quinta-feira, abril 30, 2009
“É ilegal averiguar sem informar os pais”
Maria José Viseu, Pres. Confed. Nac. Indep. Pais e Enc. Educação
Correio da Manhã – Como viu os inquéritos da Inspecção-Geral de Educação (IGE) aos alunos envolvidos nos incidentes de Fafe, em que foram arremessados ovos ao carro que transportava a ministra da Educação?
Maria José Viseu – É mais um caso a juntar a outros. Esse processo de averiguações deveria ter tido o acordo dos pais. É ilegal a IGE ou a escola procederem a uma averiguação que envolva alunos menores sem que os pais sejam informados.
– Se defende que houve uma ilegalidade, o que espera agora que a tutela faça?
– Espero que a tutela accione um processo ao inspector responsável. Se é sempre necessário o aval dos pais mesmo para os alunos menores responderem a inquéritos de opinião, não se percebe porque é que neste caso não deram conhecimento a quem de direito.
– Noutro âmbito, qual a posição da CNIPE sobre o alargamento da escolaridade obrigatória?
– Concordamos, mas julgo que as escolas não estão estruturadas para isso e toda a estrutura terá de ser repensada. Poderemos vir a ter alunos de 18 anos no 8.º ano e teremos de criar estruturas para acompanhar esses percursos.
Bernardo Esteves
Correio da Manhã
quarta-feira, abril 29, 2009
Quem disse que atitudes pidescas acabaram?
A Inspecção-Geral de Educação (IGE) já assegurou, através de ofício, que nada de ilegal ocorreu na Escola Secundária de Fafe. Mas o presidente da associação de pais, Manuel Gonçalves, não se conforma. Em carta enviada ao procurador-geral da República, ao provedor de Justiça e aos grupos parlamentares, denuncia o método usado por um inspector da IGE que, para apurar o eventual envolvimento de professores numa manifestação contra a ministra, interrogou alguns dos alunos, "incentivando um comportamento denunciante" que, considera, "é absolutamente inconcebível depois do 25 de Abril".
Público
terça-feira, abril 28, 2009
PS usou em tempo de antena imagens de crianças com o Magalhães pedidas pelo Ministério da Educação
Público
Comentário - Este governo tem-nos habituado a situações destas com demasiada frequência, daí que já não surpreendam ninguém. Para atingirem os seus objectivos, esta gente é capaz de tudo sem que isso os envergonhe minimamente. Sem vergonha sobra-lhes o descaramento. Saibam os portugueses dar-lhes a resposta merecida nos próximos actos eleitorais.
domingo, abril 26, 2009
É só doutores
Que fazer? Baixar, ainda mais, os níveis de exigência do ensino secundário para distribuir democraticamente os diplomas? Tudo perguntas proibidas. Para o romantismo educacional, o sucesso escolar nunca depende da inteligência do aluno. Depende das condições que o rodeiam, do esforço dos professores e até do eventual milagre do santo padroeiro.
O que espanta neste optimismo é o governo não ser ainda mais ambicioso e alargar a escolaridade obrigatória até ao doutoramento. Mas lá chegaremos".
João Pereira Coutinho
sexta-feira, abril 24, 2009
E a perseguição aos professores continua
Quatro ex-ministros da educação pronunciam-se sobre o alargamento da escolaridade até ao 12º Ano
"1 - Apoia o alargamento da escolaridade obrigatória ao 12.º ano?
2 - As escolas estão prontas para a mudança?
Marçal Grilo
1 - É uma medida muito positiva.
2 - Acho que é preciso criar as condições integrais para a cumprir, tal como ocorreu em 1986 quando se decidiram os nove anos de escolaridade obrigatória.
Roberto Carneiro
1 - Era uma medida que, mais dia menos dia, era esperada. A sociedade do conhecimento não pode repousar sobre um patamar abaixo do 12º ano de escolaridade. A cidadania, as empresas, a tecnologia não se compadecem com um nível inferior ao 12º ano. Temos ainda 35 por cento dos jovens que não concluem o 12º ano, mas temos de ter ambição. A medida legislativa por si só não resolve nada, é preciso medidas sociais e pedagógicas que apoiem e tornem possível uma medida legal.
2 - Imediatamente, se calhar, as escolas não estão preparadas. É preciso haver formação dos professores. Tem de haver formação muito intensa e, no concreto, cada escola tem de se organizar e tem de haver algum dinheiro disponível para isso.
