quarta-feira, novembro 28, 2012

Diretores pedem suspensão da avaliação de professores

"O Conselho de Escolas, órgão consultivo do Ministério da Educação e Ciência formado po 60 directores de escolas, recomendou ao Governo que suspenda a avaliação de professores e adopte este ano lectivo um modelo simplificado, devido a dúvidas em torno da sua aplicação e porque a considera inútil, uma vez que a progressão na carreira está congelada.
O CE colocou ao MEC 40 questões, entre elas o facto de os avaliadores externos não terem tido formação. Ao CM, o MEC disse que os avaliadores já têm experiência, mas receberão formação. A tutela não esclareceu contudo se está disponível para suspender o modelo.
Mário Nogueira (Fenprof) diz que "ninguém tem de pedir observação de aulas". A lei diz que é obrigatório ter aulas observadas para passar aos 3.º e 5.º escalões ou para obter a nota máxima de Excelente, devendo a observação de aulas ser requerida num dos dois últimos anos do ciclo avaliativo até Dezembro.
Mas Nogueira lembra que o congelamento da carreira condiciona todo o processo. "Este ano lectivo não há atribuição de menção classificativa e ninguém termina o ciclo avaliativo porque a carreira está congelada. É so preciso entregar um relatório de auto-avaliação no final do ano. Quem precisar de aulas observadas faz o requerimento quando a carreira estiver descongelada. Pode pedir já e fica despachado, mas pode deixar para mais tarde", disse, adiantando que a Fenprof vai colocar no seu site um documento com esclarecimentos devido às muitas dúvidas que têm surgido entre a classe docente.
No entanto, Mário Nogueira, concorda com a suspensão pedida pelos directores, uma vez que as dúvidas em torno da aplicação do modelo estão a levar os directores e os Centros de Formação de Associações de Escolas (CFAE) a fazer interpretações muito diferentes.
"É bom que pare porque estamos a assistir a muitos disparates. A lei diz que as aulas observadas já realizadas no anterior modelo podem ser recuperadas mas sabemos que no distrito da Guarda os CFAE estão a recusar".
Manuel Esperança, presidente do CE, refere ainda que nas escolas e agrupamentos cuja agregação com outras está agora em curso existem também muitas dúvidas. O responsável deixa ainda um esclarecimento: "Fique claro que nós não parámos a avaliação. Fizemos uma recomendação ao governo, colocámos diversas questões e agora vamos aguardar", afirmou".
 
CM

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