sexta-feira, maio 25, 2012

quinta-feira, maio 24, 2012

Ide trabalhar, malandros

"O Governo soube através do INE que anda por aí um milhão de madraços sem trabalhar e decidiu dar-lhes que fazer. A boa nova foi levada à AR pelo secretário de Estado da Administração Interna, que anunciou que o seu ministério e os da Economia e Agricultura estão a ultimar um protocolo que visa pôr os desempregados a aproveitar a sua "oportunidade de mudar de vida" iniciando uma promissora carreira no sector da prevenção de fogos florestais. Assim ocuparão os tempos livres em vez de (a ociosidade é mãe de todos os vícios) os ocuparem a pensar.
O programa (que abrange ainda os beneficiários de RSI) prevê que os desempregados se encarreguem da vigilância e limpeza das florestas que os seus proprietários, Estado e privados, não limparam e de... funções de ordenamento do território e gestão do combustível existente.
O subsídio de desemprego é, para o Governo, uma esmola que dá aos desempregados e não uma prestação a que estes têm direito por terem, ao longo da vida profissional, confiado todos os meses ao Estado uma parte do salário para esse e outros fins.
A coisa será, até ver, numa "base voluntária". E, posto que na lista dos ministérios falta o das Finanças, não custa a crer que também numa "base gratuita". Já que os desempregados (como os reformados, que provavelmente se seguirão) recebem esmola do Estado, que se mostrem agradecidos".

Manuel António Pina
JN

quarta-feira, maio 23, 2012

A dislexia das crianças e a dislexia dos que mandam - crónica de Santana Castilho

"1. O júri nacional de exames (JNE) recusou que a uma aluna de 14 anos fosse lido o enunciado do exame a que se submetia, obrigatoriamente. A aluna é disléxica. A leitura era prática seguida há anos. Aparentemente, a questão resume-se a saber se a um aluno disléxico devem ou não ser lidos os enunciados dos exames. O JNE diz que não. Os especialistas dizem que sim, pelo menos em casos determinados, dependendo da dificuldade do aluno. No caso em apreço, a escola da aluna recomendou a leitura. A terapeuta que a assiste também, aliás secundada pela respectiva direcção regional. Alega o JNE que os alunos disléxicos têm uma tolerância de 30 minutos relativamente ao tempo de duração das provas e são classificados segundo regras concebidas para que as suas limitações não se reflictam no resultado final. O JNE invoca uma generalização de abusos quanto a condições especiais, que se tornaram regra para alunos disléxicos. Da literatura disponível sobre a matéria inferem-se factos, a saber: a dislexia é uma limitação do foro neurológico, com diferentes graus de gravidade; uma dislexia moderada pode dispensar a leitura do enunciado dos exames, mas uma dislexia severa não; assim, alguns disléxicos podem cognitivamente dominar um saber e prová-lo se interrogados oralmente, embora não consigam entender ou sequer ler a pergunta, se esta for formulada por escrito. Num exame de Matemática, por exemplo, mede-se um conhecimento específico que um aluno pode deter em grau máximo, apesar da sua dislexia severa. Mas não o conseguirá provar se as questões estiverem escritas. Num exame de Português, o mesmo aluno pode ter uma fina capacidade de interpretar um texto complexo que lhe seja lido. Mas não entenderá coisa alguma se for obrigado a lê-lo. Pode o Estado certificar proficiência em leitura a um aluno com uma dislexia severa? Não. Mas não pode deixar que a limitação do aluno se reflicta noutras áreas do conhecimento, somando à respeitável penalização da natureza humana com que aquele aluno nasceu, outra penalização, desta feita nada respeitável. Porque entre o tempo em que se fechavam em galinheiros crianças deficientes e hoje houve um percurso, embora a tónica esteja agora posta em retrocessos a que chamam progressos. Não é redundante, por isso, recordar a alguns disléxicos que mandam que estão para breve mais exames a que se submeterão mais alunos disléxicos, com níveis de conhecimento que nunca poderão demonstrar se os econometristas da moda persistirem em confundir velocidade com toucinho, uma recorrente dislexia política dos tempos que correm.
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2. Passos Coelho e Miguel Relvas, que se saiba, não são disléxicos, por via neurológica. Mas dão sinais preocupantes de dislexia política. As afirmações do primeiro sobre a ventura feliz que o desemprego constitui, demonstraram uma profunda incapacidade de leitura do drama social dos portugueses desempregados. E a censura cínica que lhes dirigiu por preferirem ser assalariados a “empreendedores” (ele que, no curto tempo em que desempenhou alguma actividade produtiva se acolheu prudentemente ao Estado e a Ângelo Correia) mostra que não sabe, também, ler dados estatísticos. É que, se por um lado Portugal é o quarto país da OCDE que mais empresários tem, por outro, três quartos das empresas criadas ficam insolventes nos primeiros anos de actividade. Se esta dislexia for recuperável, perceberá um dia, tarde, que as causas do desastre, a que ele chama sorte, são outras. Começando por ele e pelo seu pensamento fundamentalista, socialmente darwinista.
Quanto ao homem do avental, ele que ousa dissertar sobre “jornalismo interpretativo”, acometido que parece de dislexia político/comunicacional (que generoso estou, não falando de pulsões chantagistas), avanço propostas terapêuticas para a interpretação do “texto”, que qualquer assessor lhe pode ler:
- Diga, em adenda à carta que dirigiu à Entidade Reguladora para a Comunicação Social, se sim ou não ameaçou a jornalista Maria José Oliveira com a publicação de dados sobre a sua (dela) vida privada.
- Diga, do mesmo passo, como saneia uma aparente contradição, quando depois de garantir que conheceu o ex-espião Jorge Silva Carvalho depois de Março de 2010, referiu na Assembleia da República ter dele recebido um “clipping” reportando uma visita de Bush ocorrida … em 2007. Esclareça se era habitual Silva Carvalho fazer “remakes” do “Canal História”, via SMS.
Claro está que isto é retórica de escriba. De escriba que expôs ao ministro Relvas, acabado de empossar, uma estranha “dislexia”, que continua por tratar ou explicar. Ainda os casos Nuno Simas e Pedro Rosa Mendes vinham longe".

