António Barreto
domingo, novembro 30, 2008
Políticas educativas - António Barreto
António Barreto
sábado, novembro 29, 2008
A democracia segundo Jorge Pedreira
É só mais um caso isolado a somar a outros tantos casos isolados
"Artemisa Coimbra, professora de Inglês na EB 2/3 de Jovim, em Gondomar, foi ontem agredida a murro por um aluno de 16 anos que frequenta o 9º ano dos Cursos de Educação e Formação. Teve de ser transportada para o Hospital S. João, no Porto, tendo sido tratada na pequena cirurgia. À saída da Urgência ainda eram visíveis as marcas da agressão no olho.
O incidente ocorreu às 13h40, quando a professora saiu da sala dos professores rumo à aula. "Fui surpreendida pelo aluno a correr na minha direcção e a chamar-me de todos os nomes possíveis. Depois deu-me murros na cara", disse ao CM, Artemisa Coimbra, que é também responsável pelo Observatório de Mulheres Assassinadas, uma organização que combate a violência doméstica.
O incidente ocorreu depois de a docente ter levado o agressor ao Conselho Executivo, por este estar a dizer palavrões no interior da escola".
João Carlos Malta
Correio da Manhã
Mais um dos que pensa que a razão está do lado da ministra
Havia dúvidas sobre isto? Mário Nogueira esclareceu-as ontem, à saída do encontro com Maria de Lurdes Rodrigues, quando pediu abertamente a demissão da ministra e, de seguida, apelou de peito cheio aos professores "com 'P' grande" para aderirem em massa à greve geral agendada para a próxima quarta-feira.
O que quer Mário Nogueira dizer? Duas coisas. Um: os professores com "p" pequeno que não aderirem à greve são criaturas inferiores que devem ser apontadas a dedo e estigmatizadas nas escolas em que leccionam (este muito torcido conceito da democracia mostra bem o estado a que este conflito chegou). Dois: o líder da Fenprof percebeu que a divergência está, agora, no "ponto de rebuçado". Quer dizer: os níveis de adesão à próxima greve são fundamentais para se perceber para que lado partirá a corda, de tão esticada que está. Se os professores ficarem em casa aos magotes, Mário Nogueira não se calará com o pedido de demissão da ministra. Se, porventura, a adesão for escassa (e o conceito de escassa é importante, uma vez que as expectativas estão muito altas), Mário Nogueira será obrigado a puxar pela cabeça para inventar novas formas de luta, porque esse seria um sinal de capitulação dos docentes.
Nada destes jogos deve, contudo, fazer esquecer o essencial. As etapas do tradicional processo de decisão foram todas queimadas durante as últimas semanas. Por isso, é tempo de o Governo seguir em frente e pôr em marcha a avaliação dos professores, fazendo publicar o respectivo decreto-regulamentar. Os docentes usarão, em resposta e até ao limite, se assim o entenderem, todos os recursos de protesto - e são muitos - que a democracia põe ao seu dispor. E, como são crescidinhos, arcarão com os custos de não cumprirem a lei. O que não pode acontecer, em nome dos interesses dos alunos e dos pais dos alunos, partes igualmente interessadas neste processo, é prolongar mais este percurso pejado de avanços e recuos.
Paulo Ferreira
sexta-feira, novembro 28, 2008
Não houve acordo quanto à avaliação - FNE mantém greve
Centros sem formação há um ano só apoiam avaliação
DN
quinta-feira, novembro 27, 2008
quarta-feira, novembro 26, 2008
Obviamente, demitam-se!

