sexta-feira, maio 29, 2009

Maria de Lurdes Rodrigues: uma ministra debaixo de fogo

"A ministra da Educação assistiu durante o seu mandato a oito greves e a sete manifestações de professores. Teve ainda a "companhia" dos docentes na Avenida 5 de Outubro, Lisboa, em três vigílias e dois cordões humanos e já terá recebido no seu gabinete mais de 320 mil assinaturas.

Se terminar oseu mandato vai bater o tempo de permanência no cargo de José Veiga Simão (15 de Janeiro de 1970 a 25 de Abril de 1974), tendo já ultrapassado por dois dias Roberto Carneiro (17 de Agosto de 1987 a 31 de Outubro de 1991), sendo estes os dois ministros que mais tempo permaneceram no cargo nos últimos 40 anos. No entanto, foi provavelmente a ministra da Educação mais criticada pelos sindicatos de professores e, seguramente, a que presenciou as maiores manifestações. Realizaram-se cinco grandes greves nacionais de docentes, uma das quais com uma adesão de 94%, segundo os sindicatos, e de 66,7%, segundo a tutela, e ainda outras três paralisações específicas.

Quanto a manifestações, Maria de Lurdes Rodrigues sobreviveu a sete protestos de rua, alguns dos maiores de sempre realizados pela classe. A 8 de Março de 2008 estiveram em Lisboa cerca de 100 mil docentes, números confirmados pela PSP, e oito meses depois cerca de 120 mil, segundo os sindicatos. Apesar de toda a contestação, a ministra recebeu sempre a confiança do primeiro-ministro, que já lhe agredeceu publicamente o trabalho desenvolvido. "Valeu a pena resistir, não desistir, enfrentar as dificuldades. Este é o caminho para o sucesso", afirmou José Sócrates em Janeiro".

JN

Sem comentários: