A sociedade é cada vez mais competitiva, cada vez mais exigente. No trabalho, no desporto, no lazer, na formação e na investigação cada vez se exige mais e se estabelecem metas cada vez mais ambiciosas. Esta postura de exigência nem sempre é possível de ser aplicada na escola.
O processo de socialização do aluno, os problemas do sistema de ensino e a contradição e os seus grandes objectivos e as reais condições com que se deparam as escolas, bem como a orientação política de muitos governos, mais preocupados com estatísticas de sucesso/insucesso para Europa ver, têm levado à aprovação de sistemas de avaliação e progressão pouco concordantes com o grau de exigência que se pressente na sociedade em geral.
Da constatação destes factos resulta que não podemos continuar a passar a mensagem de que é mais cómodo promover o sucesso, mesmo sem o aluno saber, do que fazê-lo repetir novamente o ano, para que os objectivos e competências definidas sejam efectivamente atingidas.
É pois missão da escola, não só, ter em atenção todas as componentes sociais, económicas, afectivas e psicológicas dos alunos, mas também pugnar por um ensino de qualidade.
A aprendizagem da vida em sociedade passa pela aprendizagem de que o estudo, o empenho, o esforço, a dedicação devem efectivamente ser premiados. É assim que se passa na sociedade. Só os mais capazes, os mais exigentes consigo próprios é que são normalmente premiados, reconhecidos.
A escola no seu todo não pode ficar indiferente. Sem promover a competição, deve contudo, preocurar-se em formar com rigor, com empenho, em suma, com exigência.
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