Tal como se esperava, o 2º dia de greve não teve a mesma taxa de adesão do 1º dia. Foi, contudo, uma baixa pouco significativa (5%) e perfeitamente compreensível atendendo a que, para algumas carteiras, dois dias consecutivos de paralisação são bastante penalizadores. Seja como for, um valor global de 80%, é algo que eu, muito honestamente, não estava à espera e que me deixa bastante satisfeito. Talvez agora a srª ministra tenha finalmente percebido que os professores não são nenhuns paspalhos a quem ela espezinha quando muito bem quer e lhe apetece. Pelo contrário. Os professores demonstraram cabalmente que sabem lutar pelos seus direitos e vão continuar a prová-lo no futuro. No entanto, é bom que tenhamos consciência que esta guerra ainda agora começou e muita água ainda vai correr por debaixo das pontes. A ministra não vai capitular facilmente, como aliás ficou bem patente na reunião desta tarde com os sindicatos. A 4ª versão do ECD, mantém no essencial tudo o que as outras versões continham, o que significa que temos ainda muito caminho por desbravar. As sondagens favoráveis, a concordância dos analistas e da maioria da população à sua política, dão-lhe força para continuar a manter a intransigência. Esta inflexibilidade da ministra só pode ser quebrada com uma classe unida e perseverante na luta por um ECD que dignifique a profissão docente e a qualidade do ensino em Portugal.
sexta-feira, outubro 20, 2006
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