segunda-feira, maio 21, 2012

E lá foram 1800 milhões para o lixo

A maior parte dos adultos que conseguiram uma certificação escolar através do programa Novas Oportunidades não ficou, por isso, com mais probabilidades de encontrar um emprego ou, caso já o tivesse, de obter uma melhor remuneração, conclui uma avaliação da iniciativa, que foi um dos emblemas dos executivos de José Sócrates.

sábado, maio 19, 2012

Mentirosos

Para fundamentar a criação dos mega e giga agrupamentos, o Governo socorre-se de algumas mentiras que vale a pena citar:
- "As agregações agora efetuadas permitem reforçar o projeto educativo e a qualidade pedagógica das escolas, através da articulação dos diversos níveis de ensino, do pré-escolar ao secundário".
- "Facilitam o trabalho dos professores, que podem contar com o apoio de colegas de outros níveis de ensino, e ajudam a superar o isolamento de algumas escolas".


sexta-feira, maio 18, 2012

Concluída a 1ª fase das agregações de escolas

Podem consultar aqui.

Não ponham mão nisto, não...

"Alunos da escola Professor Ruy Luís Gomes, no Laranjeiro, em Almada, entraram ontem de manhã com facas nas mochilas, dispostos a um ajuste de contas com o membro de um grupo rival. O alvo já estava traçado – era C.C., 16 anos – e no intervalo o grupo executou o plano.
O jovem foi agredido a murro e pontapé e esfaqueado na zona dos rins, estendendo-se depois a confusão a um grupo generalizado. Mais de 40 alunos acabaram à pancada.
Os cinco envolvidos no esfaqueamento já estão identificados pela PSP, mas ainda não foram localizados.
As agressões, que começaram na zona do pavilhão da escola, acabaram com os jovens a agredirem-se no meio da avenida onde fica o estabelecimento de ensino.
"Os que tinham facas utilizaram-nas, os que não tinham usaram as pedras da calçada", disse ao CM o aluno Rodrigo. A direcção da escola não presta declarações. Segundo fonte da PSP, os dois grupos rivais já se tinham envolvido em agressões na quarta-feira à tarde. "Isto foi um verdadeiro terror, toda a gente a fugir e a gritar na escola", disse a aluna Noemie. Os pais dos alunos ficaram em choque com o sucedido".

CM


quinta-feira, maio 17, 2012

Mobilidade geral na função pública terá como limite 60 km

Mobilidade geral só para serviços até 60 km de casa e o Estado pagará parte das deslocações.




domingo, maio 13, 2012

Canalhice pura

"Estar desempregado é uma boa oportunidade para mudar de vida", palavras de Passos Coelho.
Se assim é, aconselho o nosso primeiro-ministro a desempregar-se e a juntar-se às filas nos Centros de Emprego. Talvez um emprego na construção civil lhe aclarasse as ideias.

quinta-feira, maio 10, 2012

Nuno Crato está-se a revelar uma enorme desilusão

Interpelado na Assembleia da República sobre a trapalhada que se verifica na constituição dos agrupamentos escolares, o ministro da educação sai-se com está pérola:" Destinam-se a reforçar a coerência do projeto educativo e a qualidade pedagógica". Já pouco falta para Nuno Crato se equivaler às anteriores ministras de má memória que nos últimos anos lideraram a pasta da Educação.

segunda-feira, maio 07, 2012

Contado ninguém acredita

O Ministério prepara agrupamento em Mafra com 9 mil alunos. Já agora porque não um só agrupamento por cada distrito?

domingo, maio 06, 2012

sexta-feira, maio 04, 2012

É caso para perguntar em que é que este governo difere do anterior?

"Dois meses após ter sido detectado o "erro ou inércia" nos serviços que impediu a progressão na carreira de cerca de 1.200 professores, e depois de ter assegurado que iria regularizar a situação, o Governo ainda não corrigiu a situação destes professores.
Além de não ter enviado uma nota circular às escolas com indicações para corrigir as progressões - como havia assegurado ao Diário Económico em Fevereiro - vários docentes ouvidos pelo jornal dizem ter entrado em contacto com o Ministério da Educação e Ciência e que a resposta recebida por parte de responsáveis do gabinete de gestão financeira foi que "haviam recebido ordem para suspender todos os pagamentos, pelo que ficou tudo sem efeito".
Também as várias escolas contactadas pelo Diário Económico dizem não ter recebido, até hoje, qualquer indicação ou instrução do Ministério da Educação para que se corrija as progressões. A Fenprof também confirma que a tutela de Nuno Crato ainda não enviou nenhum documento às escolas e que "não quer regularizar a situação para poupar", diz Mário Nogueira".

Diário Económico