O texto que aqui coloco é da autoria da jornalista da revista "Sábado", Filomena Martins:
"No dia em que os professores iniciavam greve por causa das aulas de substituição no ensino básico, José Sócrates anunciou que já no próximo ano elas serão também obrigatórias no secundário. Uma afronta? Não. Uma boa razão. Porque pior que não ter argumentos é usar argumentos falsos. E é o que fazem os professores.
Comecemos pelos ordenados e pelo tempo. Os professores queixam-se porque estas aulas não são pagas apesar do tempo que perdem com elas. Esquecem-se de dizer que passam em média menos 379 horas por ano nas escolas que os colegas da OCDE e que ao nível dos salários ganham acima da média europeia. E esquecem-se de dizer que as aulas de substituição não afectam o horário de trabalho (35 horas por semana), fazem parte do tempo sem aulas (máximo de 25 horas semanais).
A seguir, as condições. Dizem os professores que não há espaços nas escolas. Esquecem a lógica: se um professor falta e eles têm de o substituir, podem usar a sala de aula que ficou vazia.
Por fim, a formação. Para os professores, não faz parte do seu estatuto entreter os alunos, apenas ensiná-los. Esquecem-se que se pode entreter ensinando; que é preferível o Sudoku ao cigarrinho nos furos; que podem aproveitar esse tempo para tirar dúvidas sobre as próprias matérias que ensinam. Enfim, que podem dar explicações sem ser em casa, pagos a peso de ouro e livres de impostos"
Um mimo! Cheio de inverdades e falsidades, mas cumpre o objectivo a que se propôs: achincalhar a classe dos professores, denegrindo a sua imagem perante a opinião pública. O que se estranha é que, perante tudo isto, os professores continuem a responder com a passividade absoluta!
3 comentários:
fico sempre muito triste com a ignorância e presunção com que se fala(barata)... é das coisas que reprovo nos alunos e que procuro ensinar: não devemos opinar sem fundamentar a opinião. Pelos vistos, a esta senhora jornalista ninguém ensinou a fundamentar os argumentos que apresenta.
Essa batalha está perdida: a comunicação social alinhou, na questão dos professores (e de outras classes proofissionais)com o governo. Porque tantos jornalistas são incompetentes e ignorantes (é como diz a emn, fundamentar as opiniões que emitiem implicaria preparar-se quanto às matérias sobre que escrevem, e o sistema de ensino tornou-se muito complexo e a pesquisa séria é trabalhosa); ou por cumplicidades obscuras. Restam os blogues e pouco mais como derradeiros espaços de comunicação livre e isenta.
as vesez fico muito triste pq tento encontrar alguma coisa mas não encontro
e a gente deve aprender muito mas e não olha pela net
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