Categoria há só uma: professor e mais nenhuma" ou "Avaliação, sim, mas esta não" foram algumas das palavras de ordem gritadas, ontem, pelos professores do distrito de Leiria que se manifestaram em algumas artérias da cidade, na direcção do Governo Civil. Aí, foi entregue uma moção, aprovada durante o plenário para professores e educadores, organizado pelo Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), que teve lugar no auditório da Escola Superior de Educação. O plenário ficou marcado pela discussão das leis que "maltratam os direitos laborais".Da ordem de trabalhos do SPRC constava a discussão sobre o actual Código do Trabalho e as repercussões que tem para a docência. Os professores, que compareceram de vários pontos do distrito, apresentaram as suas preocupações, e exemplificaram com casos reais o que dizem viver nas escolas e agrupamentos a que pertencem. Durante a sessão foram apresentadas questões sobre o actual estatuto da carreira de professor, avaliação de desempenho, regime de educação especial e actividades extra-curriculares. Os dirigentes sindicais presentes consideram que muitas das medidas tomadas "tiram qualidade ao serviço que prestamos e ao ensino público", e deram exemplos de professores que estão "mais tempo a preencher papéis" do que a leccionar. "Os horários são completamente subvertidos", afirmaram os dirigentes. No final do plenário, ficou patente um apelo à sindicalização dos professores. O Sindicato balizou uma meta de 10 mil sócios activos, para que os direitos sindicais não se percam. Depois de aprovada a moção onde se lê que os professores e educadores "rejeitam a política anti-social do Governo" e que prometem continuar "em luta em defesa dos seus direitos e por uma escola democrática", seguiram em manifestação até ao Governo Civil. "Parece que andam a gozar com a profissão", foi um dos desabafos mais ouvidos.
Diário de Leiria
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