"Em três anos, conseguiram instalar o caos nas escolas públicas. Já não discuto as intenções, nem as causas; limito-me a registar as consequências: professores furibundos e insubordinados, que nenhum sindicato ou conselho executivo consegue já controlar; alunos nervosos e insurrectos, à espera do menor pretexto para fazerem desacatos; pais perplexos e divididos. Eu sei que o governo não desejava isto. Mas a realidade é esta e está à vista de todos. No caos, ninguém ensina e ninguém aprende e o processo educativo converte-se num pesadelo diário. As escolas públicas precisam urgentemente de paz. E precisam de um novo fôlego motivacional. Maria de Lurdes Rodrigues, Valter Lemos e Jorge Pedreira deixaram de ser parte da solução, para passarem a ser, simplesmente, o problema. Se são pessoas de bem e ainda querem o melhor para as escolas e para o país, só lhes resta um caminho: pedirem a demissão e darem o lugar a outros. E quanto mais depressa, melhor".
http://abnoxio.weblog.com.pt/
terça-feira, novembro 25, 2008
segunda-feira, novembro 24, 2008
Suspensão ou simplificação?
domingo, novembro 23, 2008
Aplicar o modelo de avaliação a outras profissões

Encarregado de Educação
Expresso
Confap - O outro parceiro
Alberto Gonçalves
sábado, novembro 22, 2008
A escola e a qualidade da educação
Luís de Miranda Correia
sexta-feira, novembro 21, 2008
quinta-feira, novembro 20, 2008
Mais uma sessão de propaganda
quarta-feira, novembro 19, 2008
O "diálogo" segundo o Ministério da Educação
Anónimo
Balanço do debate na SIC Notícias
terça-feira, novembro 18, 2008
Aprender...com os professores
O mundo do ensino não pode estar recheado de professores que não querem trabalhar, que querem faltar, que não querem ser avaliados, que não querem que os seus alunos sejam bem sucedidos e passem de ano, que estão ao serviço de sindicatos ou oposições ao Governo.
Helena Garrido
Professores vão estar esta noite num debate na SIC Notícias
Entrega de objectivos individuais on-line
Conselho das Escolas pede à ministra que suspenda a avaliação
O documento foi aprovado por 30 votos contra 23, sendo esta mais uma posição que fragiliza Maria de Lurdes Rodrigues na sua teimosia em manter este modelo de avaliação docente. Por esta altura, a tutela já só tem o apoio da CONFAP, devido a razões que se entendem perfeitamente.
segunda-feira, novembro 17, 2008
A desmontagem perfeita relativamente à "clarificação" do Estatuto do Aluno
É só comparar o que diz o despacho com o Estatuto do Aluno.
Ponto 5 do despacho do ME: “Da prova de recuperação realizada na sequência das três semanas de faltas justificadas não pode decorrer a retenção, exclusão ou qualquer outra penalização para o aluno, apenas medidas de apoio ao estudo e à recuperação das aprendizagens, sem prejuízo da restante avaliação”.
Artigo 22.ª, 2, do Estatuto do Aluno: “Sempre que um aluno, independentemente da natureza das faltas, atinja um número total de faltas correspondente a três semanas no 1.º ciclo do ensino (…) deve realizar, logo que avaliados os efeitos da aplicação das medidas correctivas referidas no número anterior, uma prova de recuperação, na disciplina ou disciplinas em que ultrapassou aquele limite, competindo ao conselho pedagógico fixar os termos dessa realização.
Artigo 22.ª, 3, do Estatuto do Aluno: “Quando o aluno não obtém aprovação na prova referida no número anterior, o conselho de turma pondera a justificação ou injustificação das faltas dadas, o período lectivo e o momento em que a realização da prova ocorreu e, sendo o caso, os resultados obtidos nas restantes disciplinas, podendo determinar:
b) A retenção do aluno inserido no âmbito da escolaidade obrigatória ou a frequentar o ensino básico, a qual consiste na sua manutenção, no ano lectivo seguinte, no mesmo ano de escolaridade que frequenta;
c) A exclusão do aluno que se encontre fora da escolaridade obrigatória, a qual consiste na impossibilidade de esse aluno frequentar, até ao final do ano lectivo em curso, a disciplina ou disciplinas em relação às quais não obteve aprovação na referida prova”.
