domingo, abril 21, 2013

Professores procuram provas de manipulação do número de vagas positivas pedidas pelos diretores

O dirigente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Adelino Calado, disse este sábado, citado pelo Público, que a informação de que o número de vagas colocadas a concurso «corresponde às necessidades dos diretores» é uma «redonda mentira».

Em causa está a portaria, publicada na sexta-feira e que segundo o Ministério da Educação e da Ciência (MEC) foi desenhada com base nas informações que os diretores das escolas e agrupamentos entregaram no final do mês passado.

Segundo a informação divulgada, teriam sido apontadas 12.003 vagas negativas, ou seja, lugares do quadro que atualmente estão ocupados mas que não serão substituídos no caso de estes professores serem transferidos ou se afastarem da profissão.
Deste modo, sobraram apenas 618 vagas positivas, correspondentes aos professores que as escolas dizem estar em falta.

Adelino Calado diz não dispor de dados que lhe permitam confirmar a veracidade dos números apresentados pelo MEC, mas garante que lhe bastou telefonar «para vinte e tal diretores», para verificar que «em absolutamente nenhum caso o pedido de lugares no quadro foi atendido».

Arlindo Ferreira, autor de um conhecido blogue sobre educação (DeArlindo), juntou este sábado vários gráficos com tratamento de dados que indicam que o número e a localização de vagas agora abertas coincidem «quase a cem por cento, no que respeita aos grupos de recrutamento e às zonas, com as que abriram para concurso extraordinário em janeiro, ou seja, antes de os diretores das escolas fazerem a tal manifestação de necessidades».

Sem comentários: