segunda-feira, novembro 14, 2011

Governo promete tudo fazer pela autoridade dos professores

"O secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar colocou-se nesta segunda-feira ao lado dos professores na defesa da disciplina na escola e prometeu um novo estatuto do aluno até à primavera para entrar em vigor no próximo ano lectivo.  
"Aqueles que são professores que saibam que nós lhes reconhecemos autoridade e que tudo faremos para que ela volte a estar na linha da frente das preocupações de todos, pois só assim poderemos dignificar e dar valor social à educação", disse João Casanova de Almeida, em Lisboa, durante a cerimónia de entrega dos ‘Prémios de Reconhecimento à Educação’, promovidos pela iniciativa privada.
No final, o governante afirmou à agência Lusa que tenciona ter concluído antes da primavera o trabalho de revisão do Estatuto do Aluno, por forma a entrar em vigor no próximo ano lectivo.
Até lá, admitiu que podem ser tomadas medidas avulsas para "desburocratizar" procedimentos, no sentido de não fazer dos professores "funcionários administrativos".
Sem querer avançar pormenores por se tratar de matéria ainda em fase de estudo, Casanova de Almeida indicou que o objectivo é equilibrar os direitos e deveres dos diferentes elementos da comunidade educativa.
"Não podemos alicerçar um documento como o estatuto muito mais baseado em direitos do que em deveres", declarou.
À semelhança dos professores, o governante considera que os pais devem ser responsabilizados.
O Governo pretende transmitir que a responsabilidade "não é solteira".
Os pais, indicou, têm "de dar valor social à educação".
Para o secretário de Estado, é exactamente nos momentos de crise que deve ser entendida a importância da Educação como um bem.
"Se o Estado tem à disposição de toda a população recursos para que seja garantida a sua Educação, não pode deixar de ser responsabilizado cada um dos intervenientes", declarou".

CM  

1 comentário:

Titres disse...

Vai iniciar-se um novo ciclo de avaliação externa! Ninguém percebe qual a relevância para a qualidade do sistema educativo, mas lá vem mais do mesmo. Entretanto:
- Na escola A as turma são pequeninas e maneirinhas;
- Na escola B são grandes como os hipermercados;
- Na escola A o coordenador do 1.º ciclo tem que ter turma;
- Na escola B não tem turma porque a Lei refere uma redução à componente lectiva e portanto só poderá realizar componente letiva em apoios educativos;
- Na escola A o bibliotecário tem de fazer semanalmente 5 horas letivas;
- Na escola B está dispensado porque é amigo de alguém;
- Na escola A o adjunto leciona uma turma de acordo com a Lei;
- Ne escola B está dispensado de acordo com a vontade da diretora...
O que vem a ser isto? Palhaçada à portuguesa pois claro. E gastam rios de dinheiro com pecinhas de fantoches, não percebendo que esta ausência de critérios e este desleixo face ao cumprimento da Lei corrói irremediavelmente qualquer organização digna desse nome?