O Ministério da Educação tem razão num ponto. O despacho é clarificador. Sobre a incompetência legislativa da sua equipa e sobre o peso político que lhe resta. Mais leve que um ovo".
Pedro Sales
A batalha dos ovos
Nada disto faz sentido trinta anos depois da Democracia. Depois de muitos governos reformarem, depois de muitos professores protestarem, depois de muitos sindicatos reivindicarem, não faz sentido que uma querela laboral se transforme numa batalha campal de ovos e tomates.
Podem os professores ter razão nos protestos contra a avaliação. Pode, até, a ministra ter razão na sua intransigência radical. Ou pode ninguém ter razão. Mas a verdade é que quando deflagra um conflito destas dimensões creio que a única solução é o debate e a discussão aberta e franca sem que o poder ganhe radicalidade nem os manifestantes a falta de gosto a que temos assistido nos últimos dias. O exercício do debate democrático não retira privilégios a quem detém o poder. Pelo contrário, enobrece-o. Assim como a exigência legítima de condições dignas de avaliação de trabalho não pode deixar indiferentes os pais de muitos estudantes que percebem a necessidade de fazer regressar à escola a tranquilidade, a alegria de aprender e também a alegria de ensinar. Professores tristes, em luta, indignados, não é o modelo de professor mais adequado às exigências do futuro. E as crianças, aqueles a quem se destina o subsistema de educação, terão de estar acima de indignações profissionais e de pesporrênciasministeriais. Neste momento tão crítico do sistema educativo, não tenho a menor dúvida de que só o regresso ao espírito da democracia, ao espírito da tolerância e da inteireza democrática, pode devolver a dignidade a todo este processo.
Há momentos da nossa vida em que é preciso parar para pensar. Julgo que o Governo e os professores chegaram a esse momento de tomar decisões que motivem os professores, que não ignorem a legitimidade do Governo mas que, acima de tudo, devolvam à escola o que é da escola: aprender".
domingo, novembro 16, 2008
sábado, novembro 15, 2008
Os sindicatos, entre governo e professores
Depois ouviu-se a voz de Manuel Alegre.
Agora, a incomodidade socialista face ao protesto dos professores estendeu-se também a António Costa, o antigo n.º 2 do Governo.
Pelo meio, até o Presidente da República, sempre parco nas palavras que lança geometricamente, veio reconhecer o "direito constitucional à manifestação".
Quer tudo isto dizer que o primeiro-ministro, por muita solidariedade que demonstre à sua colaboradora para a área da Educação e das escolas, tem um problema delicado entre mãos chamado Maria de Lurdes Rodrigues.
Com um ano eleitoral à porta, e uma maioria absoluta que as sondagens demonstram ser possível, José Sócrates não pode deixar de estar a avaliar todos os cenários. Todos.
2 . O problema não é só a segunda manifestação dos professores ter contado de novo com mais de cem mil pessoas, mobilização que não parece estar hoje ao alcance de nenhuma central sindical, apesar das condições propícias geradas pela crise.
O verdadeiro problema reside na possibilidade do iminente colapso do polémico sistema de avaliação em resultado de uma desobediência generalizada nas escolas, o que hoje também é reclamado pela Fenprof e o seu ambicioso líder, Mário Nogueira, que tem reforçado o seu peso no PCP e está na primeira linha de sucessão a Carvalho da Silva, na CGTP.
A este propósito deve dizer-se que os sindicatos têm sabido, com habilidade, não perder a orientação deste movimento, que obviamente vai muito para além de qualquer partido e é transversal às diversas correntes políticas. Essa é, aliás, a base da sua força. E é incompreensível, também por isso, a falta de tacto político revelado pela ministra.
3 . A qualidade do ensino e a paz nas escolas deveriam obrigar as partes a sentarem-se à mesa, mas aqui reside um dos dramas deste processo.
Quem, na verdade, representa este movimento? Quem pode ser parceiro fiável do Governo na resolução da crise?
