terça-feira, agosto 08, 2006

Onde está a coerência?

"Aparentemente a nossa Ministra da Educação acha que todo o imbróglio em que se meteu (a si e aos desgraçados dos afectados por ele) valeu a pena. Toda a discricionariedade não foi em vão e todos podem ficar descansados que o precedente foi plenamente justificado. Ou será que não?

A melhoria de resultados não se registou, no entanto, na prova de Física, também abrangida no regime excepcional criado pela tutela, que permitiu aos alunos das duas disciplinas (programas novos) repetir as provas na segunda fase e concorrer com a melhor nota à primeira fase de acesso ao ensino superior, onde estão em jogo a maioria das vagas. A Física, as notas baixaram em relação à primeira fase, com a média de classificações a descer de 7,7 para 7,3 valores e a taxa de reprovação no exame a subir de 67 para 70 por cento.

Ora atente-se no conteúdo do despacho original do secretário de estado da educação(despacho interno nº2-SEE/2006):

"Tendo em conta que os resultados da 1ª fase dos exames nacionais relativos aos novos programas de Química (código 642) e de Física (código 615) evidenciam um valor médio relativamente baixo e muito inferior ao verificado no ano passado bem como ao verificado este ano nas provas relativas ao programa antigo das mesmas disciplinas (códigos 142 e 115, respectivamente);

Determino:

Todos os alunos que o desejarem podem repetir na 2ª fase, as provas de Química e Física (códigos 642 e 615)"


Uma vez que no caso de Física os resultados, na sequência da repetição, foram ainda piores, e tomando-se como critério o enunciado pelo secretário de estado (que não foi o da existência de particulares erros ou vícios da primeira chamada, mas sim somente a análise dos seus resultados e comparação com os do ano passado), aguarda-se ansiosamente a marcação de uma nova chamada para corrigir esta situação persistente e intolerável aos olhos do ministério."

Texto retirado de http://small-brother.blogspot.com

1 comentário:

Anónimo disse...

Best regards from NY! » »