta-feira, setembro 13, 2007

Exigências da propaganda

Nos últimos tempos, tantas têm sido as vezes que José Sócrates e a sua entourage reclamam a presença dos media nas cerimónias de entrega de computadores portáteis que, qualquer dia, a RTP vai ter de reservar um espaço próprio na sua programação para fazer eco de tão “importante” acto. É que ainda estão muitos milhares por entregar e os escassos minutos dos Telejornais começam a ser exíguos para tanta solicitação.

segunda-feira, setembro 10, 2007

Ainda há quem tenha orgulho em ser português

Propaganda enganosa

O primeiro-ministro, José Sócrates, considera que o sistema de ensino do país está a “ganhar eficiência” e que, actualmente, “há menos professores e mais alunos, assim como menos desperdício de dinheiro.

Ainda na semana passada a “nossa” Maria de Lurdes justificava o desemprego de 45.000 professores por haverem menos alunos e agora vem o engenheiro congratular-se com o facto de haver mais alunos no sistema de ensino. Mas afinal em que é que ficamos? Qual dos dois está a mentir?

Relativamente ao aumento do sucesso escolar ser resultado da política educativa do governo, aí estamos de acordo. Na verdade, ao diminuir-se o nível de exigência é evidente que o sucesso aumenta. Claro está que os alunos não sabem mais, não estão melhor preparados, mas isso não parece preocupar a tutela. O que importa é reduzir o insucesso. A qualquer preço.

domingo, setembro 09, 2007

Não precisamos de tantos professores

"Os sindicatos grelharam esta semana a ministra da Educação porque 45 mil professores ficaram sem colocação nos concursos. Porque é o resultado de uma política errada (fecho de escolas), porque é um ataque “à classe”, etc, etc. Nenhum reconheceu o óbvio: se a pirâmide etária se inverteu ...
Nenhum reconheceu o óbvio: se a pirâmide etária se inverteu (menos alunos), há professores que deixam de fazer falta. E das duas uma: ou é um problema passageiro, e faz sentido ajudar a “classe”; ou é um problema estrutural, e é melhor dizer aos excedentários para irem tratando da vidinha.
Como se pode ver pela taxa de natalidade, a segunda hipótese é a mais provável. Então se não é um problema passageiro, para quê desencorajar os professores de procurarem profissões de que a Economia necessita? Os professores deviam saber que a lei da oferta e da procura (tão velhinha que até os da área de Letras a estudaram é eficientíssima a alocar recursos. Neste caso o Trabalho. Ou seja, em vez de subsídio de desemprego, o Governo devia pagar-lhes para estudarem profissões em défice.
É claro que, mesmo com os incentivos correctos, haverá gente a recusar a reconversão: “Se eu tenho jeito para ensinar, porque vou ‘aprender computadores’?”, perguntou-me um dos tais 45 mil? “Porque eu não quero pagar a tua ociosidade”, respondi. A minha mãe não iria gostar de ouvir o que ouvi..."

Camilo Lourenço
Jornal de Negócios

sábado, setembro 08, 2007

A orientação escolar e profissional tem falhado

"
JOSÉ CANAVARRO, ex-secretário de Estado da Educação

Que razões explicam a elevada e persistente taxa de abandono escolar, que é mais do dobro da média da UE?

Haverá condições socioeconómicas que podem explicar o fenómeno, combinadas com falhas de orientação profissional por parte do sistema de ensino. Mas a investigação internacional que existe sobre o assunto demonstra que não são os períodos de crise económica que são responsáveis pelo aumento do abandono escolar. Porque quando há recessão há menos emprego e alternativas para os jovens no mercado de trabalho.

Se a crise económica está afastada, que outras razões?

O Governo está a fazer uma aposta meritória nos cursos profissionalizantes, embora os resultados só devam começar a aparecer em 2009 ou 2010. Ainda não se conhecem os resultados dessas apostas, que foram introduzidas no último ano lectivo. Mas o essencial é que a orientação escolar e profissional tem falhado. É preciso repensar toda a oferta profissionalizante a partir do 3.º ciclo do ensino básico. Ou seja, ao contrário do que acontece agora, a oferta profissionalizante deveria começar logo no 7.º ano e não no 9.º. Porque desde relativamente cedo se conseguem perceber as capacidades cognitivas dos alunos e os seus níveis de interesse.