Como se viu depois da manifestação de Março, os sindicatos assinaram com o Governo um acordo que não estão a cumprir porque as reivindicações dos professores os ultrapassaram. Esta é uma luta original igualmente por esse facto: talvez pela primeira vez em Portugal, são os sindicatos quem corre a enquadrar um movimento espontâneo dos trabalhadores de um determinado sector.
Este facto, no entanto, levanta o tal problema de representatividade. Se o acordo não resolveu a questão de fundo e a avaliação continua a merecer o repúdio maioritário dos professores, quem são as partes e como se encontram? Que têm os sindicatos, desta vez, para oferecer a ambos os lados na vista de uma solução - e quererão mesmo encontrá-la?
4 . Maria de Lurdes Rodrigues, por muito que desagrade a alguns professores reconhecê-lo, tem produzido trabalho à frente do ministério. É pena que se tenha deixado barricar, sem necessidade, neste preciso modelo de avaliação, cujo repúdio faz a união dos professores.
Depois de ter liderado o reconhecimento do essencial - que quem ensina deve ter um sistema que classifique, distinga e guie a progressão na carreira -, deverá igualmente entender que está a pedir mais do que aquilo que os professores podem dar nesta fase.
Chegados a este ponto, a estratégia dos pequenos passos, seguros e simples, tem de ser a marca condutora da introdução da avaliação. Haverá tempo para refinar o processo, depois de os professores se sentirem confortáveis e perceberem o que tem a ganhar com ele.
Todos os agentes deste conflito, sem excepção, precisam de assumir as respectivas responsabilidades e reconhecer o essencial: é necessário promover a qualidade do ensino e tirar os ovos das mãos dos alunos e devolver a paz às escolas.
A ministra daria um bom exemplo se descesse ao terreno e voltasse a negociar".
João Marcelino
sexta-feira, novembro 14, 2008
Angústia nas escolas
A situação é preocupante. Entra pelos olhos dentro que o desfile de uma centena e tal de milhares pela avenida da Liberdade não é um milagre dos sindicatos. Os sindicatos estão sim a aproveitar a revolta e angústia dos professores aflitos com o kafkiano dilúvio de despachos despejados pelo Ministério da Educação.
O pesadelo que se vive nas escolas não dá para acreditar: para além de reuniões esgotantes e interpretação de objectivos impenetráveis, pela confusão entre desempenho individual e actividades colectivas, os professores enfronham-se na elaboração de ‘portofolios’ com 15 separadores, que obrigam a comprar dois dossiês porque nos supermercados não há capas com mais de 12 divisões. O retrato da tragi-comédia é estar esgotado um ‘Guia de Avaliação do Desempenho do Docente’, livro de 96 páginas acompanhado de um CD-ROM com "propostas práticas para cada interveniente". Na província, onde as disponibilidades são melhores, o guia não é conhecido e poupa-se à obsessão do ‘portfolio’. À sua maneira define que o melhor para satisfazer o Ministério é dar 3 a todos os alunos.
O ensino precisa de outras mentalidades. Na situação actual é impossível tornar a ver professores públicos como aquele que há umas dezenas de anos apostou em empurrar para o liceu o filho de famílias humildes que é hoje o empresário de êxito Belmiro de Azevedo. Subir na vida tornou-se mais apertado. É preciso investir na educação dos filhos como fez a avó de Obama: meteu-o numa escola privada cara, com toda a convicção de que o primeiro presidente negro dos EUA conseguisse depois ganhar asas e com o apoio de bolsas e aplicação ao estudo concretizasse um sonho à americana com diplomas de excelência em universidades como Columbia e Harvard.
A angústia dos professores lembra para azar do País as anedotas do comunismo: dois cidadãos desesperados com o desgraçado rumo da vida perguntaram a um chefe partidário quem inventara o socialismo científico. Um político ou um cientista? A resposta foi um político. Logo um disse para o outro: "Eu não te disse, se fosse um cientista tinha experimentado primeiro em animais."
