"A ministra da Educação acha terceiro-mundista a prática das ‘explicações’ que visam (uso palavras suas) "recuperar o que o aluno não aprendeu na escola". Ora, todos sabemos para que servem as ‘explicações’ – e conhecemos o sacrifício dos pais que podem pagar mais de cem euros por mês (118 em média, segundo um estudo da Universidade de Aveiro) para que os seus filhos tenham acesso a esse apoio escolar extra.
Por um lado, mostra como as famílias temem o falhanço científico ou pedagógico no sistema educativo; por outro, revela que as famílias se preocupam, o que não é mau; finalmente, constitui o retrato do sistema que não muda desde os anos 70. Ou seja: o palavreado sobre a qualidade da escola é a única coisa que muda; porque a realidade, essa, é sensivelmente a mesma".
Francisco José Viegas, Correio da Manhã
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