O Ministério da Educação deve apostar mais na orientação profissional?

É crucial que o ministério contrate mais pessoal especializado na orientação profissional, porque actuar num aluno em risco só a partir dos 15 anos já é muito tarde. Esse trabalho deve ser feito em articulação com as famílias dos alunos em risco.

Não deveríamos estar já a convergir de forma muito mais rápida com a média da União Europeia?

Absolutamente. Penso que as prioridades do Governo têm estado mais centradas na qualificação de adultos, através dos centros de novas oportunidades, do que nos jovens, que permitem uma qualificação muito rápida, a meu ver, rápida demais. Isso permite mudar mais rapidamente as estatísticas comparativas da população em geral e melhorar a imagem de Portugal. Mas a qualificação dos adultos não se reflecte na estatística do abandono escolar.

Porque há uma tão grande disparidade (15 pontos) entre a taxa de abandono escolar dos rapazes e das raparigas? E em Portugal é três vezes maior do que na UE...

Os estudos dizem que desde os quatro anos de idade, as meninas pontuam 10% acima dos rapazes em capacidades cognitivas e de memória, sendo os rapazes mais indisciplinados. Isto é a regra. Mas num país como o nosso, em que ainda é possível sair da escola para ir trabalhar nas obras e noutro tipo de trabalho desqualificado, as condições para o abandono escolar são facilitadas".

Entrevista publicada no
Diário de Notícias

sexta-feira, setembro 07, 2007

A estatística "mentirosa"

"Com a arrogância só possível de exibir por quem nada entende do que fala, a “sinistra” ministra dispara estatísticas estarrecedoras: afinal o rácio professor/aluno é em Portugal dos mais baixos da Europa, cerca de 9 alunos por professor. Escândalo, pensa o “povão”, tão ignorante nestas matérias quanto a “sinistra”, então que querem os malandros dos professores? Não contentes com os três meses de férias e só terem de trabalhar 14 ou 16 horas por semana, afinal só têm esses alunos? E depois ainda se queixam que não têm tempo para ver “tantos” testes? Deviam era de mandar mais umas dezenas de milhar para a rua!! Bom, vamos lá ver se introduzimos alguns neurónios neste assunto. Para simplificar a compreensão do “fenómeno estatístico” consideremos uma escola somente com 4 turmas, cada turma com 25 alunos, frequentando 10 disciplinas, cada uma leccionada por um professor diferente, que leccionando às 4 turmas fica com horário completo. Assim, a escola tem 100 alunos e 10 professores, portanto o rácio é de 10 alunos por professor. Significa isso que cada professor tem 10 alunos? Não, com 4 turmas de 25 alunos, cada professor tem 100 alunos! E com isto, penso que está feito o esclarecimento".

Anónimo

quinta-feira, setembro 06, 2007

Abandono Escolar

"Nota prévia: este post não deve ser lido por pessoas sensíveis!...
Segundo o DN de ontem, e apesar de todas as medidas tomadas, o abandono escolar agravou-se em 2006: a percentagem de jovens que saíram precocemente da escola e cujo nível de estudos não ultrapassa o 9º ano subiu de 38,6% em 2005 para 39,2% em 2006.As razões geralmente enunciadas para explicar o fenómeno são todas politicamente correctas: o baixo nível socioeconómico das famílias, a fraca valorização do conhecimento e reformas educativas mal orientadas.Responsabilidade individual é motivo completamente riscado do catálogo.Por isso, e por maior que seja o esforço em dinheiros públicos para levar os meninos ao colo a passarem de ano, de forma fácil e sem exames, e a não abandonarem, eles recusam. A culpa nunca é deles, nunca é individual, nem sequer parcialmente, mas colectiva, das famílias, da escola e do governo.Assim, e com esta compreensão abstrusa da realidade, continuará a ser deitado dinheiro fora, até que a sociedade imponha ou um Governo se farte e diga: tiveram todas as oportunidades, não aproveitaram, vão trabalhar, malandros!…"