João Vaz
quinta-feira, novembro 13, 2008
Qual "pesadelo burocrático"?
"Um responsável do SINDEP revelou ao DN, ilustrando o modelo de avaliação da ministra Lurdes Rodrigues, o caso concreto de uma professora com 9 turmas e 193 alunos que vai ter que introduzir manualmente no computador 17 377 registos e fazer 1456 fotocópias, além de participar em algo como 91 reuniões. Contas feitas, a 1 minuto por registo, e visto que a professora é um Usain Bolt informático, e não dorme nem come, nem se coça, nem se assoa, inteiramente entregue à avaliação, são 290 horas, isto é, 12 dias (noites incluídas).
Já 1456 fotocópias a 1 minuto cada (tirar o papel do monte, pô-lo na bandeja da fotocopiadora topo de gama da escola, esperar que saia fotocopiado e colocá-lo noutro monte), levam-lhe mais um 1 dia (noite incluída). E 91 reuniões, também de 1 minuto, mais 91 escassos minutos. Ao todo, a professora fará a coisa em pouco mais de 13 dias (noites incluídas). Qual "pesadelo burocrático" qual quê! No fim ainda lhe sobrarão, se alguém a conseguir trazer do cemitério ou do manicómio, 152 dias para dar aulas, aprovar os 193 alunos e contribuir para as estatísticas da ministra".
Manuel António Pina, JN
O que é preciso para avaliar?
Maria José Nogueira Pinto
quarta-feira, novembro 12, 2008
Capricho e soberba
Baptista Bastos
terça-feira, novembro 11, 2008
A mentira compulsiva
A ministra dos milagres
Ou deveria ser, para quem tivesse um mínimo de humildade democrática e não confundisse firmeza com auto-suficiência e poder com mando. Se a passagem de Lurdes Rodrigues pelo ME constitui um "study case" de incapacidade técnica e autismo político, a reacção praticamente unânime dos professores em defesa da dignidade da profissão docente é um exemplo de cidadania activa cada vez mais raro no "país em diminutivo" em que nos tornámos".
Manuel Antonio Pina
segunda-feira, novembro 10, 2008
Ainda há quem esteja com os professores
domingo, novembro 09, 2008
Como a opinião publicada vê o confronto entre o ministério da educação e os professores (II)
"Largos milhares de professores manifestaram-se ontem em Lisboa, pondo em causa o sitema de avaliação, a ministra, o próprio Governo.
Não vale a pena, aos críticos, invocar a impecável organização sindical pois até os partidos funcionam hoje assim: quando a "fé" escasseia, ou quando se quer ter a certeza que a coisa não falha, não há como uns autocarros e uns farnéis para manter a militância no alto.
É hoje óbvio para toda a gente que entre professores e ministra a corda partiu há muito. Mas, podendo a razão não estar do lado dela, é inequívoco que está a seriedade, porque Maria de Lurdes Rodrigues aceita fazer um balanço do processo de avaliação no final do ano e introduzir alterações para 2010. Os professores é que não, pois pretendem rebentá-lo desde já. É bom que se saiba que, por muitos professores que desçam e subam a Avenida da Liberdade, há escolas em que o processo de avaliação está a correr bem. São a maioria. E é bom que se saiba também que, no ano passado, 16 mil avaliações feitas revelaram 7% de professores cujo desempenho não era correcto. Só esta indicação é um bom motivo para continuar, não é? Ontem, na TSF, uma professora dizia que muitos professores investidos em avaliadores andam muito senhores de si por lhes ter sido atribuído esse pequeno poder. É possível, não custa a crer que sim. E custará a crer que alguns professores foram tomados de ataque de invejite por serem avaliados por pessoas com as quais certamente não simpatizam?
