“Dedo no ar quem me souber dizer …?” Estas palavras têm feito parte da vida escolar há décadas. Gerações de professores têm pedido aos alunos para porem o dedo no ar antes de responder. No entanto, este ritual é severamente criticado pelo director de uma escola em Dagenham, Londres, que é de opinião que esta prática não beneficia ninguém. Invariavelmente, são sempre os mesmos alunos a pôr o dedo no ar forçando o professor a direccionar as perguntas àqueles que mantêm as mãos firmemente em baixo. Entretanto os alunos escolhidos sentem-se injustiçados e mal preparados para responder e os fiéis ao dedo no ar começam a perder o interesse. Outros alunos, geralmente rapazes, põem o dedo no ar só para chamar a atenção, pois não sabem a resposta, e os bons alunos não o fazem com receio de serem apelidados de “betinhos”. Os professores desta escola londrina fazem a pergunta, dando tempo ao aluno para pensar e só depois seleccionam o respondente, mais hábil ou com mais dificuldades, de acordo com a pergunta. O facto de os alunos não saberem que vai responder obriga-os a ouvir com mais atenção e pensar na resposta com mais afinco. Apesar de ser contra à prática do dedo na ar, Andy Buck, reconhece-lhe algumas vantagens em determinadas situações, tais como, verificar a concordância com a resposta de um aluno, perceber quem poderá ter a resposta certa, quando a pergunta é exigente.
sexta-feira, janeiro 05, 2007
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2 comentários:
"Os professores desta escola londrina fazem a pergunta, dando tempo ao aluno para pensar e só depois seleccionam o respondente, mais hábil ou com mais dificuldades, de acordo com a pergunta.
Bem... eu faço isso há 19 anos! No meu curso do Magistério isso era elementar... :)
Também adoptei o sistema seguindo o exemplo, que me pareceu bom, da minha magnífica professora de Ciências há quarenta e tal anos.
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