Pinho Cardão
http://quartarepublica.blogspot.com

quarta-feira, setembro 05, 2007

Licenciados no desemprego

A minha solidariedade para com todos os milhares de professores que não conseguiram obter colocação. Bem pode José Sócrates apregoar que Portugal precisa de cidadãos com mais qualificações porque só portugueses a saber mais poderão contribuir para que o país possa competir com mais sucesso, quando a realidade o desmente diariamente ao verificarmos que é cada vez maior o número de licenciados que cai no desemprego. Se isto é um estímulo para que os portugueses invistam na sua educação, eu vou ali e já venho. Entretanto, cresce o número de empregos para os quais não são necessárias quaisquer habilitações. Pode ser que eu esteja a avaliar mal o problema, mas digam-me lá se é disto que o país precisa?!

terça-feira, setembro 04, 2007

Os pobres que paguem a crise!

"O Estado de completa devastação ideológica em que se encontra o PS pode ser avaliado pelos resultados obtidos ao cabo de dois anos de governação. Empenhado em meter o país nos eixos, o Executivo pelo sempre severo e temido engenheiro Sócrates cometeu uma proeza (in)digna de qualquer partido socialista que se preze: uma redução rápida e brutal do défice do Orçamento do Estado e uma subida vertiginosa das desigualdades sociais; um aumento algo pindérico da taxa de crescimento do PIB e uma diminuição bastante significativa do poder de compra dos trabalhadores. Mais: enquanto o desemprego se situa a um nível muito alto e a precaridade se generaliza, as grandes fortunas prosperam, tendo crescido 35,8 por cento em relação a 2006. Um escândalo. Se estes são resultados dignos de um governo socialista vou ali e já venho.
Bem podem tentar desqualificar-me, chamando-me “esquerdista”, “demagogo” e “populista”. Os números são bastante claros, não fui eu que os inventei. “Esquerdista” é o Instituto Nacional de Estatística, “demagogo” é o Instituto de Emprego e Formação Profissional, “populista” é o Eurostat. O certo é que a diferença de rendimentos entre ricos e pobres, em Portugal, atingiram uma dimensão inédita, batendo um novo record: ao contrário da tendência que se regista na União Europeia, o fosso salarial entre ricos e pobres alarga-se e situa-se, agora, duas vezes e meia acima da média comunitária. Além disso, Portugal é o país europeu que menos investe na Segurança Social. O desemprego de longa e muito longa duração cresceu assustadoramente e já representa quase metade do total de 470 mil desempregados. Há 250 mil desempregados com menos de 35 anos e 124 mil com mais de 44 anos. O PS bem pode limpar as mãos à parede.
Parece absurdo que o combate à crise económica e finaceira, levado a cabo por um Governo pretensamente socialista, em nome dos superiores interesses do país, resulte em maiores desigualdades sociais, mais precariedade, mais desemprego e mais pobreza, ao mesmo tempo que as grandes fortunas aumentem vertiginosamente. Mas, como diiza Napoleão, em “política, o absurdo não é um obstáculo”. Não se contesta crucial da propriedade privada e do capital no desenvolvimento de uma sociedade aberta, livre e democrática. Mas é legítimo perguntar que contribuição têm dado os mais ricos para combater esta crise tão grave. Queixam-se de que o Estado os estrangula, mas a verdade é que as suas fortunas crescem a olhos vistos, ao mesmo tempo que as classes médias empobrecem e os trabalhadores sofrem os efeitos da técnica da banda gástrica que este Governo decidiu aplicar-lhes para lhes reduzir o apetite. O que é indecente.
É verdade que a devastação ideológica que se verifica no PS remonta ao tempo do inefável engenheiro Guterres. Mas o “pico do incêndio” só foi atingido agora, sob a égide do intratável engenheiro Sócrates. A perda de quaisquer estímulos ideológicos na luta política gerou um vazio ao nível das ideias, das convicções e dos princípios, dando lugar a uma nova classe de políticos mais sensíveis a motivações matérias, a interesses pessoais e de poder. Foi a vitória do sentido de oportunidade (para não lhe chamar outra coisa mais feia) e do pragmatismo sem princípios.
As chamadas “práticas clientelares” (mais evidentes ao nível autárquico) e de “governo paralelo” (das grandes empresas e interesses financeiros) impõem-se, hoje, aos partidos do bloco central. Por isso, não espanta que a passagem do poder do PSD para o PS (e vice-versa) não seja mais do que “saltar do lume para a frigideira”. Dizem as boas línguas que o Governo do engenheiro Sócrates tem feito “reformas muito corajosas”. Eu, que sempre fui má-língua, limito-me a perguntar: é preciso coragem para exigir aos pobres que paguem a crise?!"