Júlio Pedrosa
1 - Considerando que este Governo promoveu já um alargamento significativo do ensino secundário profissional, criando um leque de ofertas diversificadas, creio que se está em condições de considerar esta medida. Isto desde que se garanta um número de condições para a equidade no acesso e no seu sucesso: o apoio social aos estudantes de condição socio-económica mais vulnerável, mas também a consolidação deste universo diversificado de ofertas, a qualidade e condições de funcionamento das escolas, recursos humanos qualificados, acessibilidade dos próprios e um currículo adequado quer para as ofertas profissionais, quer para as ofertas de formação secundária geral.
2 - Não estamos ainda com os padrões adequados, mas temos três anos à nossa frente. Todos temos de ter consciência de que não podemos dar-nos ao luxo de usar mal esse tempo: temos de usar todos os minutos destes três anos para criar essas condições.
Couto dos Santos
1 - Acho a medida positiva. A grande dúvida é saber se existem condições de garantir, do ponto de vista social, que essa medida possa ser cumprida na sua plenitude. Temos hoje escolaridade obrigatória até ao 9º ano e há muitos que têm abandonado por dificuldades económicas. De nada servia estar a pôr o alargamento na lei se não houver condições que permitam que a grande maioria - se não todos - possa lá chegar.
2 - As escolas preparam-se rapidamente, temos professores com muita capacidade, mas se não houver um período transitório, com o diálogo e envolvimento de todos os agentes, corre o risco do fracasso. É algo que vem aumentar mais as responsabilidades das escolas, que já têm uma grande carga de trabalhos. Se houver um período de transição, há condições para preparar os órgãos da escola. Espero que o façam em diálogo com eles, porque vai exigir muito dos professores e dos pais".
Público
Isto já é diário
Segundo fonte da PSP, o homem entrou nas instalações e pediu à professora para assistir a uma aula, mas aquela recusou. De seguida o pai da aluna apontou a arma à docente e exigiu explicações sobre a nota atribuída à filha.
Alguns alunos, que estavam no local, deram conta do que se estava a passar e chamaram as autoridades. O indivíduo não ofereceu resistência, acabando por ser detido pela polícia. Durante a tarde de ontem, o agressor foi presente ao Tribunal de Pequena Instância Criminal do Porto e foi libertado.
O incidente gerou uma enorme confusão no estabelecimento de ensino. Ao verem o homem armado alguns alunos entraram em pânico e tentaram fugir pelas janelas do conservatório.
O Conselho Executivo recusou-se a prestar qualquer esclarecimento sobre o sucedido".
Correio da Manhã
quinta-feira, abril 23, 2009
Começam a ser "casos isolados" a mais
Público
Comentário - E com a escolaridade obrigatória a aumentar até aos 18 anos, a escalada de violência vai aumentar. É certo e sabido.
quarta-feira, abril 22, 2009
Professores não se entendem
A relembrar aos mais desatentos
terça-feira, abril 21, 2009
Saúde propõe aulas de reanimação no secundário
A proposta, revelou ao DN Rui Ferreira, o coordenador nacional para as doenças cardiovasculares, será entregue em breve ao Ministério da Educação. e poderá ser incluída já no próximo ano lectivo.
Rui Ferreira - que avançou ao DN esta iniciativa durante o XXX Congresso Português de Cardiologia - explicou que já estão a ser desenvolvidos conteúdos para integrar nos currículos obrigatórios dos estudantes do secundário.
Numa altura em que se aguarda a regulamentação da lei do uso de desfibrilhadores automáticos e morte súbita, que afecta centenas de portugueses por ano, o Alto Comissariado da Saúde apela à intervenção da população.:"Queremos que os alunos aprendam quando devem contactar os hospitais, quando se utiliza o desfibrilhador e onde estão os equipamentos, qual o seu papel e como deve ser desencadeada acção".
Por outro lado, os estudantes podem ainda aprender as técnicas básicas de reanimação, como a massagem cardíaca, e a desobstruir as vidas aéreas".
