quarta-feira, agosto 28, 2013

O novo ano

"Crato e os secretários de estado assumirão ainda mais o papel de fiéis representantes da troika.
Para o ano escolar que se inicia no próximo dia 2, as expectativas são as piores. Quanto aos docentes, depois do aumento do desemprego em julho, em 44%, serão os restantes contratados que, dia 2, ficarão desempregados. Os dos quadros, além da instabilidade que resulta dos 18 000 horários-zero criados, verão as condições de trabalho degradarem-se cada vez mais.
O ano inicia-se com menos condições para o de-
senvolvimento dos processos de ensino-aprendizagem, num quadro de autonomia ainda mais reduzida, tendo sido imposto às escolas um elevado número de alunos por turma, a redução do número de não docentes e até as turmas a constituir. O MEC decidiu em Lisboa o que se passa de norte a sul.
No novo ano, Crato e os seus secretários de estado assumirão, ainda mais, o papel de fiéis representantes das finanças e da troika. De certeza que o ministro não vai implodir o MEC, o ex-presidente da ANP não vai descer a Avenida em manifestação contra as políticas, o ex-assessor do CDS para a Educação não vai achar que as medidas resultam "de uma opção financeira que o Ministério das Finanças certamente impõe ao Ministério da Educação". Assim, novo, só o ano!"
 
Mário Nogueira
CM 

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