Alfredo Barroso
Membro fundador do PS

segunda-feira, setembro 03, 2007

Haja vergonha!

"A remuneração média de cada membro de conselho de administração das empresas cotadas na bolsa [portuguesa] representa 31,5 mil euros/mês e uma grande parte (..) foram aumentados sessenta vezes mais que um trabalhador comum..."

São notícias como esta que revoltam as pessoas. O país em dificuldade e estes senhores cada vez mais ricos. Não há dúvida que viver assim é um consolo. Os pobres que paguem a crise!

domingo, setembro 02, 2007

O preço dos manuais escolares

"O Governo levantou o congelamento dos preços dos manuais escolares, permitindo aumentos bem acima da taxa de inflacção. Cuidadosamente, a medida foi tornada pública antes do discurso de rentrée que José Sócrates centrará no novo ano escolar. Argumentou o Ministério que os aumentos são irrisórios ou, nas palavras do secretário de Estado da tutela, correspondem a “dois ou três cafés por ano”. Ora, estes governantes devem estar desligados da realidade. Numa altura em que às famílias a corda aperta cada vez mais a garganta, os aumentos dos manuais escolares, ainda que equivalentes a “dois ou três cafés por ano”, não são irrisórios. É que não se trata apenas de um manual por ano, são vários (uma média de 10 nos 2º e 3º ciclos) e para cada filho; ou seja, mais ou menos 30 cafés por filho. É fazer as contas: um mês sem cafés por filho. E não são pagos ao longo de um ano, são todos de uma vez, agora, já, em Setembro. Argumenta o Ministério que o aumento serve para garantir qualidade aos manuais. Quererá isso dizer que a Constituição, quando fala de ensino tendencialmente gratuito, pugna pela mediocridade?"

Mário Ramires
"Sol"

Como resolver a equação entre alunos e professores

"Há cada vez menos crianças e jovens em Portugal, portanto haverá cada vez menos alunos e estes precisarão de cada vez menos professores. O concurso deste ano é a mais recente prova desta lógica inevitável - 49 mil ficaram de fora.
De resto, a própria ministra da Educação disse ontem que o "nosso sistema de ensino não está em fase de crescimento, pelo contrário, está em fase de retracção".
Esta premissa coloca dois desafios ao Governo: encontrar uma maneira de formar menos professores nas universidades e, seguindo as leis da oferta e da procura, aproveitar para aumentar a qualidade dos profissionais que dão aulas.
O primeiro desafio não é fácil, implica a coordenação com o Ministério da Ciência e do Ensino Superior.
Mas foi também Maria de Lurdes Rodrigues que ontem assumiu que "não há condições para responder às expectativas destes diplomados no ensino".
O segundo é mais importante. A qualidade do ensino degradou-se quando ele se democratizou. Pode-se bem aproveitar o efeito de contracção para o tornar melhor. O ministério já anunciou que no próximo ano haverá uma espécie de provas de aferição para os candidatos a professores. Podem ser a condição dessa melhoria".

Editorial
Diário de Notícias

sábado, setembro 01, 2007

Só falta dizer que é uma indemnização justa

Paulo Teixeira Pinto sai do BCP mas com os bolsos cheios. Ao que se diz, 3 milhões de euros é o valor da indemnização. Isto já para não falar de uma eventual pensão de reforma tipo Mira Amaral e outros tantos...com poucos anos de banca. Assim até dá gosto ser despedido. Por muito menos pedia eu a demissão.