DN
segunda-feira, abril 20, 2009
Turmas mistas prejudicam raparigas
Carla Quevedo
sábado, abril 18, 2009
Absolutamente espectacular e comovedor
Susan Boyle - "I Had A Dream" - Britain Got Talent - 9 de Abril 2009
sexta-feira, abril 17, 2009
Educação Sexual d'Os filhos dos outros
A solução ideal, que actualmente ainda não está à nossa disposição, já foi exposta por mim no primeiro parágrafo deste post. No contexto actual, dado que ainda não há uma efectiva liberdade de educação no sistema escolar português, a única solução de compromisso para o problema da educação sexual nas escolas, por forma a não se constituir como um acréscimo da liberdade de uns à custa da restrição da liberdade de outros, é a seguinte: proporcionar aos pais um conhecimento prévio dos conteúdos da educação sexual que vão ser ministrados aos seus filhos; informar os pais sobre quem são os professores que vão formar os seus filhos no domínio da sexualidade; nomear um responsável último pela educação sexual que os seus filhos têm na escola. Finalmente, nos casos em que os pais, com toda a informação transparente ao seu dispor, não estiverem de acordo com a forma como serão ministrados os conteúdos da educação sexual, que lhes seja reconhecido o direito de dispensarem a cooperação do Estado na educação dos seus filhos, ou seja, que lhes seja reconhecido o direito de recusarem a participação dos seus filhos nos momentos de formação que decorram do regime de educação sexual estabelecido pela lei.
Nuno Lobo
Entrevista de Mário Nogueira
Correio da Manhã – O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, afirmou que na reunião [de ontem] com a Fenprof o Governo admitiu acabar com o limite de vagas de acesso a professor titular. Não seria uma forma de, na prática, acabar com a divisão da carreira que os sindicatos reclamam?
Mário Nogueira – A proposta que o Governo nos apresentou para o Estatuto da Carreira Docente (ECD) está num documento que é público e que mantém a divisão da carreira e o limite de vagas para acesso à categoria de professor titular. Na reunião, o secretário de Estado disse depois que admitia ir mais longe.
– Acabar com o limite de vagas para professor titular?
– Se os sindicatos assinassem um entendimento que reconhecesse esta proposta de ECD, o Governo admitia equacionar a questão das vagas, mas colocando logo uma condição que era impor mais requisitos para fazer a prova de acesso a titular, o que impediria que muitos a fizessem. No fundo, estar-se-ia a transferir as vagas do pós-prova para antes da prova. Como sabe, hoje um professor do quadro com 16 anos de serviço pode candidatar-se a titular.
– O secretário de Estado revelou que novos requisitos seriam esses?
– Disse que, caso acabasse o limite de vagas, tinha de se criar antes da prova uma situação qualquer, porque senão podiam todos candidatar-se. E nós perguntámos: ‘Mas diga o que é, que situação seria essa?’ E ele respondeu que nem valia a pena falar nisso, porque nós, sindicatos, somos contra a divisão da carreira, e nunca aceitaríamos.
– Está então a dizer que a alegada disponibilidade para recuar divulgada pelo Governo não corresponde à realidade?
– É uma tentativa de manipulação da opinião pública. Estão de novo a iludir as pessoas e a tentar criar a ideia de que estão com grande disponibilidade, quando na realidade não estão".
Bernardo Esteves
quinta-feira, abril 16, 2009
Ministério admite acabar com limite de vagas para professor titular, mas só com contrapartidas
"O secretário de Estado Adjunto da Educação revela à Renascença que o Governo admite acabar com o número limite de vagas para professor titular.
Jorge Pedreira diz tratar-se de uma cedência do Ministério para terminar com o clima de conflitos entre tutela e sindicatos.
Depois de um mês de pausa nas negociações, o Governo não abre mão da divisão da carreira docente em professor e professor titular, mas admite franquear o acesso a esta categoria, desde que os professores preencham determinados requisitos.
Por exemplo, se os docentes “prestassem provas públicas – iríamos discutir quais – e tivessem determinadas condições de tempo de serviço e formação”, refere o secretário de Estado.
Jorge Pedreira lembra que esta hipótese só se verificará, se os sindicatos acordarem com o fim do conflito com o Ministério da Educação.Garantidas estão já outras alterações, como o encurtamento do tempo de permanência nos escalões mais baixos e a melhoria do índice remuneratório no topo de carreira".
MG/Cristina Nascimento
Rádio Renascença
O Valor da Matemática
"Portugal, Luxemburgo e a Suíça têm no seu sistema de ensino uma coisa em comum: os piores alunos a Matemática são portugueses. Já estamos habituados a que no nosso sistema de ensino os estudantes oriundos da Rússia, Ucrânia, Moldávia ou Roménia sejam naturalmente melhores a Matemática .
Não há provas de que haja alguma determinação genética para o fenómeno. Os portugueses podem ser brilhantes a Matemática, e não faltam casos, sem precisar de recuar até Pedro Nunes, o genial inventor do Nónio. Mas o nível médio é confrangedor.
