A FENPROF convocou uma greve para o próximo dia 14. A FNE, à semelhança do que tem feito, volta a ficar de fora (esta falta de unidade entre os sindicatos é exasperante e só serve para nos desacreditar). Confesso que estas greves não me seduzem. Não só porque nos retiram legitimidade aos olhos da opinião pública - mais ainda, quando são encostadas a um feriado, o que dá sempre aquela ideia negativa de um fim-de-semana prolongado -, mas também porque elas são habitualmente marcadas pela guerra dos números entre os sindicatos e o Ministério da Educação, com os primeiros a sobrevalorizar os níveis de adesão e o ME a procurar desvalorizá-los.
Até aqui a ministra da educação tem tido o maior acolhimento dos media na sua tarefa de achincalhamento dos professores. Este apoio dos media tem sido fundamental na sua estratégia. Ultimamente começam a aparecer vozes discordantes, algumas com peso no panorama nacional, o que pode constituir um duro revés nesta linha de actuação. Vários analistas têm vindo a apontar alguns erros à sua política e a recente reportagem da RTP sobre a violência e a indisciplina nas escolas deu um precioso contributo nesse sentido. Considero até que a referida reportagem causou um grande impacto na opinião pública, e terá feito mais pelos professores do que os nossos sindicatos têm conseguido fazer nos últimos anos.
Temos de saber passar para a opinião pública a mensagem de que a ministra está errada quando diz que o principal factor que impossibilita o salto qualitativo no ensino em Portugal, reside nos professores, na sua incompetência e no seu mau profissionalismo. Nós que trabalhamos nas escolas todos os dias sabemos que isto não é verdade, mas à força de a ministra tantas vezes repetir esta ideia, a sociedade portuguesa convenceu-se de que é essa a leitura correcta. A nossa luta deve passar por convencer a opinião pública de que a desacreditação do nosso sistema de ensino reside fundamentalmente nas políticas educativas, nomeadamente nas sucessivas reformas que as várias equipas ministeriais não se têm cansado de implementar. Bem sei que nos falta a capacidade mediática de outras corporações, mas é por aqui que devemos centrar os nossos esforços.
Claro está que esta greve dever ter a adesão de todos, caso contrário daremos uma imagem de desunião que em nada nos favorece. Quero contudo acreditar que a nossa luta não se fique apenas pelo recurso à greve, porque se assim for dificilmente alcançaremos os nossos objectivos. Pode ser um 1º passo, mas não pode ser o único.
Até aqui a ministra da educação tem tido o maior acolhimento dos media na sua tarefa de achincalhamento dos professores. Este apoio dos media tem sido fundamental na sua estratégia. Ultimamente começam a aparecer vozes discordantes, algumas com peso no panorama nacional, o que pode constituir um duro revés nesta linha de actuação. Vários analistas têm vindo a apontar alguns erros à sua política e a recente reportagem da RTP sobre a violência e a indisciplina nas escolas deu um precioso contributo nesse sentido. Considero até que a referida reportagem causou um grande impacto na opinião pública, e terá feito mais pelos professores do que os nossos sindicatos têm conseguido fazer nos últimos anos.
Temos de saber passar para a opinião pública a mensagem de que a ministra está errada quando diz que o principal factor que impossibilita o salto qualitativo no ensino em Portugal, reside nos professores, na sua incompetência e no seu mau profissionalismo. Nós que trabalhamos nas escolas todos os dias sabemos que isto não é verdade, mas à força de a ministra tantas vezes repetir esta ideia, a sociedade portuguesa convenceu-se de que é essa a leitura correcta. A nossa luta deve passar por convencer a opinião pública de que a desacreditação do nosso sistema de ensino reside fundamentalmente nas políticas educativas, nomeadamente nas sucessivas reformas que as várias equipas ministeriais não se têm cansado de implementar. Bem sei que nos falta a capacidade mediática de outras corporações, mas é por aqui que devemos centrar os nossos esforços.
Claro está que esta greve dever ter a adesão de todos, caso contrário daremos uma imagem de desunião que em nada nos favorece. Quero contudo acreditar que a nossa luta não se fique apenas pelo recurso à greve, porque se assim for dificilmente alcançaremos os nossos objectivos. Pode ser um 1º passo, mas não pode ser o único.
2 comentários:
Completamente de acordo. Há que notar que a reacção dos professores levou a Senhora Ministra, já esta última semana a inflectir o tom e o contúdo do discurso...
Veremos em que medida esta inflexão no discurso da ministra terá repercussões positivas nos aspectos essenciais do ECD.
Enviar um comentário