Como dizia Ferreira Leite em Março passado, o Governo não deve desistir deste processo de avaliação. É lamentável que a mesma Ferreira Leite, agora líder do PSD, agora necessitada de ver Sócrates e o Governo em perda, tenha vindo dizer, na véspera da manifestação de ontem, que o processo de avalição deveria ser suspenso. Ao menos tivesse a coragem de ser directa e pedisse aos professores do seu partido que engrossassem a coluna dos manifestantes (...)".
José Leite Pereira
JN
Como a opinião publicada analisa o confronto entre ministério da educação e os professores (I)
Editorial
sábado, novembro 08, 2008
sexta-feira, novembro 07, 2008
Manuela Ferreira Leite pede suspensão de modelo de avaliação de professores
Numa declaração na sede nacional do PSD, após um encontro com professores militantes do partido, Ferreira Leite defendeu que o modelo defendido pelo Governo «assenta em princípios inadequados e injustos».
Na opinião da líder social-democrata, este modelo está ainda assente «num esquema de tal forma burocrático e complexo que está a criar uma enorme perturbação nas escolas e a desfocar os professores da sua função essencial».
«A teimosia com que tem tratado esta questão está a afectar seriamente o que é essencial para a qualidade do ensino: a motivação dos professores», acrescentou Ferreira Leite, que aludiu a um «clima de tensão e crispação entre todos os intervenientes».
Na véspera de mais uma manifestação de professores, que foi convocada para Lisboa, Manuela Ferreira Leite considerou que «desde já, se deve começar a trabalhar num novo modelo de avaliação, sério e eficaz».
Na declaração que fez sem direito a perguntas, Ferreira Leite defendeu ainda a criação de uma avaliação «externa, retirando das escolas e dos docentes a carga burocrática e conflitual que os desviam da sua função primordial que é ensinar».
«A avaliação tem de procurar a efectiva valorização do mérito e da excelência, devendo por isso pôr-se fim às quotas administrativas criadas por este Governo», acrescentou a líder do PSD.
Ferreira Leite aproveitou também para pedir o fim da «divisão da carreira docente, iníqua e geradora de injustiças, entre professores titulares e professores que acabam por ser classificados como de segunda».
«Insistir no actual modelo é pura perda de tempo. Os professores não são justa e verdadeiramente avaliados e, principalmente, os alunos e as suas famílias estão a ser prejudicados com o clima de tranquilidade que se vive nas escolas», concluiu.
Esta criatura fede
«Os professores mais antigos podem sentir maior dificuldade em adaptar-se às novas reformas. Os que se sentirem cansados e desmotivados, é melhor que saiam. Há muitos professores desempregados que querem entrar para o sistema», afirma."
Últimos dados da mobilização para 8 de Novembro
novembro 2008 - março 2008
spn: 266 - 216
sprc: 125 - 80
spgl: 54 - 38
spzs: 49 - 38
totais: 494 - 372
contando aqui com a plataforma, estamos próximos das 700 viaturas!e ainda faltam 2 dias!!!
inscreve-te! vem mostrar a mlr com quem está a lidar!"
http://diasdofim.blogspot.com/
quinta-feira, novembro 06, 2008
Grande entrevista: O PROmova e as causas dos professores
Embora as causas sejam várias – estatuto da carreira docente, estatuto do aluno, gestão escolar, quotas, concursos, prova de ingresso para docente – parece ser o modelo de avaliação proposto pela tutela o problema maior do mal-estar que varre as escolas de norte a sul e está a pôr em causa valores como a equidade, a credibilidade, a solidariedade e a amizade que deviam ser os elos a irmanar os docentes numa das funções mais nobres do homem: educar.