Ainda recentemente ficou famosa uma decisão judicial que reduzia de "um sexto para um quinto" a execução de uma penhora.
Há algumas condicionantes que favorecem a fobia nacional. Aprender Matemática exige esforço, trabalho e concentração. Também é fundamental que haja professores que gostem de ensinar uma matéria, que quando é bem explicada chega a ser apaixonante. Sem bom ensino a Matemática, não podemos aspirar ter uma economia com inovação e competitiva. Saber Matemática é mais do que saber as operações aritméticas; é aprender a pensar de forma mais rigorosa. Em boa hora o Presidente da República pensou em dedicar o dia de ontem à Matemática, mostrando diversas aplicações práticas do dia-a-dia".
Armando Esteves Pereira, Correio da Manhã
quarta-feira, abril 15, 2009
Maria de Lurdes em alta
Mais tecnologia não significa, por si só, melhores resultados
Tamanho luxo deixa-me surpreendido, mas não agastado; apenas ligeiramente preocupado. Ao contrário do que quer fazer crer a equipa pedagógica que anda no Poder há dois ou três anos, mais tecnologia não significa, por si só, melhores resultados.
Leiam-se estudos recentes sobre o assunto para perceber que não é apenas com nova linguagem que se combatem novos problemas. Desenhar uma sociedade sem info-exluídos, mas com poucos hábitos de trabalho, é andar para trás. Uma viagem pela Ásia e pelo Leste mostra que não basta ter computadores aos molhos. É preciso trabalho".
Francisco José Viegas
segunda-feira, abril 13, 2009
A propósito do plano de requalificação do parque escolar
domingo, abril 12, 2009
sábado, abril 11, 2009
Escandaloso
Estas regalias acrescem à remuneração de cerca de 3700 euros por exercer cargo equiparado a director-geral, que acumula com o de professor auxiliar na Universidade de Aveiro a tempo parcial (30%). O subsídio é justificado por ter 'residência permanente em Aveiro' e o CCAP funcionar em Lisboa. Segundo o site do Ministério da Educação (ME), o CCAP só reuniu quatro vezes desde a sua nomeação em Novembro. O ME afirma que Ventura tem de dormir 'algumas noites por semana em Lisboa' porque além das reuniões há 'imenso trabalho que não se vê'. E garante que fica mais barato do que pagar hotel como até agora".
Correio da Manhã
sexta-feira, abril 10, 2009
quinta-feira, abril 09, 2009
16 anos para concorrer a titular e novo concurso para titulares ainda este ano civil
O documento servirá de ponto de partida para as negociações que tutela e sindicatos retomam na próxima semana a propósito da revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD). O Governo admite ainda antecipar de 15 para 14 anos o tempo de serviço necessário para um professor poder realizar a prova pública de acesso à categoria de titular.
O ME compromete-se a abrir nas escolas um novo concurso extraordinário interno, ainda este ano civil, sem prestação da prova pública, ao qual terão acesso todos os professores posicionados no 4º escalão da carreira. O ME faz ainda alterações aos prémios de desempenho e confirma que a prova de ingresso na carreira será de resposta múltipla".
Correio da Manhã
quarta-feira, abril 08, 2009
Novo modelo de gestão vai ser implementado com a maior das naturalidades
terça-feira, abril 07, 2009
Informação sobre avaliação dos professores é de acesso público
Público
Comentário - Num país como o nosso, onde o compadrio e o amiguismo são costumeiros, esta decisão faz todo o sentido. Convém que haja transparência na avaliação dos professores, especialmente na forma como os "excelentes" e os "muito bons" serão atribuídos, pois há que saber se estas avaliações são de facto merecidas ou se são fruto de esquemas subterrâneos.
domingo, abril 05, 2009
Directores dispensados de dar aulas
Um outro despacho do ME fixa em três o máximo de adjuntos de direcção e só nos casos em que os agrupamentos ou escolas tenham mais de 1200 alunos".
Correio da Manhã
sábado, abril 04, 2009
Tese propõe novos rankings
Nota - Quadro retirado do semanário "Sol"
Multas para pais já tem 12 mil assinaturas
Expresso
quinta-feira, abril 02, 2009
A revista "Sábado" sempre na vanguarda contra a escola pública
Editorial
Regime de faltas: as razões porque as estatísticas apresentadas não são fiáveis
Público