Dados actualizados da mobilização para 8 de Novembro
"Aqui ficam os dados actualizados da mobilização mais contável, a do número de viaturas completas:
novembro 2008 - março 2008
spn: 266 - 216
sprc: 114 - 80
spgl: 44 - 38
spzs: 45 - 38
totais: 469 - 372
e ainda faltam 3 dias!!!
inscreve-te! vem mostrar a mlr com quem está a lidar!!!"
quarta-feira, novembro 05, 2008
Como vai indo a mobilização para 8 de Novembro
http://diasdofim.blogspot.com/
Professores e sindicatos
São eles que cavam a terra e lhe deitam a semente e, por isso, querem ser os ceifeiros da messe. Os sindicatos, porque têm as «camionetas», gostam de ser os transportadores do trigo, levando-o para o seu celeiro e daqui para a padaria, de onde o levarão para «sua casa» e para seu «prazer», deixando aos primeiros as migalhas ou, no máximo, a côdea dura que só molhado em leite ou em cevada lhes servirá de ténue alimento.
Mais de trinta anos depois, os professores resolveram também participar no festim e criaram os seus próprios movimentos de autodefesa. Perceberam que a maior parte dos sindicalistas das centrais sindicais e dos muitos que gravitam no interior das dezenas de sindicatos filiados já pouco percebem da realidade objectiva e concreta da sala de aula e da sala dos professores. Sentados há anos nas cadeiras dos gabinetes, por muito que digam que passam dias e dias no «terreno», ganharam calo no rabo, que não se cansam de coçar, melhor, lhes sabe bem coçar.
Sabem lá eles o que é indisciplina na sala de aula! (Alguém se lembra do que disse o prof. Charrua, quando regressou à escola, passados 20 anos?). Ouvem falar e pensam que isso lhes dá a sabedoria para dissertarem sobre o assunto. Sabem lá eles o que os alunos falam, como falam, como respondem, como reagem! Ouvem dizer isto e aquilo nessas reuniões que convocam para não dizerem quase nada, mas para justificarem o lugar.
Estudam (?) pedagogia para debitar… para debitar, mas não conseguem entender que a realidade da Escola é diferente daquilo que apregoam. São uma espécie de gastrónomos que só sabem enumerar os ingredientes de uma sopa, mas não a sabem confeccionar. E acham-se tão doutos que nem querem ouvir o que os professores autênticos têm para lhes dizer. Os professores não deram nem vão dar o grito do Ipiranga em relação aos sindicatos, mas a «república» já chegou. As tropas já se juntaram uma vez e vão juntar-se outra.
Os professores, perante o inferno em que a Escola se está a transformar, convocaram uma manifestação para dia 15 de Novembro, em Lisboa. Este «povo» resolveu descer à capital, na tentativa de alertar «suas majestades», mais uma vez, sobre os graves rombos que o «barco da educação» está a sofrer e com risco de se afundar. Os novos «infanções» têm considerado que os «condes», os «duques», os «marqueses» ou os «barões» não estão a defender bem o «castelo». Então esta «velha nobreza», e em especial a Fenprof, tremeu e temeu que os seus «foros» estivessem em perigo.
Convocaram outro «exército» de professores para o dia 8. Uma traição? Talvez não seja necessário dizer tal, contudo… foi um exercício de força. Quiseram dizer que eles é que detêm poder e representatividade nas «cortes». E contaram as espingardas. Mas terão verificado que as notícias que os seus emissários lhes mandavam não eram favoráveis. O exército, que esperavam comandar, iria ser diminuto: havia escolas sem «voluntários» inscritos. Foi então que o «estado maior» da Frenprof chamou na quarta-feira passada (29 Out.) os movimentos de professores, para negociaram a paz.
O «tratado» fica, para já, com esta data, evitando, os professores, beijinhos e abraços, pois, conforme dizem elementos do PROmova, de Vila Real, “os movimentos vão continuar a existir até que ocorra a pacificação das escolas” ( ver entrevista). Estes movimentos não terão a «mentalidade e a estratégia» de D. Afonso Henriques nas lutas com o seu primo D. Afonso VII, ao agir por impulsos e segundo as suas conveniências, mas estão aí para se fortalecer, porque eles têm as «ementas» e sabem com «cozinhá-las». Para já avançam para a segunda conquista do «castelo» de Lisboa. A jornada é decisiva. Boa sorte".
Ribeiro Alves